segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Cadeirante morre após bater em muro durante a São Silvestre

O paratleta Israel Cruz Jackson de Barros, 40 anos, morreu nesta segunda-feira após sofrer acidente durante a disputa da prova masculina de cadeirantes da Corrida de São Silvestre. O competidor foi levado para a Santa Casa de Misericórdia às 7h35 e teve a morte decretada às 8h50 por parada cardíaca.
Segundo a organização da prova, o atleta teria perdido o controle de sua cadeira na descida da rua Major Natanael e colidiu contra o muro do Estádio do Pacaembu.
De Ananindeua (PA), Israel Cruz era um atleta experiente, tendo conseguido resultados positivos em provas como a Volta da Pampulha. Ele inclusive venceu a prova masculina dos cadeirantes da edição de 2009 da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro

Pernambucano, Jaciel Paulino vence entre os cadeirantes e conquista o tetra na São silvestre

Bianca Mascara, especial para a GE.netSão Paulo (SP)

O primeiro a cruzar a linha de chegada na 88ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, Jaciel Antonio Paulino comemorou o tetracampeonato da prova na categoria cadeirantes. Ele encerrou o percurso de 15 quilômetros da corrida, nesta segunda-feira, com o tempo de 46min01s. O segundo colocado foi Fernando Aranha Rocha e Carlos Neves de Souza completou a lista dos três primeiros.

Com a vitória, Jaciel se tornou tetracampeão da tradicional prova pelas ruas da capital paulista. Ele ainda não superou a marca do pentacampeão Fernando Aranha, que foi o segundo colocado, mas já está de olho em igualar a marca do amigo. “Quero colar nele. Eu admiro muito o Fernando, sou um fã e espero ser campeão ano que vem também para igualar a marca”, projetou o pernambucano.

É importante mostrar para quem tem deficiência que somos capazes. Se eu consigo, qualquer um pode conseguir. A pessoa com deficiência, às vezes, fica dentro de casa e a família, querendo ajudar, acaba tornando o cadeirante dependente”, ressaltou Jaciel, que dedicou a vitória às pessoas com câncer.

A edição de 2012 da São Silvestre contou com uma mudança no percurso, com a chegada na Avenida Paulista, mesmo local da largada. A corrida também teve uma alteração de horário, com início da prova às 6h50 da manhã.

As mudanças foram aprovadas pelos atletas. “Foi muito bom com esse percurso novo. Tem subidas mais íngremes e como sou mais leve consegui levar vantagem e abrir uma boa diferença”, contou o vencedor. “A prova ficou muito bonita e mais técnica para o cadeirante”, acrescentou Aranha.

Aranha estava receoso antes da prova, pois no ano passado não conseguiu completar São Silvestre em virtude de problemas com a handbike, que teve um pneu furado. “Faz tempo que não me sinto tão feliz de completar uma prova. Eu estava com muito receio, medo mesmo, mas agora, eu que sou paulista, estou muito feliz de chegar bem em São Paulo”, destacou o atleta de 34 anos.

Os atletas foram unânimes em aprovar a largada pela manhã. “O tempo mais estável favorece o nível dos competidores e deixa a corrida mais forte”, explicou Aranha.


 terceiro colocado Carlos Eduardo Neves já esperava pelo posto e ficou satisfeito com o desempenho. “A expectativa era essa mesma, de nós três chegarmos na frente”, contou.
Carlos também lembrou a importância da São Silvestre entre os atletas cadeirantes, que enfrentam dificuldades diárias, porém encontram força no esporte e motivação a cada disputa. “Eu sou uma pessoa totalmente independente, o esporte oferece conhecimento e proporciona convívio. Eu já viajei para diversos países e tudo graças ao esporte”, afirmou. Aranha concordou com o companheiro. “Isso é o meu dia a dia, o esporte é minha energia”.

Confira os resultados na categoria cadeirantes masculino:
Jaciel Antonio Paulino – 46min01s 
Fernando Aranha Rocha – 50min21s 
Carlos Neves de Souza – 55min25s 
Eduardo Aparecido de Franca – 57min32s 
Oliverio de Souza Ferreira – 1h01min51s

sábado, 29 de dezembro de 2012

Adeus 2012,feliz 2013, eles sempre terão flores e espinhos.

Vou falar da flores

Queria agradecer a Deus à minha família, meus amigos e amigas pela força que me deram em 2012.
Foram muitas vitórias, batalhas e desafios. Conquistamos a reeleição da presidência da ADCC, vencemos as eleições em 4 de Abril para o conselho municipal dos direitos da pessoa com deficiência.Tivemos uma grande alegria em criar o 1° grupo de dança de cadeirantes de Caruaru, o dança sem barreiras.
 Encaramos uma batalha no pleito para vereador e obtivemos, 343 votos. Numa campanha simples, corajosa e integra.Sem compra de votos e decidida em lutar e trabalhar pela "ACESSIBILIDADE". E sempre será assim, correta.Embora que sempre virá espinhos.....

Agora dos espinhos

Foram muitos: perdas de amigos e familiares que estão com Jesus, doenças que descobrimos, amigos internados, preconceitos que sempre sofremos e por aí vai..... é a vida...Não gosto de falar muito, é bastante coisa..... não é arrogância,  porém prefiro lembrar das flores que seu cheiro é um antídoto para que possamos labutar na caminhada.
 
