domingo, 31 de março de 2013

Cadeirante morre atropelado sem espaço para andar na calçada

Quantos mais terão que morrer para darmos acessibilidade aos CADEIRANTES?


Cadeirante morre atropelado sem espaço para andar na calçada, no Rio! Caso ocorreu em Rocha Miranda, no Subúrbio da cidade.
Todas as calçadas do bairro estão ocupadas por carros e buracos.

Um cadeirante não conseguiu passar por uma calçada, por causa dos carros estacionados e dos buracos, e foi obrigado a andar pela rua. Ele acabou atropelado em Rocha Miranda, no Subúrbio do Rio, e morreu no caminho do hospital, na sexta-feira (29), como informa o RJTV.

O cadeirante José Henrique da Silveira Brun, de 69 anos, tinha acabado de deixar a esquina, onde jogava dominó todos os dias. Ele estava sendo levado para casa por volta das 20h30 por um amigo, pelo canto da Rua dos Diamantes, em Rocha Miranda, quando aconteceu o acidente.

“O rapaz da moto veio e pegou ele de frente”, contou um morador.

José Henrique ainda foi socorrido, mas não resistiu. O amigo dele, José da Conceição Basílio está internado no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte.

Carros estacionados irregularmente nas calçadas e também buracos. Percurso curto, mas com muitos obstáculos para os cadeirantes.

“Aqui pela calçada não dá para empurrar porque tem muito buraco. Aí, o amigo sempre leva ele pela rua”, conta o morador.

Em Rocha Miranda há carros estacionados nas calçadas, em quase todas as ruas. Pedestres passam espremidos ou pela rua. Segundo uma moradora, os motoristas estacionam colados aos muros.

O caso foi registrado na 40ª DP (Honório Gurgel). O motociclista Jonathan da Rocha Silva vai responder a processo por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A família da vítima quer que as calçadas sejam devolvidas aos pedestres, como diz a irmã da vítima, Doralice Brun.

“Assim como foi meu irmão, um adulto, podia ser uma criança num carrinho”, reclamou Doralice.

A multa por estacionar sobre a calçada é de R$ 53 e acarreta a perda de três pontos carteira de habilitação. A calçada é de responsabilidade do morador, mas a Prefeitura precisa multar os motoristas que cometem irregularidades.

ASSISTAM A MATÉRIA: http://globotv.globo.com/rede-globo/rjtv-1a-edicao/v/cadeirante-e-atropelado-e-morre-em-rocha-miranda/2489011/

sexta-feira, 29 de março de 2013

Praia cheia durante o feriado. Cadeirantes aproveitam projeto ‘Turismo Acessível’


Deu na Rádio Jornal
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Dia de sol e folga do trabalho são sinônimos de praia lotada. Nesta sexta-feira (29) a orla de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, estava cheia de banhistas que aproveitam o feriado da Semana Santa para descansar e tomar banho de mar.
Com a praia cheia, os turitas cadeirantes puderam ter acesso ao mar com o projeto “Turismo Acessível”.
Ouça o flash de Karoline Fernandes, da Rádio JC / CBN

sábado, 23 de março de 2013

Paixão de Cristo,”fui e vivi realizei meu sonho com liberdade-Acessibilidade”

Meu texto e sonho realizado

De antemão sempre lembro do início do poema de Álvaro de Campos-Tabacarias que me inspira à labutar nessa vida.

"Não sou nada,
 Nunca serei nada
Não posso querer ser nada
À parte isso isso tenho em mim todos os sonhos do mundo."



Como foi maravilhoso assistir o espetáculo da Paixão de cristo aqui no nosso Pernambuco-Nova jerusalém,Brejo da Madre de Deus.Momento impar, sonho realizado, liberdade vivida.
Sempre escutava comentários das pessoas sobre a maior exibição tetral ao ar livre.Aí que vontade me dava,sonhava....mas, ouvia relatos que tinha que se locomover  rápido de cenários para cenários, não tinha liberdade-Acessibilidade.

Agora Nova jerusalém está humana,sinalizando verdadeiramente a mensagem de JESUS com as ações do governo do estado cumprindo o que manda a lei,13.857 de 26 de Agosto de 2009-Destina 3% de vagas nos amibientes culturais para as pessoas com “Deficiência”-diferença funcional.

