quarta-feira, 31 de julho de 2013

Japão autoriza primeiros testes clínicos com células-tronco pluripotentes induzidas

O Ministério da Saúde do Japão anunciou nesta sexta-feira a autorização para os primeiros testes clínicos utilizando células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). É a primeira vez em todo o mundo que esse tipo de estudo é liberado em seres humanos.

As iPSCs são criadas a partir de células adultas comuns, e reprogramadas geneticamente para atingir um estado semelhante ao das células-tronco embrionárias. A partir de apenas quatro alterações em seu DNA, elas se tornam capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido do corpo humano.

Os testes liberados pelo governo japonês têm como objetivo tratar pacientes com degeneração macular, uma doença que normalmente atinge pessoas com mais de 55 anos, deteriorando sua retina e podendo levar à cegueira. Os pesquisadores japoneses propõem usar iPSCs para cultivar novas células da retina desses pacientes — livres dos danos causados pela doença — e implantá-las de volta em seus olhos.

No ano passado, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka e o britânico John Gurdon receberam o Prêmio Nobel de Medicina por terem concebido o método que permite reprogramar células adultas para transformá-las em iPSCs, um procedimento que foi considerado chave para dar início à medicina regenerativa. A técnica, no entanto, ficou restrita aos laboratórios. Até agora, as únicas pesquisas realizadas em seres humanos haviam utilizado células-tronco embrionárias, que são menos versáteis e enfrentam forte oposição de grupos religiosos.

Com o anúncio do governo japonês, os pesquisadores podem ter dado um passo decisivo para a aplicação clínica das iPSCs. “As células-tronco pluripotentes induzidas surgiram em 2006. É incrível que tão pouco tempo depois, elas já estejam prontas para serem testadas em humanos. Isso mostra o quão rápido essa área está se desenvolvendo”, diz Lygia da Veiga Pereira, geneticista e diretora do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da USP.

(Com Agência France-Presse)

Jô Soares revela que se inspirou no filho autista para montagem de peça

Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - Jô Soares contou que foi o filho, Rafael, quem o inspirou para a montagem da peça "Três Dias de Chuva", em cartaz em São Paulo.

O apresentador, que dirige o espetáculo, se baseou no próprio cotidiano para dar vida à obra de Richard Greenberg - que trata de conflitos de gerações de uma família.

"Eu tenho um filho autista, com uma série de problemas que se agravam. E isso é uma condição genética. Fica difícil se comunicar com ele", disse ao jornal "Folha de S. Paulo", fazendo referência ao primogênito, fruto de seu relacionamento com a atriz Theresa Austregésilo.


O artista assegurou ainda que aprendeu a viver com a condição do herdeiro e que não se deixa levar apenas pelo lado negativo. "Mas você não pode deixar que isso seja o foco principal da sua vida, porque, se deixar, não faz mais nada", completou.

Aplicativo possibilita denunciar quem viola vaga de DEFICIENTE no estacionamento

Quem é que nunca viu alguém utilizando indevidamente uma vaga de estacionamento reservada para deficientes físicos? Esse tipo de cena cada vez mais comum nas cidades, seja quando vamos a um supermercado, banco ou show, por exemplo, costuma causar revolta em quem presencia, mas um aplicativo (app) para smartphone pretende ajudar a denunciar quem gosta de levar vantagem nesse tipo de situação.


O aplicativo  Parking Mobility, que está disponível gratuitamente na App Store, viabiliza a geração de um relatório que pode ser enviado diretamente as autoridades, segundo informou o site  springwise. Os usuários enviam três fotos: uma com a placa do carro, uma da janela da frente e uma da vaga de estacionamento.

Uma vez que a comunidade de deficientes físicos é cada vez mais consciente quanto as infrações nos estacionamentos, o aplicativo ajuda a trazer mais agressores à Justiça e criar receita para as cidades, por meio das multas. As irregularidades registradas pelo Parking Mobility junto as autoridades poderão ainda recolher 20% das multas para instituições de caridade voltadas aos que têm dificuldade de locomoção.

Fonte,ECO D

"Espanha tem a primeira vereadora com síndrome de Down"

Emocionada, Ángela Bachiller se tornou nesta segunda-feira a primeira vereadora com síndrome de Down da Espanha, na cidade de Valladolid, de 311.000 habitantes.

Ángela tomou posse no meio de uma grande expectativa e admiração dos vallisoletanos por sua "coragem" e seus anos de luta pela normalização e integração de pessoas portadoras de necessidade especiais, como ela.