Adeus 2012,feliz 2013, eles sempre terão flores e espinhos

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Livro conta história de Heldy, surdocega que se comunica pelo tato

MARIANA VERSOLATO
DE SÃO PAULO


Quando tinha pouco mais de um ano de idade, tudo que Heldyeine sabia fazer era chorar e se arrastar de costas no chão, o que lhe deixava com falhas no couro cabeludo. Surdocega congênita por causa da rubéola contraída pela mãe na gravidez, a criança parecia isolada.
Pouco a pouco, Heldy foi aprendendo a pegar objetos, andar, alimentar-se, tomar banho, reconhecer pessoas e emoções, expressar desejos e interagir com o mundo, tudo por meio do toque.
Hoje, aos 21, Heldyeine Soares se comunica por Libras (Língua Brasileira de Sinais) tátil --os sinais são feitos nas mãos, que ficam em forma de concha, para que ela os sinta e os interprete.
Seu mundo, feito de gestos que identificavam coisas e pessoas, foi sendo traduzido para a Libras tátil, o que ampliou suas possibilidades de interação e abstração.
Jarbas Oliveira/Folhapress
Heldy (à direita) conversa com a irmã Heldijane, 26, por meio das mãos
Heldy (à direita) conversa com a irmã Heldijane, 26, por meio das mãos
A história da menina acaba de ser publicada no livro "Heldy Meu Nome -- Rompendo as barreiras da surdocegueira", escrito pela pedagoga Ana Maria de Barros Silva, impressionada com o desempenho de Heldyeine.
"Essa é uma história de sucesso que não poderia ficar apagada. Surdocegos congênitos como ela tendem a ficar isolados, não têm esse desenvolvimento", diz a autora, que trabalha há 40 anos com a educação de surdocegos.
Grande parte desse sucesso é mérito da professora aposentada Marly Cavalcanti Soares, do Instituto dos Cegos de Fortaleza, que encarou o desafio de ensinar a menina, apesar de ter poucos recursos e de seu desconhecimento sobre a surdocegueira.
O livro só pôde ser escrito graças aos seus detalhados relatórios do progresso de Heldy. Anotava cada conquista, tirava fotos e fazia vídeos, batizados de "Renascer".
Os textos dão uma ideia de como o progresso foi alcançado e comemorado e mostram como Heldy aprendia rápido e dava sinais de que queria mais. Depois de aprender a andar, já recusava a ajuda da professora para subir escadas, como se pedisse mais autonomia.
Ela logo conseguiu identificar as pessoas --reconhecia a professora pelas blusas com botões e tinha um gesto para cada membro da família.
PARCERIA
Junto com Marly, a mãe e as irmãs de Heldy lutaram para que a menina se desenvolvesse dessa forma.
Jarbas Oliveira/Folhapress
Heldy faz bijuterias em sua casa
Heldy faz bijuterias em sua casa
De origem simples, a família de Maracanaú (a 15 km de Fortaleza, CE) levava quase duas horas para chegar ao Instituto dos Cegos de Fortaleza de ônibus.
A mãe, Jane, abandonada pelo ex-marido, cuidava sozinha de Heldy e das duas filhas mais velhas. Apesar das dificuldades, insistia na atenção especial à caçula.
"A Heldy é quem ela é hoje graças a Deus, à minha mãe e à tia Marly, que provou que, por amor, é possível tornar uma pessoa capaz como ela fez", conta Heldijane Cidrao, 26, irmã de Heldy.
Heldijane cuida da irmã desde os cinco anos --era chamada pela professora de "pequena grande mãe". Envolveu-se tanto que se casou com o professor de Libras de Heldy, que é surdo, e se tornou intérprete de surdos e surdocegos.
"Esse livro me emociona porque ler é como viver tudo de novo. Quando eu tinha seis anos, a tia Marly me colocou no colo e me disse que, quando eu tivesse sede, Heldy também teria e que eu deveria dar água a ela. Quando estivesse com fome, deveria dar algo de comer a Heldy. Hoje tenho uma filha de seis anos e me imagino fazendo tudo que fiz na idade dela."
Agora, Heldy tem bastante autonomia --a família só não deixa que saia na rua sozinha ou cozinhe. Frequenta o Instituto de Surdos de Fortaleza para aprimorar seu conhecimento de Libras e faz bijuterias no tempo livre.
Algumas das anotações da professora Marly que estão no livro são dirigidas diretamente a Heldy. Seu sonho era que um dia a menina pudesse ler sua própria história.
Os primeiros capítulos foram enviados à jovem em braile --ela lê, mas não fluentemente --e o livro todo deve ser lançado nesse formato.

HELDY MEU NOME
EDITORA United Press
PREÇO R$ 22,90 (219 páginas)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Trajeto de cegos tem poste no meio do caminho


A Prefeitura de Piracicaba (SP), responsável pela recente revitalização da área central, deixou um poste no meio do caminho do piso tátil de alerta (em amarelo), usado como sinalização para guiar deficientes visuais com bengala. Usuários reclamam que não podem andar sozinhos na região pois, além do 'obstáculo', existem outros deixados por comerciantes e pelo Executivo no percurso. De oito quarteirões da principal via comercial, apenas um tem acessibilidade correta.   


Existem dois tipos táteis de sinalização para deficientes visuais: o piso direcional, usado para guiar os deficientes ao longo do quarteirão; e o de alerta, colocado nas esquinas para avisar ao usuário que chegou o final do trajeto”, explicou o especialista em atividade motora adaptada Eduardo de Paula Azzini, de 32 anos. A terceira etapa da obra de revitalização das vias da região central terminou no dia 16 de maio, segundo o site da Prefeitura.