Vivi o sonho no 1° dia da apresentação anteontem (21-03), representei o COMUD-Conselho municipal de defesa dos direitos da pessoa com deficiência, na qual estou como secretário e conselheiro e a ADCC-Associação dos cadeirantes de Caruaru-presidente.


Fui convidado pelo governo do estado:Governador Eduardo Campos;secretária de desenvolvimento social e direitos humanos,Laura Gomes e a SEAD-Por Edimilson e João e com o aval do segmento da pessoa com deficiência do estado de Pernambuco e de Caruaru,minha terra.Obg....a todos....

Logo quando eu cheguei parei no estacionamento para PCD e percebi logo toda a urbanização arquiteta planeada(PISO)!

Fui recepcionado pela secretária,Laura Gomes e por muitos amigos do segmento e vários voluntários que nos ajudaram na mobilidade do teatro na hora das cenas,Por que a locomoção é cansativa para que não tem preparo físico,temos que andar rápido...ou melhor passear, por que os voluntáros é que andaram nos empurrando.E na hora que paravamos para assistir ficavamos em um local reservado com boa visibilidade para os cadeirantes,serviço de áudio descrição para os deficientes visuais e intepretes de libras para os surdos.

Amei...fui e vivi realizei meu sonho com liberdade-Acessibilidade

.Pretendo voltar amar de novo....
“Sem Acessibilidade não existe liberdade”

Na íntegra imagens do sonho vivido.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Paixão de Cristo com acessibilidade

Logo mais a tarde estarei representando o COMUD-Conselho municipal de defesa dos direitos da pessoa com deficiência,na qual estou como secretário e conselheiro, e a ADCC-Associação dos cadeirantes de Caruaru-presidente, no" espetáculo da paixão de cristo em Nova Jerusalém-Brejo da madre de Deus,Pernambuco". Espaço com acessibiidade! Rampas de acesso,estacionamento,banheiros adaptados, interpretes de libras,serviço de áudio descrição e boa visibilidade.

Graças a Deus e ao governo do estado que pela terceira vez consecutiva a lei 13.857 de 26 de agosto de 2009-espaço com 3% reservado para as pessoas com deficiência ,está sendo cumprida.

"Sem acessibilidade não existe liberdade"

Salvador para cadeirantes


Deu no blog do cadeirante

O texto abaixo é uma contribuição da Anabela Calegaro, jornalista do site pacotesdeviagensft.com.br, uma extensão do Fala Turista. Aqui ela dá dicas sobre o turismo na cidade, os limites para deficientes e os avanços que tem acontecido para atender este público.

"Estamos em pleno verão e muitas cidades paradisíacas brasileiras são procuradas por turistas do Brasil e do mundo. Praias, sol e calor são tudo o que essas pessoas buscam em um país tropical com um dos litorais mais extensos do mundo. E uma das melhores opções para o passeio de verão é a cidade de Salvador. Com um povo alegre, musical e hospitaleiro, Salvador abriga lindas praias e ainda grande parte do acervo arquitetônico histórico do Brasil. Caminhar pelas ruas da capital baiana é pisar na própria história do nosso país, entre guerras, escravidão e desenvolvimento. Mas e para aqueles que dependem do auxilio da cadeira de rodas? Para os turistas com alguma restrição de mobilidade, Salvador também abriga uma estrutura para que essas pessoas possam desfrutar de um turismo completo e divertido. Podemos dizer a cidade de Salvador conta com uma boa estrutura de suporte para cadeirantes e as demais pessoas com alguma restrição de mobilidade.


Salvador divertida para todos
A cidade de Salvador ainda tem muito que aprender e evoluir para atender seus deficientes físicos e os turistas com deficiência de forma perfeita. Mas nos últimos anos muita coisa já foi feita nesse sentido e a estrutura local para atender esse tipo de turismo já está sendo melhorada. 
A maioria dos hotéis tem estrutura qualificada para abrigar turistas com dificuldades ou restrições de mobilidade, e quanto à estadia os turistas não precisam se preocupar. O transporte público ainda precisa de melhorias, no sentido de que todos ou quase todos os ônibus tenham a capacidade de transportar pessoas com deficiência. Mas há um grande número de coletivos na capital baiana que já oferece essa opção com segurança e rapidez para cadeirante. 
Além disso, muitas ruas já estão sendo modificadas com calçadas rebaixadas para permitir o acesso aos cadeirantes a todos os lugares da cidade, para evitar que os turistas precisem pegar táxi ou carro para alcançar os pontos desejados. Afinal, não há nada melhor do que percorrer o centro histórico de Salvador, curtir a vista devagar e encontrar a história do Brasil em cada canto.
Se você está organizando sua viagem para a capital baiana, a dica é procurar por pacotes de viagens com as agências de turismo. Além de conseguir ótimas opções de preços e vantagens, as agências podem apresentar dicas para que o turista cadeirante aproveite a viagem em sua totalidade.