A jovem auxiliar administrativa, sentada hoje nas cadeiras do Partido Popular (PP), de centro-direita, com sua medalha de vereadora ao pescoço, é a imagem da igualdade, e vai ser uma vereadora mais "preparada", "educada", "discreta", como a definiu sua mãe Isabel Guerra.

Ángela jurou lealdade ao rei Juan Carlos I e a cumprir a Constituição diante dos flashes de muitos membros da imprensa interessados em registrar o momento inédito.

Ángela Bachiller se candidatou às últimas eleições municipais de Valladolid, que aconteceram em maio de 2011, na lista do PP, e após a renúncia do vereador Jesus García Galván, acusado de corrupção urbanística, se apresentou para ocupar a vaga.

"Obrigado por tudo, por terem confiado em mim", disse ao término da sessão plenária, em entrevista coletiva, acompanhada do prefeito de Valladolid, Javier León de la Riva, tão emocionada que não conseguiu dizer mais nada.

León de la Riva disse que o caso de Ángela é um exemplo da política da prefeitura a favor da integração dos portadores de deficiência, e lembrou que na última legislatura teve o primeiro cadeirante da Espanha.

Sua família "lutou desde o minuto em que nasceu", disse à imprensa a mãe da nova vereadora.

Isabel Guerra, enfermeira de profissão, se mostrou orgulhosa da filha, por sua "coragem" e por "não jogar a toalha", embora reconheça que nunca tenha imaginado que pudesse chegar a ser vereadora.

A receita para alcançar essa posição na vida foi "muito amor, muita disciplina, muito trabalho e uma vida normal em tudo", disse a mãe de Bachiller. E o conselho materno é para que Ángela aprenda e desfrute desta experiência como vereadora para que o passo dado "deixe de ser visto como extraordinário e passe a ser normal".


Neste dia tão especial, Ángela Bachiller esteve cercada pelos pais, sua irmã Lara, seus avôs Juani e Ángel, que mesmo aos 86 anos não abriram mão de ver este momento, e seus companheiros da Associação Síndrome de Down.

Fonte,Agencia EFE

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Thais Monteiro a única candidata com deficiência física,vence concurso de miss no interior do PA

A estudante Thais Monteiro, 15 anos, foi a vencedora de um concurso de beleza realizado no último domingo (28), no município de Igarapé-Açu, nordeste do Pará. Ela disputou o título de “Miss Verão” com outras 12 moças, e era a única candidata com deficiência.

A diferença não atrapalhou o sonho de criança da jovem em ser a Miss Verão, que precisou enfrentar o preconceito de algumas pessoas. “Uma mulher que torcia para outra candidata disse que eu não tinha chances de ganhar e debochou de mim, foi nesse momento que eu decidi participar", conta Thais.

O convite para participar do concurso foi feito pela academia que Thais frequenta na cidade. De início ela recusou, mas depois de se sentir desafiada pelas pessoas que não acreditavam que uma pessoa com deficiência poderia ganhar, ela decidiu entrar na disputa. “Eu disse: não vou lá mostrar não meus defeitos, vou mostrar minhas qualidades!”, conta.

No concurso , a morena de 1,65m e 52 kg chamou atenção do público e conquistou os cinco jurados com sua desenvoltura na passarela. Na apuração dos votos, ela empatou com outra candidata, mas o critério de desempate era o bronzeado, que deu a vitória para Thais, que ganhou o título e uma motocicleta como prêmio.

Thais, que nasceu sem o antebraço direito, não acreditava que poderia ganhar. Para ela, somente a participação já era uma superação pessoal. “Eu não estava esperando que eu ia conseguir, fiquei muito nervosa. Desde pequena era isso que eu queria. Eu não me achei melhor do que as outras, são todas bonitas, não sei nem explicar. Para mim, calei a boca de muita gente que me humilhava”, revelou Thais à reportagem do G1.

A jovem contou com o apoio incondicional da família, que é só orgulho da coragem da bela. “Me sinto muito feliz! Eu pensava que ela não tivesse a coragem. Foi em cima da hora e ela conseguiu essa vitória”, conta a mãe de Thais, Rosangela Rodrigues, 37 anos. “Hoje em dia o pessoal tem muito preconceito, mas ela não se intimida com qualquer coisa, é uma menina alegre”, afirma Rosangela sobre a miss.