A reportagem do G1 caminhou na Rua Governador Pedro de Toledo, entre as ruas Voluntários de Piracicaba e Dom Pedro I, o que totalizou oito quarteirões. No percurso havia irregularidades em esquinas como placas de sinalização de trânsito, postes de contenção de acidentes e até bueiros no trajeto. No meio de um dos quarteirões, o único que tem o piso direcional, e que fica entre as ruas Dom Pedro II e Rangel Pestana, havia um tapete sobre a sinalização.
Este único caminho que estava sem obstáculos, por parte da Prefeitura, continha o tapete que foi colocado por um lojista. “O tapete faz com que o deficiente perca a direção. Quando ele chega neste local não sabe para onde ir. É importante que os pisos táteis estejam completamente livres”, afirmou Azzini. O gerente da loja Fábio José Pinto, de 34 anos, disse que o tapete seria retirado do local para evitar problemas.
Pisos parecidos
O especialista ainda reclama dos pisos que foram colocados nas calçadas do Centro - o vermelho e o cinza que estão próximos do piso tátil amarelo. Azzini afirmou que, como são parecidos, isto dificulta a locomoção. “Os deficientes não pisam na faixa para se locomoverem, mas passam com a bengala. Neste caso, como são iguais, atrapalha."
Para a aposentada Margarida Aparecida Campos Detoni, de 38 anos, que perdeu a visão há 11 anos, andar sozinha no Centro é impossível. “Fico totalmente perdida. Mesmo com a bengala não tem como andar pelas ruas centrais, não tem sinalização correta, são colocados inúmeros obstáculos pelos lojistas na calçada, o que dificulta ainda mais nossa passagem”, contou a deficiente visual.
“Recentemente, fui comprar presente de Natal e meu marido pediu para que eu parasse. Eu perguntei se tínhamos chegado na esquina e ele disse que não. É que havia várias caixas de uma loja na calçada que não permitia a minha passagem. Se eu estivesse sozinha não iria saber, e poderia até cair.”
Resposta da Prefeitura
A Prefeitura de Piracicaba informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o projeto de remodelação das calçadas na área central foi elaborado em etapas, contemplado piso tátil na última. Em nota, o Executivo pediu a "compreensão" dos transeuntes até o final das etapas.
"O contraste em vermelho na calçada da área central é apenas detalhe arquitetônico. Não é sinalização para pessoas com baixa visão. Justamente por isso está instalado em área que chamamos de faixa de serviço, onde estão instalados os equipamentos urbanos (postes, lixeiras e outros), e na extensão das esquinas".
Quanto aos comerciantes colocarem tapetes nas calçadas e outros objetos que dificultam a passagem dos pedestres, principalmente dos deficientes visuais, a Prefeitura disse que vai repassar a demanda para as secretarias responsáveis tomarem as providências e intensificar, junto à Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), o trabalho de orientação.
A Prefeitura disse ainda que o investimento para aplicação de piso tátil equivale a cerca de 6% a mais que o piso comum. Na área central, onde foi aplicado, o custo foi de cerca de R$ 30 mil.





domingo, 23 de dezembro de 2012

Política. Deficiente visual Diego França é convocado pelo prefeito de Bezerros,Branquinho para ser superintendente.

O Advogado Diego França, que é funcionário público, foi escalado para comandar a Superintendência que irá cuidar das pessoas com deficiência na gestão do governo Branquinho. A notícia chegou até ele através da imprensa, que cobriu a coletiva de apresentação dos nomes do secretariado. Diego é deficiente visual e passou no exame da ordem recentemente. 


MATÉRIA do: www.bezerroshoje.com


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Governo do estado investirá R$ 893 mil para um curso que beneficiará saúde bucal da pessoa com deficiência

O governador Eduardo Campos assinou hoje (21/12) uma série de convênios que vai beneficiar a saúde pública de Pernambuco, inclusive à pessoa com deficiência. A solenidade aconteceu na Sede Provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções. “Este ano tivemos muitos avanços nesta área e com o aporte feito pelo Ministério da Saúde vamos melhorar ainda mais o serviço oferecido à população”, garantiu.
 R$ 893 mil para um curso de capacitação em odontologia, com foco na pessoa com deficiência.

matéria e foto do facebook do governo do estado

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

COMUD-Conselho municipal de defesa dos direitos da pessoa com deficiência reivindica "ACESSIBILIDADE' no North Shopping Caruaru

O COMUD, através de seus conselheiros: Eu, Fernando Acessibilidade-secretário; Sandro Severino,presidente;Misleide,conselheira-representando os surdos;Álvaro,vice-presidente;Lenilson,OAB e Ivan,conselheiro. Acabamos de se reunir com Lamartine da Silva, representando o Sr. Antônio Madeira-Diretor do North Shopping.

"Começamos reivindicando o acesso dos cadeirantes para o sub-solo-desde que reformaram o shopping transferiram a casa lotérica e os caixas eletrônicos para o sub-solo, instalando só duas escadas rolantes  para acesso, impedindo a locomoção dos cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida."

Confira aqui a reivindicação desde fevereiro
Aqui também


"O COMUD  observou que a rampa que da acesso a loja Riachuelo é íngreme, dificultando a autonomia dos cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida."

"Foi reivindicado interpretes de LIBRAS-Língua Brasileira de sinais para que as pessoas surdas possam interagir com os funcionários do Shopping e lojas.Um exemplo: Os surdos quando vão pagar o bilhete do estacionamento enfrentam muitas dificuldades, não há ninguém capacitado em 'LIBRAS' para interagir com eles."