Anabela Calegaro
Graduada em Comunicação Social - Jornalismo

quarta-feira, 20 de março de 2013

Imagem do praia sem barreiras-Boa viagem,Recife-PE


Boa notícia. Arena de acessibilidade do Praia Sem Barreiras começa a funcionar nesta quinta em Boa Viagem


A partir desta quinta-feira (21), a arena de acessibilidade do projeto Praia Sem Barreiras já estará em funcionamento. Localizado em frente ao Internacional Palace Hotel, o espaço, voltado para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, poderá ser visitado todas as semanas da quinta-feira ao domingo, das 8h às 12h.

Implantada em uma área com cerca de 200m², próxima ao novo posto do Corpo de Bombeiros, na arena os visitantes podem encontrar uma esteira de acesso ao mar com 30 metros de comprimento, seis cadeiras anfíbias, três piscinas para o lazer de crianças e uma quadra para a atividade esportiva de vôlei sentado. Além de uma tenda de fisioterapia e enfermagem e o banho assistido. Todas as atividades são acompanhadas por 21 estudantes dos cursos de Turismo, Educação Física, Enfermagem e Fisioterapia da UNINASSAU.

Para facilitar o acesso à arena de acessibilidade, a Prefeitura do Recife criou uma rota acessível, que tem início na parada de ônibus da Avenida Conselheiro Aguiar, seguindo pela Rua Bruno Veloso, até a orla de Boa Viagem. O percurso tem rampas, calçadas com pisos táteis e travessia com semáforos sonorizados. Na orla, em frente ao espaço destinado ao projeto, vagas de estacionamento para idosos e pessoas com deficiência também poderão ser encontradas. Os dois quiosques do calçadão, que ficam próximos à arena, possuem cardápios em Braille para o atendimento de pessoas com deficiência visual.

Idealizada pela Secretaria de Turismo de Pernambuco (Setur-PE), através da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur), a ação conta com a parceria da Prefeitura do Recife e da UNINASSAU.

Matéria do blog de Jamildo

terça-feira, 19 de março de 2013

Soltando os monstros


Deu no blog do cadeirante


Quando a pessoa sofre um acidente e tem a vida transformada por uma sequela grave que tira os movimentos, e passa a conviver com uma limitação que necessita uma cadeira de rodas para se locomover, o baque psicológico geralmente é grande. Para lidar com isso, muita gente se isola do mundo, fica mal humorado, se revolta e perde a alegria de viver. E então cria vários monstros em sua cabeça, se acha a pior pessoa do mundo, acha que todo mundo está contra ela, vê preconceito em tudo e fica imaginando um monte de coisa ruim.
O caso da Cris Côrrea, de Registro, em São Paulo, é diferente. Ela também criou vários monstros, mas ao invés de guardar para si mesma, ela vende! São monstrinhos de pelúcia feitos por ela mesma, vendidos através da sua empresa, a Maenga Toys, e conta abaixo sua história.


"Aos 17 sofri um acidente de carro, onde fraturei uma vértebra e por consequência fiquei paraplégica – e, desde então, sou cadeirante. Mudou tudo na minha vida a partir do ocorrido. Tive um período de adaptação, até redescobrir uma maneira de seguir em frente e continuar a viver como todo mundo, entre qualidades e limitações.
Quando pequena, eu ficava olhando minha mãe costurar, mas na hora de colocar as mãos na máquina, não dava muito certo. Bom, se antes eu já não dava conta, depois do acidente nem sequer passava pela minha cabeça tentar. Até mesmo porque para costurar você usa os pés, o que no meu caso não iria dar. Então, no início do projeto eu cortava os bonecos e pedia à minha mãe que costurasse para mim, mas ela tinha as coisas dela pra fazer e minhas coisas acabavam ficando de lado. Foi também nesse período que conheci a toy art pela internet e fiquei louca, apaixonada! Era exatamente a forma que eu precisava para expressar minhas idéias, tinha – e tem – tudo a ver comigo: o gosto pelo bizarro, diferente, incomum sempre fez parte da minha personalidade. Logo, a idéia de poder criar algo que expressa isso me cativou. Foi quando comecei a criar ‘monstrinhos’.