Fonte,Thais Resende G1-PA


'Inexplicável', diz ferida na Boate Kiss ao andar após ter perna amputada

Por Luiza Carneiro
G1 RS

Com os dois pés no chão, Kelen Giovana Ferreira, de 20 anos, pode voltar a sorrir e caminhar. Na sexta-feira (26), um dia antes da tragédia de Santa Maria completar seis meses, ela viajou 500 km, de Alegrete a Porto Alegre, para vestir sua prótese pela primeira vez. A perna direita da estudante precisou ser amputada abaixo do joelho após o incêndio que matou 242 pessoas na boate Kiss.

Na semana em que o incêndio na boate Kiss completa seis meses, o G1 Rio Grande do Sul conta histórias de seis vidas transformadas pela maior tragédia do Brasil nos últimos 50 anos. De sábado (27) até quinta-feira (1), familiares, sobreviventes, amigos falarão sobre superação, dor, luta e esperança.
Enquanto colocava a nova perna, Kelen sorria. "Sensação é inexplicável", disse emocionada. Ela ficou 78 dias internada no Hospital de Clínicas da capital. “A última vez que tinha andado foi de uma maca a outra, ainda em Santa Maria”, contou ao G1.


Estudante de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria, na noite da tragédia a jovem estava na casa noturna ao lado de duas amigas. Elas não conseguiram se salvar. “Elas foram ao banheiro e eu estava sozinha. Quando me dei conta do que estava acontecendo falei ‘vou buscá-las’. Uma mão de um homem me puxou e disse ‘tu não vai’ e me levou até a frente. Acho que foi Deus”, relembra. “Puxei o vestido até o nariz e comecei a rezar. Pensava que não podia morrer ali”.

Na clínica, ela provou a prótese na companhia do pai. Assim como experimentar um vestido para uma festa, o protesista observou as adequações necessárias para o material, que são confeccionados ali mesmo. “Vamos ajustar tamanho, o peso. Ela vai utilizar um sistema que tem pé e tornozelo biônico, que lê os movimentos e antecipa”, explica o especialista Jairo Blumenthal. Autorregulável, a prótese tem uma leitura de mil vezes por segundo e custa cerca de R$ 52 mil. “Ela dura cinco anos. Depois, tem de fazer a manutenção”, completa Blumenthal.

Sozinha, Kelen pode encaixar o objeto na perna. Já que a sua amputação foi transtibial, ou seja, abaixo do joelho, ela escolheu uma das técnicas mais avançadas. A única preocupação da jovem eram os sapatos. “Eu quero poder voltar a usar salto”, disse.
São necessários 13 cliques até que a malha que cobre a cicatriz se una à perna falsa através de um pino. Depois, é só treinar. “A gente normalmente não tem noção do peso da perna, mas a da prótese é muito mais pesada”, falou Kelen sobre as impressões iniciais.

Depois de caminhar ao lado do especialista, segurando-se em barras, a gaúcha conseguiu bater palmas, atender o telefone e segurar objetos sem precisar se apoiar. Desde que realizou a cirurgia de amputação, ela se locomovia com um andador. “Acho que mereço uma cervejinha!”, brincou.
Quem se emocionou ao ver a filha dar os primeiros passos foi o pai José Mauri Ferreira. Militar aposentado, conta que mal reconheceu Kelen ao vê-la no hospital após o incêndio. “Ela ficou muito inchada. Eu olhei o braço e tinha um vermelhinho, achei que fosse tatuagem, mas o médico me disse que eram queimaduras”, relembrou Mauri.

Já em Porto Alegre, ele recebeu uma notícia dolorosa cinco dias após o incêndio. “Os médicos me disseram que o estado dela era gravíssimo, que talvez não fosse sobreviver”, completou. Ao visitar a filha no CTI duas vezes por dia, Mauri sentia que os pés dela estavam gelados demais. A cirurgia de amputação foi realizada no dia cinco de fevereiro.
Segundo os médicos, o pé precisou ser amputado pois já não havia circulação. “Antes de sair da boate ainda pensei em tirar a sandália. Tirei a de um pé, mas logo me puxaram para a rua e fiquei com a outra presa ao tornozelo. Acho que foi isso”, explicou Kelen.
A rede de solidariedade que surgiu após o acidente ajudaram na sua recuperação. A convivência com pessoas que, agora como ela, também possuem algum tipo de deficiência, já era recorrente. Kelen realizava trabalho voluntário em um projeto de dança com cadeirantes. “É claro que eu nunca vou superar. Mas vou poder ajudar muita gente com a minha história de superação. A justiça tem que ser feita para todos”, finaliza.


domingo, 28 de julho de 2013

Correios são condenados a pagar mais de R$ 20 milhões por discriminar funcionária com deficiência

 Por Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi condenada a pagar mais de R$ 20 milhões em indenização por discriminar e demitir uma funcionária com deficiência visual aprovada em concurso público, em 2011. A decisão é do juiz Alcir Kenupp Cunha, da Vara do Trabalho de Gurupi (TO), que determinou o pagamento de R$ 188.550,00 a título de danos morais para a autora da ação, R$ 10 milhões de dano social em favor do Fundo de Amparo ao Trabalhador e mais R$ 10 milhões por dano moral coletivo à entidade filantrópica Associação dos Portadores de Deficiência do Estado do Tocantins.