"Foi pedido para os deficientes visuais(cegos), identificação dos passeios para as lojas através dos pisos ou tapetes e cardápios em braille nos restaurantes."

Fomos recebidos muito bem por Lamartine que logo nos deu uma boa notícia, o "elevador" que dar acesso ao sub-solo e a todos os âmbitos está pronto, faltando só as empresas testarem para liberar.

Os outros demais pedidos foram anotados para paulatinamente serem sanados. Lamartine pessoa muito acessível.

Confira na íntegra as imagens da reunião

O COMUD
Reunião com Lamartine 
                                                 Eu e Lamartine conferindo os elevadores

sábado, 15 de dezembro de 2012

União sem limites


Fernanda Honorato conhece casal que tem síndrome de Down
Raquel e MarceloRaquel e Marcelo
Em Florianópolis, Fernanda Honoratoconhece o casal Raquel e Marcelo. Eles têm síndrome de Down e estão casados há dois anos. E as lembranças do matrimônio permanecem vivas na memória do casal. 
– Eu me lembro até hoje que gritei “Tô casado!” Uma sensação de que eu encontrei uma amiga, uma companheira – lembra Marcelo.
Fernanda também conversa com a mãe de Marcelo:
– O casamento dos dois foi um passo no crescimento de nós como um todo, em família. A gente espera que os filhos cresçam, casem e vão fazer a vida deles. Assim também foi com o Marcelo – conta.
Ainda em Floripa, o Programa Especial visita a Fundação Hassis, que montou um acervo do pintor Hassis Corrêa acessível a todos os tipos deficiência.
Em Macapá, um reportagem mostra a trajetória do jornalista Alieneu Pinheiro, que tem deficiência física.
– Apresento um programa de rádio na Rádio Difusora, chamado Saúde é Vida, em que a gente leva informações referentes a prevenção, às ações que são desenvolvidas dentro do estado, interagindo com os ouvintes e tirando dúvidas sobre saúde – explica Pinheiro.
No Rio de Janeiro, o Programa entrevista o psicólogo Wilcler Vieira, que trabalha na área de Educação Corporativa do SESC Rio. Especificamente, com treinamento e capacitação para pessoas com deficiência e profissionais que recebem deficientes em suas equipes. Wilcler é cego. 
Wilcler VieiraWilcler Vieira
– Apesar do preconceito, a mensagem que deixo é que as pessoas lutem, como eu fiz. Eu tinha o objetivo de ser psicólogo e passei por muitas dificuldades na faculdade, por falta de adaptação. Que a pessoa lute, que não se deixe levar pelas dificuldades e que foque nos seus objetivos.
O repórter Zé Luiz Pacheco dá uma pausa nas aventuras radicais e visita um Pesque e Pagueem Foz do Iguaçu.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Programa Vencer traz história da pessoa com deficiência

Matéria do lei já

O programa Vencer desta semana traz uma matéria sobre a Exposição Para Todos, que conta a história da evolução do movimento político das pessoas com deficiência no Brasil e no mundo, antes de Cristo até os dias atuais. Recife é a sétima cidade a receber a mostra itinerante, que está em cartaz no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes.


No quadro Sem Acesso, você confere uma matéria sobre a falta de acessibilidade numa rua do bairro da Mangueira e na praia de Boa Viagem, ambas no Recife. O Vencer também traz o quadro Karras Komenta e as dicas sobre empregabilidade, com a consultora Isabela Albuquerque.

Conselho municipal de defesa dos direitos das pessoas com deficiência se reunirá com direção do North Shopping

Segunda-feira (17) às 10h, nosso conselho municipal dos direitos das pessoas com deficiência de Caruaru se reunirá com a diretoria
 do North Shopping para reivindicar "acessibilidade".

Na pauta de reunião entre outros assuntos que serão questionados para os surdos e cegos, estaremos reivindicando o acesso a casa lotérica e aos demais recintos para os cadeirantes.

Fizeram um reforma, transferiram à casa lotérica para o sub-solo e não colocaram elevador ou rampa, só construíram uma escada rolante, violando a lei 10.098/2000 e o Decreto 5.296/2004.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Laura Gomes recebe demandas das pessoas com deficiência

Matéria do blog do vanguarda

Laura Gomes, secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, recebeu nesta terça-feira (11), em seu gabinete, o atleta profissional e membro da Associação dos Deficientes Motores de Pernambuco, Carlos André do Nascimento, para tratar de assuntos relativos à política de incentivo ao esporte e ao financiamento de equipamentos para a prática do desporto. A ideia de Laura Gomes é ouvir o segmento, especialmente àqueles que praticam algum tipo de esporte, para poder dialogar com as instâncias de governo na tentativa de solucionar demandas desta parte da população.
Durante a reunião, o representante da ADMPE, Carlos André dos Nascimento, pediu a gestora que viabilizasse apoio na tentativa de incluir premiação na competições disputadas em Pernambuco. "Outro dia fui participar de uma corrida no Recife Antigo, paguei o mesmo valor que todo mundo pela inscrição, e quando finalizei a prova no primeiro lugar, descobri que não havia premiação para a minha categoria. O pior é que o vencedor da prova tradicional levou uma quantia de 25 mil reais", argumentou.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

‘Pessoa com deficiência, no Brasil, é não-cidadão’

