Do DataSenado
O DataSenado, em parceria com o IBDD, realizou pesquisa
para conhecer as condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil,
entrevistando diretamente 1007 deficientes no país. A pesquisa registrou
mudanças positivas e dificuldades que persistem na vida de deficientes físicos,
visuais e auditivos.
Na semana dedicada às pessoas com deficiência, pesquisa
do DataSenado registrou as mudanças positivas e as dificuldades que persistem
na vida de deficientes físicos, visuais e auditivos no Brasil. Foram
entrevistadas 1.007 pessoas em todo o país.
Para 53,4% dos respondentes, a legislação existente torna
mais fácil a contratação da pessoa com deficiência, sendo que 79,4% acham que o
seu empregador cumpre a Lei 8.213/1991, a qual estabelece o preenchimento de
vagas para deficientes nas empresas com mais de 100 empregados.
Foi registrado um crescimento de 11,5% no número de
empregados desse segmento da população. Em 2010, eram 55% e, agora, são 66,5%
os deficientes que exercem atividade remunerada; 48,9% deles nunca se sentiram
discriminados no ambiente de trabalho.
A garantia de espaço no mercado de trabalho impulsiona o
aperfeiçoamento e a especialização: 73,8% dos respondentes já fizeram algum
curso de formação para aumentar a chance de emprego, e 93,3% têm ensino médio
ou superior. A integração, inclusive, é desejo majoritário dos brasileiros com
deficiência – 71,0% afirmam que, se pudessem escolher onde estudar, optariam
por uma classe comum em escola regular.
Para 73,5% dos pesquisados, a internet é hoje o principal
meio de comunicação usado para buscar informações. Contudo, 53,7% querem que a
TV seja o meio de comunicação a receber mais investimento para atender às
pessoas com deficiência.
A mobilidade urbana mostra-se como grande vilã na rotina
dos deficientes - para 68,1% apenas uma minoria dos prédios públicos está
adaptada às suas necessidades; 59,2% apresentam a mesma queixa em relação às
ruas e calçadas, e 46,8% denunciam: o transporte público de suas cidades não
atende bem às pessoas com deficiência.
Ao final da pesquisa, uma demonstração de que muito ainda
precisa ser feito: na opinião de 80,1% dos pesquisados, os direitos da pessoa
com deficiência não são respeitados no Brasil.
Esta é a segunda edição da pesquisa sobre o cotidiano, as
dificuldades e as aspirações dos brasileiros com deficiência. Os dados foram
coletados pelo Alô Senado entre os dias 28 de outubro e 25 de novembro de 2013.
A pesquisa contou com a parceria do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa
com Deficiência (IBDD), do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência (CONADE) e da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos
(Andef).
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