O principal canal de divulgação do meu trabalho sempre foi, e ainda é, a internet. Pela facilidade de acesso e por atingir qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo.
A dica pra quem gosta de costura é, primeiro, não ter preguiça de desmanchar costura. Depois, não desistir e insistir sempre, porque perdendo o medo de arriscar você acerta, mesmo que não seja de primeira, uma hora de tanto insistir dá certo. O importante é não parar de tentar. Já para os fãs de toy art, a dica é acreditar na criatividade e investir na originalidade. Não existe arte que não encontre seus admiradores, pois beleza depende do ponto de vista.”
Esse é um belo exemplo de pegar um problema e transformar em oportunidade, além de gerar uma ocupação e fonte de renda. Como diz o ditado, "se a vida te der limões, pegue açúcar, gelo e pinga, e faça uma bela caipirinha!"


segunda-feira, 18 de março de 2013

Eduardo entrega arena de acessibilidade na Praia de Boa Viagem

Depois de garantir segurança por terra, mar e ar às praias do Recife há menos de um mês, o governador Eduardo Campos voltou à Praia de Boa Viagem para lançar, neste domingo (17/03), o 
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projeto de acessibilidade Praia sem Barreiras. Voltada para pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, a iniciativa ganhou uma arena de acessibilidade, que fica localizada em frente ao Internacional Palace Hotel, próxima ao novo posto do Corpo de Bombeiros, inaugurado no dia 22 de fevereiro. O equipamento vai funcionar de quinta a domingo, das 8h às 12h.A partir de agora, os visitantes locais e turistas poderão desfrutar de uma esteira de acesso ao mar com 30 metros de comprimento, seis cadeiras anfíbias, três piscinas para o lazer de crianças, uma quadra para a atividade esportiva de vôlei sentado, tenda de fisioterapia e enfermagem, além do banho assistido. Ao lado do prefeito Geraldo Julio, Eduardo jogou uma partida de vôlei sentado, assistiu ao banho dos primeiros voluntários e ouviu as impressões dos deficientes e familiares sobre a iniciativa.
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Ressaltando a parceria do Governo do Estado com a Prefeitura do Recife e a Uninassau, Eduardo convidou todos a vir conhecer o projeto Praia sem Barreiras. “Estamos garantindo um direito à acessibilidade que estava sendo limitado há anos. A partir daqui, queremos ir para outras belas praias para imprimir essa marca e dizer pode vir pra cá, porque aqui tem um valor, um princípio, que é a união entre a sociedade civil, as empresas privadas e o Governo, para proporcionar a felicidade não apenas aos cadeirantes que estão indo tomar o banho de mar, mas também de famílias inteiras e amigos”, constatou.
Durante o projeto, 21 estudantes dos cursos de Fisioterapia, Educação Física, Enfermagem e Turismo da Uninassau passaram por oficinas de capacitação e serão os responsáveis pelo trabalho de assistência. Já para facilitar o acesso à arena de acessibilidade, a Prefeitura do Recife criou uma rota acessível, que tem início na parada de ônibus da Avenida Conselheiro Aguiar, seguindo pela Rua Bruno Veloso, até a orla de Boa Viagem. O projeto Praia sem Barreiras já está funcionando desde janeiro no Arquipélago de 
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Fernando de Noronha. Os próximos destinos que receberão o projeto são as praias de Porto de Galinhas e Itamaracá.
Há 16 anos portadora de lesão medular, Vitória Muniz, 59, estava esse mesmo tempo longe da praia. Ela aprovou a iniciativa. “O Governo pensou em cada detalhe, desde a chegada até o banho do mar. Às vezes, ficava deprimida porque passava os domingos sozinha em casa. Agora, fico confortável, tranquila e, principalmente, feliz em poder  acompanhar minha filha também na praia”, comemorou Vitória.

domingo, 17 de março de 2013

A Cidade dos Artistas


Por Manuela Dantas
Na cidade
Ser artista
É posar sorridente
É ver se de repente
Sai numa revista
É esperar que o orelhão
Complete a ligação
Confirmando a excursão
Que te leva ao Japão
Com o teu pianista
E antes que
O sol desponte
Contemplando
O horizonte
Conceder entrevistas
Aos outros artistas
Debaixo da ponte...