De Luiz Alexandre Souza Ventura, blog Estadão

“A pessoa com deficiência, no Brasil, vive uma situação de não-cidadão”. Quem afirma é Teresa Costa d’Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD). Segundo ela, o País não garante a esta população os direitos básicos. Na análise da especialista, ir e vir, possibilidade de locomoção, acesso à escola e ao trabalho são alguns itens como os quais brasileiros com limitações físicas (ou intelectuais) não podem contar.
Semelhante é a avaliação de Moisés Bauer, presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), instituição vinculada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos, que responde diretamente à Presidência da República. “Na escala de prioridades do Estado brasileiro, o assunto está lá embaixo. Os investimentos são pulverizados e as ações, maquiadas”. Bauer, de 42 anos, deficiente visual desde os 8, ocupa também o cargo de presidente da Organização Nacional dos Cegos do Brasil. “A ausência de políticas públicas no nosso País cria um cenário de vulnerabilidade e precariedade à pessoa com deficiência”.
Para o psicólogo Danilo Namo, consultor em inclusão de pessoas com deficiência do Instituto Paradigma, o tema não é prioridade para setores como política e infraestrutura. “A situação geral está melhorando, mas é regular. Falta interesse e os estabelecimentos particulares, por exemplo, não percebem a pessoa com deficiência como público específico, que precisa de atendimento especial”. Namo, que perdeu totalmente a visão durante a adolescência, é mestre de psicologia pela PUC e tem doutorado em Educação Especial pela USP.
Omissão - De acordo com Teresa d’Amaral, “falta adaptação nas escolas e faculdades, como a presença de intérpretes de Libras. O resultado só existe mediante pressão ou boa vontade de alguém da instituição”. Ela cita o exemplo de uma aluna deficiente visual que foi impedida de fazer uma prova porque o professor se recusou a aumentar o tamanho da letra para que ela pudesse enxergar as questões e conseguisse responder. “Isso é uma questão de respeito à cidadania”, afirma a superintendente do IBDD.
Em outro caso, um paciente que sofria de distrofia muscular ganhou na Justiça o direito de receber um respirador. “Nós também pedimos uma cama hospitalar e uma cadeira de rodas, mas o juíz negou e, desta forma, impediu que essa pessoa pudesse sair de casa”, lembra. Teresa afirma que os governos Muncipal, Estadual e Federal são omissos, uma vez que o cidadão precisa ir à Justiça para ter seus direitos básicos garantidos. “O País perde em qualidade de participantes da cidadania e estas pessoas acabam pesando financeiramente ao Estado”.
Diante deste quadro, Moisés Bauer defende uma legislação mais direta. “Faltam aperfeiçoamentos na lei e punições ao gestor público. A acessibilidade se torna possível para quem tem dinheiro, mas o cidadão sem condições financeiras não consegue quase nada”, observa o presidente do Conade.
Danilo Namo afirma que a estrutura jurídica para o setor “é boa, completa, abrangente e competente”. Segundo o consultor do Instituto Paradigma, “no papel, todos os direitos da pessoa com deficiência estão resguardados, mas ainda falta atenção”. Namo ressalta ainda que “o espírito solidário do brasileiro é algo que nos diferencia”.
Exemplo - A Lei 7.853, de 1989, já foi considerada, por seu conteúdo, a mais inclusiva das américas. Nela, o Estado assume responsabilidade pela pessoa com deficiência. Em países como os EUA, a partir deste mesmo ano, houve uma transformação, que começou nos pós-guerra do Vietnã, quando as instituições de defesa se uniram e trabalharam em conjunto para garantir não só que a lei fosse efetivamente executada, mas também para fazer valer os direitos das pessoas com deficiência. Canadá e Inglaterra também têm bons exemplos.
No Brasil, o tema está ainda em uma sub-pauta e começou a ser realmente debatido somente nos últimos dez anos.

Coluna de Acessibilidade. Olha pra o céu...


“Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo...”

(Trecho da Música Olha pro Céu de Luiz Gonzaga)
Por Manuela Dantas do blog de Jamildo

Últimos dias andei as voltas com um grande projeto, do qual com imensa satisfação faço parte, o projeto para construção da Escola de Música e da Sala de Concertos para a Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque. Falo com orgulho desse projeto, pois além de prover a sede a um dos movimentos sociais mais importantes do Brasil, consigo ver de perto a solidariedade humana, a generosidade de pessoas que têm como maior motivação para o trabalho as forças do amor ao próximo que ainda brotam forte em muitos de nós. Considerando também as grandes decepções que tenho em termos de acessibilidade nos eventos culturais de Recife, como também nas estruturas físicas para esses eventos, que, infelizmente, acabam por excluir um grande contingente da população, o das pessoas com deficiência, que têm o direito humano e legal de participarem em igualdade de oportunidades da vida social e cultural da nossa cidade. Aliás, pensar que 38% da população recifense, 28% da população pernambucana e 24% da população brasileira estão excluídos de um setor tão importante da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país, é no mínimo um contrassenso enorme!