Em sua defesa, a empresa alegou que a funcionária não teria condições de exercer as atribuições do cargo de agente de correios/atendente comercial para o qual foi aprovada. Vânia de Souza, autora da reclamação trabalhista, concorreu a uma vaga destinada a pessoas com deficiência, e foi aprovada em todas as fases do concurso público. Exames e perícia médica realizados para avaliar a qualificação e compatibilidade entre as atribuições da vaga e a deficiência da funcionária consideraram-na apta para a função.

Durante a fase de treinamento, a funcionária com deficiência disse que não foram oferecidas condições de acessibilidade compatíveis com sua condição, porque os computadores não eram adaptados, e não recebeu apostila em braile. No dia 30 de dezembro de 2011, a funcionária recebeu a informação de que, após avaliação de uma equipe multiprofissional, a ECT havia decidido demiti-la por não conseguir desempenhar suas atividades com êxito.

Na avaliação do juiz do trabalho Alcir Kenupp Cunha, a ECT não queria contratar Vânia de Souza, autora da ação, ou qualquer outra pessoa com deficiência. “A previsão constante do edital do concurso da reclamada é mero atendimento de exigência constitucional e legal, que é desrespeitada logo após as fases iniciais do certame, para o fim de, por meio de arremedo de ‘acompanhamento’ e ‘avaliações’, eliminar nas etapas seguintes as pessoas com deficiência que ‘ousaram’ ser aprovadas no concurso”, afirmou o magistrado na sentença. O juiz também considerou que houve "procedimento sumário de ‘avaliação’ da autora em ambiente de trabalho não adaptado a sua deficiência, que durou apenas uma hora”.

Em nota, a ECT considerou o caso uma questão "pontual" e que, como empresa inclusiva, "mantém em seu efetivo hoje cerca de 7 mil pessoas com deficiência. Nos concursos, a ECT destina 20% de vagas às pessoas com deficiência — acima dos 5% exigidos pela legislação". A assessoria dos Correios no Tocantins informou que a funcionária foi reintegrada ao quadro de servidores, e que a empresa vai recorrer da decisão judicial.



Opinião: Ter um imóvel com acessibilidade mínima não é luxo

POR,JAIRO MARQUES

COLUNISTA DA FOLHA

 Você já verificou alguma vez se no lavabo ou no banheiro de sua casa é possível entrar com uma cadeira de rodas ou se uma pessoa bem velhinha conseguiria se deslocar razoavelmente bem e com segurança por esses cômodos da casa?

Apartamentos mais modernos estão se tornando um desafio imenso para o trânsito de gente com suas estruturas que não levam em consideração as diferenças físicas e as necessidades pontuais ou transitórias por mais espaço, como um filho com a perna quebrada.

Portas muito estreitas, degraus sem sentido, corredores que não permitem um giro confortável de um gordinho, espaço para banho onde ou entra o xampu ou o sabonete: os dois juntos seria impossível.

ACESSIBILIDADE

Ter uma casa com acessibilidade mínima não é um luxo ou uma condição de exceção, mas, sim, é garantir que o lugar onde se mora irá atender demandas em várias fases da vida e para o convívio de qualquer um que se queira receber.

A arquitetura e a engenharia estão aí para promover as soluções que garantam a otimização de áreas, mesmo sendo elas as de apartamentos do tamanho de caixas de fósforos, muito comuns nos grandes centros atualmente.

O problema é quando as construtoras não se dignam nem a oferecer alternativas acessíveis em seus empreendimentos. Padronizar unidades não é o mesmo que padronizar pessoas. Por isso, ganha mais quem tenta ajudar a criar soluções que contemplem um bom morar para todos. Uma planta alternativa, por exemplo.

E não há complexidade --por mais que seja esse o argumento mais usado-- para levantar um prédio que tenha um desenho planejado para a diversidade.

Às vezes é preciso alargar daqui, colocar uma barra de segurança ali, nivelar um piso acolá, estreitar uma parede adiante. O ganho de iniciativas assim é plural.
Pessoas com deficiência, idosos e quebrados em geral têm poder de compra --o mundo mudou!-- e têm suas exigências e demandas.