(Trecho da Música Cidade dos Artistas de Chico Buarque)

Às vezes fico pensando que só sendo um verdadeiro artista para encarar tantas adversidades e continuar firme, sorrindo e escrevendo a história da sua vida...

Foi assim que vi aquele grande contingente de pessoas que lotaram o auditório Rosa França no IMIP no primeiro Fórum para Discussão do Centro de Reabilitação daquela instituição.

Fui convidada para representar os usuários do centro, que tenho um orgulho danado de estar frequentando e poder observar o alto nível que aquela instituição apresenta como também o carinho com que os funcionários tratam os seus usuários.

Fico especialmente feliz por termos conseguido um forte grupo de colaboração no Projeto Novos Horizontes que contribuiu para hoje o Centro de Reabilitação ter uma qualidade tão alta de serviço e poder oferecer terapias modernas.

Desde que entrei no IMIP pela primeira vez, em 2010, senti que esse hospital tinha uma energia diferente, custei a acreditar que aquele hospital com alto nível de qualidade e atendimento era inteiramente custeado pelo SUS.  É o SUS que funciona... E mais do que nunca acredito que a gestão eficiente faz toda a diferença.

Não por acaso, consigo comparar as terapias de marcha que faço no IMIP (treino em pé com objetivo de recompor os passos do paciente), em que utilizo uma esteira em baixa velocidade e um pórtico que sustenta 30% do meu peso, com os mais avançados métodos de fisioterapia do país, sem medo de parecer otimista em demasia.

O principal diferencial desse centro é o amor com que cada funcionário trata seus pacientes, sem ter interesse nenhum a não ser a vitória do mesmo. Fico bem entusiasmada e motivada a tentar superar meus novos limites quando vejo o brilho nos olhos e a vibração dos fisioterapeutas quando consigo ficar cada vez mais tempo em pé sem nenhum auxilio externo. Sinto que eles acreditam em mim, como eu também acredito...

Mas, voltando a falar do fórum de discussão que participei no hospital, para minha surpresa, já que eu acreditava que aquele evento teria como tema principal questões relativas à saúde pública e as condições de assistência daquela instituição, no entanto o mesmo teve como tema mais frequente dos questionamentos dos usuários o SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO. Isso mesmo, o sistema de mobilidade urbana da Região Metropolitana do Recife, já que o Centro de Reabilitação atende a toda a essa região e toda a Zona da Mata.

A representante do Grande Recife Consórcio de Transportes ficou encurralada com tantas perguntas e tantos relatos de ineficiência para atendimento a pessoas com deficiência nos ônibus da frota. Relatos de ônibus que sempre estão com as plataformas quebradas, de motoristas mal treinados e até de agressões, como as relatadas pela Gisele, chocaram não só a mim, mas a todos que estavam presentes naquele fórum.

Preocupa-me esse tema ser sempre recorrente nas nossas conversas quinzenais, mas como podemos calar diante de uma população que clama por seu direito constitucional de ir e vir para pelo menos conseguir ir ao hospital fazer as suas fisioterapias, ir ao médico, cuidar da saúde e se manter vivos.
Ouvi relatos de pessoas que ficaram mais de 4 horas no mesmo ponto de ônibus sem conseguir um único ônibus da sua rota que tivesse com a plataforma funcionando para conseguir ter acesso ao veículo.

Diante dessas situações, eu vos pergunto: uma pessoa que utiliza transporte público e possui deficiência física conseguiria ter uma vida normal de acesso aos diferentes locais? Conseguiria trabalhar? Conseguiria estudar? Conseguiria ter acesso ao lazer?
Amigos, eles lutam para conseguir, pelo menos, ter acesso à saúde e a vida...

Enquanto escrevo, acabei de escutar a Regina Casé no Programa Esquenta falando que temos ¼ de nossa população com algum tipo de deficiência e continuamos fingindo que essas pessoas não existem...