Não posso negar que me magoa profundamente ir empolgadíssima para um evento e descobrir que não há estacionamento para pessoas com deficiência, apesar de pelo decreto federal 5.296/2004 ser imperativo que 2% das vagas sejam destinadas a pessoas com deficiência, descobrir depois que não há rampas, ou que as rampas são inadequadas, verificar a ausência de banheiros adaptados, ou a ineficiência dos mesmos, verificar calçadas inacessíveis, falta de instruções em braile, ausência de interprete de libras e audiodescrição, ausência de taxis acessíveis, de vans acessíveis, de pessoas acessíveis... São tantas as negativas que não me surpreende, nem tampouco julgo as muitas pessoas com deficiência que desistiram de lutar e de tentarem ter uma vida social e cultural com um mínimo de dignidade. Mas, como diria meu pai, sou teimosa e por mais nãos que eu receba e observe, não vou desistir, é um direito meu participar de um show, de ir ao teatro, ao cinema, a uma exposição de arte, a um concerto, a uma festa literária, enfim tenho o direito de continuar a viver e não vou desistir desse direito...

Por isso foi uma decepção enorme ir a uma exposição no Santander Cultural e não encontrar rampas de acesso à calçada e ao prédio, de ir a Fliporto em Olinda e não ter vaga para estacionar, deparar-me com rampas inadequadas, com banheiros adaptados insuficientes, com sistema de transporte de vans não acessíveis, de ir ao festejado Centro de Artesanato de Pernambuco e não existirem vagas especiais para pessoas com deficiência... Esses são apenas alguns exemplos mais recentes, mas poderia fazer um livro contando todas as barreiras que me deparei nesses dois anos e meio que sou usuária de cadeira de rodas.

Ademais, de acordo com os princípios da Convenção sobre os direitos das Pessoas com Deficiência, que no Brasil faz parte da Constituição, temos o dever de “... garantir o respeito pela dignidade inerente, à independência da pessoa, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e a autonomia individual, a não discriminação, a plena e efetiva participação e inclusão na sociedade, o respeito pela diferença, à igualdade de oportunidades, a acessibilidade, a igualdade entre o homem e a mulher e o respeito pelas capacidades em desenvolvimento de crianças com deficiência”.

Por todas essas razões, não por acaso, deparar-me com um projeto social em que seu coordenador e mentor, o Juiz João Targino, solicita-me que todas as condições de acessibilidade e sustentabilidade sejam prioridades é no mínimo muito gratificante, na verdade, é um alento de Deus perceber que ainda existem pessoas altruístas e com pensamento tão profundo que não querem em um mínimo momento excluir nenhum ser humano... Palmas para o Juiz Targino, palmas também para Érico Dantas, João Pacífico, Eliel Rômulo, Carlos Calado, Bernardo Horowitz, Carlos Fernando Pontual, José Augusto Nepomuceno, Antônio Figueiredo que participaram do projeto tendo como motivação mais forte o amor pelos homens.

No Mais, há 220 anos na Revolução Francesa seus manifestantes já pregavam na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão que: “Todos os homens são iguais e devem possuir os mesmos direitos de acesso ao trabalho e à educação”.

Pois bem, na nova sede da Orquestra Criança Cidadã será como há de ser, como é justo ser... A sede da Orquestra nascerá com acesso a todos os homens para se educar, para trabalhar, para visitar, para participar das manifestações culturais...

Com efeito, o Projeto para a construção da Sala de Concertos e da Escola de Música foi concebido de modo a ser plenamente acessível e com os atrativos, concertos, shows, aulas, cursos, palestras e oficinas adaptados e acessíveis a todos, podendo assim tornar-se uma referência em acessibilidade às pessoas com deficiência dentre os projetos sociais brasileiros, já que foi concebido baseado no conceito de DESENHO UNIVERSAL e com o objetivo de promover a integração de todos.

Enfim, o pioneirismo do projeto da Sala de Concertos e da Escola de Música no desenvolvimento da integração de todos proporcionará para as pessoas com deficiência a oportunidade de desenvolver um interesse e participação maior na cena cultural pernambucana e brasileira.

E por fim, olha pro céu meu amor e vejamos o futuro... Palmas para o sonho do Juiz Targino, palmas para o Projeto da Escola de Música e da Sala de Concertos da Orquestra Criança Cidadã feita Para Todos!

Findo esse artigo com a frase de um grande homem, Oscar Niemeyer: “A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.”. Sonhemos amigos, sonhemos...

domingo, 9 de dezembro de 2012

Na TV no programa de Regina Casé Dilma destaca projetos de Acessibilidade

Foto: reprodução do Twitter

Veiculada neste domingo (9) pela TV Globo entre outros assuntos que a presidente falou,  Dilma  destacou também os projetos do governo na área de acessibilidade - tema abordado no programa de Regina Casé - 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Momento bom com o filho e Meu pé Esquerdo

Ontem a noite estava com meu filho na internet assistindo algumas câmeras escondidas do programa Sílvio Santos, adoramos assistir juntos no Domingo e, ontem deu vontade de darmos boas gargalhadas...foi muito bom...O Ivo Holanda é uma resenha.

Foi que depois de rirmos bastantes, resolvemos garimpar alguns filmes para o sábado, hoje. E veio na minha mente rapidamente o filme que foi um antídoto na minha adolescência, "O FILME MEU PÉ ESQUERDO"!

Ganhador de 2 estatuetas (ÓSCAR), fala da história verídica de Christy Brown que nasceu com paralisia cerebral  numa época muito arcaica de Cultura, pouca inteligência na medicina, família muito pobre e numerosa, junto com uma sociedade muito preconceituosa.

E mesmo assim ele venceu com o seu "PÉ ESQUERDO", consegui com  motivação da família e amigos, pilares principais das suas obras, se expressar para o mundo com habilidades na literatura, pintura e desenho.

Conseguiu quebrar mitos e preconceitos, ter uma vida independente com sua arte e trabalho, apesar da luta ter sido grande, como ele mesmo disse em uma de suas mensagens: Quando a labuta é grande a vitória é mais gostosa.

Foi nesse filme que encontrei mais antídoto para labutar...e vejo exito...Sou seu pai filho.

Eu recomendo para meus amigos (as)....


                                                                 O FILME

      Histórias verídicas têm o poder de comover intensamente as platéias, especialmente aquelas em que os protagonistas duelam com as maiores adversidades e, a despeito de derrotas sofridas ao longo do caminho, não desistem jamais até obter as tão almejadas vitórias ao final de sua jornada.
O nascimento de mais um filho na família Brown seria apenas um acontecimento corriqueiro numa sociedade machista e conservadora. Porém, havia uma diferença marcante nesse novo membro da família, ele sofria de paralisia cerebral, o que lhe impedia de movimentar praticamente todo o seu corpo, exceto o seu pé esquerdo.
Esses problemas levaram Christy (Daniel Day-Lewis), como era chamado, a ser encarado por seu pai, durante um bom tempo como um estorvo, uma dificuldade a mais em suas já sofridas existências. Seu pai achava que o problema não era apenas físico, mas também mental, o que dificultava ainda mais as coisas para o pequeno Christy...
Para compensar a descrença do pai, o amor e a esperança da mãe e dos irmãos sempre estimulou o jovem a superar qualquer adversidade e se propor a vôos cada vez mais altos.
Apesar de algumas desilusões e dificuldades, Christy irá encontrar seus caminhos e será capaz de realizações notáveis na arte e na literatura contando apenas com a mobilidade de seu pé esquerdo...
Comovente e importante para conscientizar as novas gerações, “Meu Pé Esquerdo” suscita reflexões e permite a professores e alunos compreender melhor a dificuldade das pessoas que tem deficiências, assim como serve de referência para estimular o auxílio e integração dos deficientes ao pleno convívio social.

Ficha Técnica
Meu Pé Esquerdo
(My Left Foot)
País/Ano de produção: Inglaterra/Irlanda, 1989
Duração/Gênero: 98 min., Drama
Direção de Jim Sheridan
Roteiro de Jim Sheridan, Shanne Connaughton e Christy Brown
Elenco: Daniel Day-Lewis, Brenda Fricker, Ray McNally, Alison Whelan,
Kirsten Sheridan, Declan Clogham, Eanna McLiam, Marie Conmee, Cyril Cusak.

Fonte Planeta Educação

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Repórter Brasil.Duas de cada dez pessoas têm algum tipo de deficiência no país.

Matéria do Facebook do Repórter Brasil

Duas de cada dez pessoas têm algum tipo de deficiência no país.

São brasileiros que enfrentam desafios na escola, no mercado de trabalho e, muitas vezes, na vida pessoal. E como essa pessoas lidam com a sexualidade?



Programa Vencer traz matéria sobre inventor do Braille

Matéria do leia já

O programa Vencer desta semana traz mais um quadro "Vencedores da História". O personagem deste mês é o francês Louis Braille, inventor do sistema Braille, um tipo de leitura que permite aos deficientes visuais "enxergarem" a escrita de uma forma tátil.

No Vencer, você também acompanha uma matéria sobre o paradesportismo. O Brasil hoje é uma potência mundial nesta categoria. Durante a matéria, você conhece uma turma que sua a camisa na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para ampliar o paradesportismo no Estado.

O Vencer ainda traz os quadros Karras Komenta e Sem Acesso, além do quadro sobre empregabilidade, com a consultora Isabela Albuquerque. O programa é exibido toda sexta-feira no portal LeiaJa.com.:http://www.leiaja.com/multimidia/2012/programa-vencer-traz-materia-sobre-inventor-do-braille


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lei garante brinquedos adaptados em parques de diversões, públicos e privados

 De acordo com as normas, a adaptação deve ser feita, no mínimo, 5% de cada brinquedo ou equipamento.A Lei 11.982 acrescenta parágrafo único ao Artigo 4º da Lei 10.098, de dezembro de 2000,para determinar a adaptação dos brinquedos e equipamentos, com a respectiva identificação para possibilitar a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Ministério dos Transportes publicou ontem (4) às regras que as pessoas com deficiência deverão seguir para obter o passe livre em viagens interestaduais rodoviárias, aquaviárias e ferroviárias. De acordo com a Portaria n° 261, publicada no Diário Oficial da União, os beneficiários deverão apresentar comprovação de que têm renda familiar inferior a um salário mínimo por pessoa



 Portaria n° 261, publicada no Diário Oficial da União

Texto do Jorge Amaro no Correio do Povo

Negritude e Deficiência: um debate necessário


Temos 45 milhões de pessoas com deficiência (PcDs) no Brasil, segundo dados dos IBGE. Quando aplicado o recorte étnico, identificamos 18% desta população formada por negros. Ou seja, algo em torno de 3,8 milhões de habitantes. 

Conforme dados da pesquisa Derecho a la Educación de las Personas con Discapacidad en America Latina y Caribe, é uma preocupação dos países latinos identificar quem são e onde estão essas pessoas, bem como o tipo de deficiência. Existem poucas estatísticas disponíveis a este respeito mas é preciso considerá-las para o desenvolvimento de políticas para pessoas com deficiência. De acordo com dados do Banco Mundial, 82% das PcDs da região vivem na pobreza.