Não dá mais para fingir... Pernambuco possui, Regina, mais de ¼ de sua população com algum tipo de deficiência. São 28% e eu faço parte dessa estatística! E não importa quantas vezes eu caia, estarei sempre aqui para falar não só por mim, mas por todos, que temos primordialmente o DIREITO A VIDA e a vida com dignidade, não aceitamos e não nos sujeitamos mais a sermos mal tratados pela sociedade, pois temos o nosso papel no mundo e estamos aqui para cobrar essa conta e fazer a nossa parte.

Com efeito, um mundo mais igualitário, justo e com as mesmas condições de acesso as oportunidades, será um mundo melhor, aliás, bem melhor...

Além do transporte público, os usuários do IMIP questionaram sobre as possibilidades de utilizarem o PE Conduz, no entanto o programa, que atende a 120 pessoas na Região Metropolitana do Recife com 15 veículos, atende preferencialmente a tetraplégicos e pessoas com alto grau de comprometimento da mobilidade, sendo necessária uma avaliação para saber se os usuários se enquadram no programa. Pela ampla necessidade no estado caberia uma avaliação da ampliação desse programa para possibilitar o auxilio a mais pessoas.

Considerando ainda a inexistência de taxis adaptados para pessoas com deficiência em Recife e em todo o estado e que as vagas em estacionamentos para pessoas com deficiência, que segundo o decreto 5.296 deveria ser de 2%, mas que ainda não são respeitados por muitos estacionamentos que não possuem essas vagas definidas, como também pelo desrespeito ao uso dessas vagas, podemos perceber que há muito trabalho a ser feito para conseguirmos ter um sistema de mobilidade mais adequado as necessidades da nossa população.

Enfim, a vida segue, o tempo passa e vamos sempre aprendendo com as derrotas e com as vitórias. Nos últimos 3 anos aprendi muito... Aprendi que nem sempre o menor caminho é o mais fácil e o melhor... O menor caminho levou a vida de um amigo e colega de trabalho e quase levou a minha... O menor caminho levou o futuro que eu tinha planejado... O menor caminho destruiu muitos sonhos... Mas, vivi para aprender que atalhos não são as melhores soluções, mas que o melhor é sempre seguir o caminho certo.

E o caminho certo, sem dúvida, inclui justiça social, igualdade de condições e cidadania. Vivendo em um país democrático, tendo um governo federal, estadual e municipal comprometido com os mais necessitados e com os que mais precisam de assistência, não espero nada diferente disso.

O que espero e o que mantem a minha esperança nos homens é acreditar que o caminho certo e a era da justiça e da dignidade não tarda a chegar...

sexta-feira, 15 de março de 2013

Limoeiro terá transporte adaptado aos alunos portadores de necessidades especiais


Deu no blog do Igor Maciel

Estudantes da rede municipal de ensino de Limoeiro (PE), portadores de necessidades especiais terão transporte exclusivo para locomoção. Para este primeiro semestre, a secretaria adaptou um veículo da frota municipal, modelo Kombi, para garantir a presença de aproximadamente 17 alunos cadeirantes nas escolas municipais.
 
Para atender de forma igualitária, a secretaria elaborou um cronograma de atendimento aos alunos residentes na zona urbana e na zona rural. “O transporte busca o aluno na porta de sua casa e deixa na escola. Ao término das atividades o procedimento é o inverso”, explicou a coordenadora de Educação Especial, Ineuda Pereira. 
 
O município também foi contemplado pelo Ministério da Educação (MEC) com um ônibus para educação especial. O novo transporte deve chegar ao município ainda neste primeiro semestre.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Faculdade abre vagas de emprego para pessoas com deficiência

Do NE10
Pessoas com deficiência que têm interesse de trabalhar na área administrativa podem concorrer às vagas oferecidas pela Faculdade dos Guararapes até esta quinta-feira (14). Não é necessário ter experiência na área, mas é preciso ter o ensino médio completo.

Os candidatos selecionados, além do salário compatível com o mercado, terão direito a plano de saúde, plano odontológico e desconto no curso de graduação ou pós-graduação. Para concorrer, é preciso enviar o currículo para o email rhfg@faculdadeguararapes.edu.br com o laudo médico onde deve constar o número do CID (Código Internacional de Doenças) até a quinta-feira.

Cinema São Luiz exibe primeiro longa pernambucano com audiodescrição

Deu no NE 10



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A atriz pernambucana Hermila Guedes é a estrela de 'Era uma vez eu, Verônica'
Foto: internet

Do NE10
O Cinema São Luiz, localizado na área central do Recife, recebe a produção “Era uma vez eu, Verônica”, com o recurso de tradução visual conhecido como audiodescrição. O filme é o primeiro longa-metragem pernambucano audiodescrito.

A audiodescrição é um recurso que traduz em palavras os eventos visuais em filmes, peças teatrais e outras produções. O objetivo é dar acessibilidade comunicacional para as pessoas com deficiência visual e intelectual.

Para oferecer o recurso no longa “Era uma vez eu, Verônica”, a produção contou com o trabalho do professor da disciplina de audiodescrição da graduação em Rádio, TV e Internet da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Francisco Lima. A audiodescrição é de Patrícia Pordeus e a locução, de Ruan Carlos Lima.

De acordo com Francisco Lima, ter um filme pernambucano com audiodescrição nos cinemas de Recife é um importante passo para a inclusão de pessoas com deficiência visual.

O longa foi premiado como melhor filme tanto pelo júri oficial quanto pelo júri popular, no 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “Era uma vez eu, Verônica” tem direção de Marcelo Gomes e produção da REC Produtores.

domingo, 10 de março de 2013

Jovem paraplégica diz que é possível sentir prazer no sexo após acidente

Deu no bem Estar da Globo


Uma inglesa de 28 anos que sofreu uma grave lesão na coluna em um acidente de carro em 2003 relata ao site do jornal "Daily Mail" que é possível sentir prazer no sexo, mesmo tendo ficado paralisada do peito para baixo.

Sophie Morgan está noiva há um mês e diz que não tem do que reclamar sobre sua vida sexual. Quando perdeu parcialmente os movimentos do corpo e começou a andar de cadeira de rodas, a jovem achou que viveria em celibato, mas com o tempo descobriu que isso estava longe de ser verdade.
Quando Sophie foi convidada a escrever sobre sua vida sexual, ficou hesitante, pois nunca foi exibicionista nem gostava da ideia de que pessoas estranhas soubessem de detalhes da sua intimidade. Mas ela decidiu abrir sua história ao perceber que esse tema era um tabu para muita gente. 

A jovem confirma que muitos indivíduos com deficiência não são assexuados, também fazem sexo – uma "necessidade humana básica" para ela – e são capazes de apreciar esse momento. Segundo Sophie, falar francamente sobre o assunto pode ajudar a romper barreiras de desigualdade e falta de liberdade.

Interrupção e volta à vida sexual
Antes do acidente, Sophie diz que era uma pessoa aventureira e gostava de viajar e dançar. Porém, nos meses após o acidente, em meio a dores e emoções como negação, raiva, medo, tristeza profunda e depois aceitação, ela afirma que não se lembra se chegou a pensar em sexo.

Na época, a jovem estava solteira, mas já havia tido um relacionamento sério na adolescência. Ela conta que ninguém conversou com ela sobre sexo – nem os cirurgiões, médicos, fisioterapeutas e psicoterapeutas que a atenderam. Sophie destaca que os profissionais estavam ocupados em salvar a vida dela, devolver-lhe os movimentos e fazê-la reaprender as tarefas diárias mais básicas, como se lavar, vestir e ir ao banheiro.

O que a consolava, segundo a britânica, eram suas memórias. Até que algo surpreendente aconteceu: Sophie se matriculou em uma escola de artes, e um surfista bonito de cabelos compridos, chamado Olly, convidou-a para sair. Ela diz que estava disposta a aceitar e resolveu investir no rapaz.

Com o tempo, a garota foi tomando consciência sobre áreas de seu corpo que se tornaram mais sensíveis após o acidente. E, quanto mais ela se envolvia mentalmente, mais tinha prazer – podia, inclusive, sentir a penetração do namorado e chegar ao orgasmo.

"Essas sensações são, sem dúvida, diferentes em comparação ao que eu sentia antes do acidente. Mas, apesar de o dano à medula espinhal ter afetado grande parte do meu corpo, existem outras vias nervosas em atividade", ressalta.