Segundo a pesquisa, quando analisada a incidência de deficiência e grupos étnicos, negros e índios são a maioria. Uma das pistas que sugerem isto relaciona-se ao baixo acesso destes grupos a direitos sociais, especialmente saúde e educação, bem como um processo histórico de segregação.

A edição 2009-2010 do relatório das Desigualdades Raciais no Brasil trouxe dados alarmantes sobre a condição de vida dos afrodescendentes brasileiros, conforme a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Conforme a pesquisa, afrodescendentes tem menos acesso à Previdência Social e, consequentemente, menor esperança de vida. Nos dados referentes a 2008, 44,7% dos auto declarados pretos ou pardos não estavam protegidos pela Previdência. Entre os brancos, esse índice caiu para 34,5%. Em todo o país, a expectativa de vida dos afrodescendentes era de 67,03 anos. Já entre os auto declarados brancos, esse número subiu para 73,13 anos. 

Os dados do relatório também apontam programas governamentais de transferências de renda, como o Bolsa Família, como os principais responsáveis pela redução nas desigualdades sociais, sendo que 24% das famílias chefiadas por afrodescendentes (7,3 milhões) são cadastradas no programa.

O Brasil tem assumido importantes compromissos, tanto com relação à PcD bem como nas políticas de igualdade racial. Mas há ainda lacunas a serem superadas, especialmente no diálogo entre as diferenças, no sentido de romper as barreiras dos órgãos gestores, que limitam-se a produzir políticas desarticuladas. É o desafio da transversalidade, que aparece timidamente mas é imprescindível na construção de políticas que garantam direitos para todos.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ministério da Saúde pretende treinar profissionais de saúde

Matéria do blog do cadeirante


Hoje no Bom Dia Brasil uma notícia muito boa para quem sofre uma lesão medular: o Ministério da Saúde pretende padronizar o atendimento a lesados medulares em hospitais públicos brasileiros. Tomando como base o atendimento em São Paulo, em um centro de excelência, será feito um treinamento focando tanto o pré-atendimento quanto o atendimento após a internação. Isso é fundamental para, como diz a reportagem, evitar complicações nesse tipo de paciente, que demanda cuidados diferenciados.
Eu já passei por situações que parece brincadeira, como médicos perguntando se eu estou sentindo dores nos pés e uma enfermeira, certa vez, mostrou um banquinho e falou "coloca o pé aqui", e nesses casos eu falei antes que era lesado medular. Isso é o de menos, já houve situação de falta de jeito mesmo, me colocando até em situação de risco. Tomara que esta iniciativa seja bem ampla e traga mais informações para todos. Veja a reportagem na íntegra clicando aqui.

Dilma é vaiada ao falar 'portador de deficiência' durante conferência

Priscilla Mendes
Do G1 Brasilia

A presidente Dilma Rousseff cometeu uma gafe nesta terça-feira (4) e foi vaiada ao chamar pessoas com deficiência de “portadores”, durante a 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em Brasília.

Dilma falava sobre duas visitas recentes que fez à Rede Sarah de hospitais de reabilitação, uma em Brasília, há duas semanas, e outra em São Luiz (MA), nesta segunda-feira (3). Ela afirmava que a fisioterapia torna o processo de recuperação menos doloroso e destacava o uso de alta tecnologia no tratamento quando chamou as pessoas com deficiência de “portadores”.

“Eu fiquei muito impressionada com como tecnologia pode nos ajudar a dar condições melhores de vida, melhores oportunidades para portadores de deficiência”, momento em que foi vaiada pela plateia. “Desculpa, pessoas com deficiência. Entendo vocês porque portador não é muito humano, não é? Pessoa é”, disse a presidente, sendo aplaudida em seguida.

Durante seu discurso, Dilma ouviu protestos do Fórum Nacional de Educação Inclusiva. “Dilma, cadê você? Educação inclusiva para valer”, gritaram alguns integrantes do fórum que carregavam uma faixa com a frase: “Educação inclusiva é respeita à Constituição”.

A presidente respondeu: “Nós somos a favor de educação inclusiva para valer. Somos também a favor das instituições especiais. Uma coisa não exclui a outra”. Neste momento, a plateia a aplaudiu bastante e entoou: “Olê, olé, olé, olá. Dilma, Dilma”.

A presidente afirmou que seu governo procura promover a efetiva participação da sociedade nas discussões. “A participação popular é para isso. É para conferir se está tudo nos conformes”.


Dilma afirmou ainda que “um país que na dá oportunidades iguais a pessoas com deficiência não é um país nem civilizado nem desenvolvido”.

“As pessoas com deficiência têm um extraordinário potencial. Precisamos nos preparar para oferecer oportunidades iguais a todos os nossos cidadãos e para conviver com a diversidade. Até porque nosso país é um país baseado na diversidade”, disse durante.
A presidente destacou ações do programa do governo federal Viver sem Limites. Lançado há quase um ano, o plano visa investir R$ 7,6 bilhões nas áreas de saúde, educação, acessibilidade e trabalho a pessoas com deficiência, segundo informou a presidente.
“Nós sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras, mas as oportunidades têm que ser as mesmas. E para se ter oportunidades, as condições têm que estar adequadas”, afirmou.
De acordo com Dilma, até março do no que vem, serão entregues 741 veículos adaptados para o transporte público escolar e 13,5 mil escolas receberão equipamentos com recursos multifuncionais. Além disso, o governo prevê construir 170 mil moradias adaptáveis para a população de baixa renda por meio do programa de financiamento Minha Casa, Minha Vida.


Tradução