O relacionamento com Olly chegou ao fim, Sophie ficou triste, mas ao mesmo tempo recuperou a confiança no próprio corpo. Alguns meses mais tarde, seis anos atrás, ela foi visitar um amigo da faculdade e foi apresentada a alguns colegas dele, como o acupunturista Tom, de 28 – que agora é seu noivo

Ela lembra que, inicialmente, eles flertaram, mas nada aconteceu. Mais tarde, Tom admitiu que, apesar de achá-la linda, ele pensava que ela seria incapaz de se envolver sexualmente ou ter filhos. Na dúvida, o rapaz perguntou ao amigo em comum se a jovem poderia transar.
Sophie confirma que as principais dúvidas das pessoas sobre ela são realmente essas – além de como ela vai ao banheiro.

A jovem diz que Tom confessou seus sentimentos iniciais de pena, e que ela não sentiu raiva ou surpresa com isso, afinal, tinha pensado a mesma coisa durante muito tempo sobre pessoas com deficiência. Ela também sabe que não é porque pode ter certas sensações abaixo da cintura que isso vale para todos os paraplégicos.

A intenção da britânica com tudo isso é mostrar que pessoas deficientes também podem ser sensuais, desejadas e ter um final feliz, ao usar a criatividade para superar suas limitações físicas.

Sexo x deficiência
O tema "sexo e deficiência" veio à tona recentemente com o filme "As sessões", que concorreu ao Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante para Helen Hunt. A história explora a vida do poeta Mark O'Brien, que ficou inválido por uma poliomielite. E o enredo gira em torno de sua relação com a terapeuta interpretada por Helen, que o ajuda a perder a virgindade.

No Reino Unido, há cerca de 11 milhões de pessoas com deficiências físicas, 15% delas em idade sexualmente ativa. E a maioria (83%) não nasceu paralisada, mas ficou com o problema mais tarde, em decorrência de doença ou acidente.

Uma publicação britânica sobre deficiências, que entrevistou mais de mil pessoas nessas condições, aponta que 85% já fizeram sexo alguma vez na vida e metade tinha um parceiro. Mas, por outro lado, um levantamento divulgado por um jornal do país revelou que 70% dos britânicos não iriam para a cama com alguém com algum tipo de deficiência física.


quarta-feira, 6 de março de 2013

Aeroportos de Recife e Confins realizam Curso de Acessibilidade


      Os aeroportos internacionais do Recife (PE) e de Confins (MG) deram início na segunda-feira (4/3) ao Curso de Atendimento às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida. No terminal mineiro, a capacitação, que tem o objetivo de transmitir aos funcionários da Infraero e membros da comunidade aeroportuária conhecimentos sobre o atendimento correto a usuários com deficiência ou mobilidade reduzida, seguirá até a sexta-feira (8/3). Já no Recife, o curso foi concluído na manhã desta quarta-feira (6/3).

      O treinamento faz parte das ações de acessibilidade da Infraero para os terminais da rede, sendo realizado anualmente em todos os aeroportos administrados pela empresa. A capacitação conta com atividades teóricas e práticas. Nas aulas teóricas, são abordados temas como legislação e direitos humanos, aeroportos e suas facilidades, entre outros. Já nas aulas práticas, são ensinadas técnicas de atendimento específicas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
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      No encerramento do curso do terminal pernambucano, os participantes puderam pôr em prática o que aprenderam durante as aulas. Divididos em três grupos, cada um representando um tipo de deficiência, os alunos atravessaram as dependências do terminal de passageiros, simulando situações do dia a dia para compreender melhor as dificuldades que uma pessoa com deficiência pode enfrentar. “Foi muito bom para abrir os olhos da gente para outra realidade. Nós pudemos conhecer um pouco mais esse mundo para poder prestar um atendimento ainda melhor”, comentou o colaborador do terminal de logística de carga do aeroporto, Roberto Rocha.

      A cerimônia de encerramento contou também com apresentação de um grupo de dança esportiva formado por deficientes físicos e depoimentos do grupo. A gerente de Administração da Regional Nordeste da Infraero, Cláudia Maria Ferreira, representando a superintendência, agradeceu aos participantes pela presença nas atividades do curso. “Espero que cada funcionário possa voltar para o trabalho com a consciência do atendimento de excelência aos usuários com deficiência”, afirmou.

   Assessoria de Imprensa - Infraero
   imprensa@infraero.gov.br
   www.twitter.com/canalinfraero

Tradução