Não é honesto olhar para esses públicos como não consumidores e apartá-los de um mercado imenso como é o imobiliário.

DIVERSIDADE

E o bom tratamento começa com estandes de venda que sejam receptivos à diversidade, com o estudo de alternativas de acesso realizado de forma séria, com o cumprimento de normas técnicas e legais.

Felizmente, não se vive mais em cavernas lapidadas pela natureza. Então, nada melhor do que usar o poder e a sabedoria humana para que se dê conforto e tranquilidade ao morar de qualquer um.

Certa vez, vi um programa de TV sobre a casa da atriz Marisa Orth. Ela fez questão de ter um projeto de arquitetura que contemplasse acessibilidade, no que justificou: "Preciso estar preparada para receber qualquer pessoa, não posso pensar só em minha comodidade". Certa ela, certos os que seguirem pelo mesmo caminho.

Agora Deficiente visual pode "VER" uma Fotografia-Foto em Braille

Dois fotógrafos de Brasília criaram o que eles chamam de "Foto em braile", que consiste em tirar um retrato do deficiente visual e depois fazer um relevo para que a pessoa possa "ver" sua imagem pelo tato.

"Método consiste em tirar um retrato do deficiente visual e depois pontilhar a imagem para que a pessoa possa "ver" sua imagem pelo tato."

Assista o vídeo do Repórter Brasil

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Uma nova Cultura, uma nova Igreja Católica,um novo Papa-Francisco!Que coisa boa até "Cadeirantes" participaram

Por Fernando Acessibilidade, editor do blog

Nesta noite assisti pela "TV-GLOBO"-A cobertura foi grande na vinda do Papa-Francisco para o Brasil e à grande JMJ-Jornada Mundial da Juventude que aglutinaram milhares de jovens.

"Vejo que surgi uma nova Cultura, uma nova igreja, um novo Líder-Francisco"!Fiquei feliz e muito...E acho que 46.000 milhões de pessoas com deficiência no Brasil (IBGE 2010),também ficaram... quando na 9° Estação da Via Sacra, subiram 20 CADEIRANTES e participaram do evento. Antes em tempos passados não tínhamos deferência, houve até tempos sombrios em que eramos taxados de ENDEMONIADOS (pessoa com deficiência )."

Fernando Fernandes vai gravar em Noronha

Por Ana Clara Marinho
G1-PE

O ex-BBB e tricampeão mundial de paracanoagem, Fernando Fernandes, chega a Noronha no dia 02 de agosto. Ele vai gravar matéria para o programa Esporte Espetacular, da Rede Globo. Na ilha, Fernando vai mostrar a acessibilidade para os cadeirantes e ainda vai fazer mergulho e praticar caiaque no quadro “Desafio sem Limite”.


Fernandes é um exemplo de superação. O ex-modelo participou do Big Brother Brasil, em 2002 e, no auge da fama, sofreu um acidente de carro e perdeu o movimento das pernas. Fernando se reinventou e tornou-se um dos atletas paraolímpicos mais importantes do mundo. Confira a reportagem do Esporte Especular contando a trajetória do atleta.

James Gandolfini deixa parte da fortuna a filho autista de amigo

Os pormenores do testamento de James Gandolfini podem ter deixados surpreendidos alguns dos seus admiradores, mas os amigos do falecido ator garantem que este era genuinamente preocupado com aqueles que amava.

O ator deixou parte da sua fortuna, estimada em 70 milhões de dólares (quase 55 milhões de euros) para os amigos, entre eles Doug Katz, que foi seu colega de quarto na universidade.

Contudo, o dinheiro será entregue não a Doug, mas sim para o seu filho de 12 anos, que é autista.

Segundo Katz disse ao New York Post, Gandolfini «é o anjo da guarda» do seu filho, explicando ainda que o falecido ator sempre ajudou o menino, pagando os seus suplementos nutricionais e as sua atividades físicas.

Katz contou que James estava sempre a perguntar: «Como podemos ajudar? Como podemos melhorar isso?».

Doug Katz garante mesmo: «Nunca conheci ninguém melhor do que ele».

Recorde-se que o ator morreu no dia 19 de julho, de ataque cardíaco, em Roma.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico


Fonte,FOFOKI

Entenda a diferença entre deficiência intelectual e doença mental ONU optou por banir a expressão "deficiência mental" em 2004


Luana Marinho e Renato Oselame
redacao@correio24horas.com.br

Muitos sentem dificuldade para se relacionar com pessoas com deficiência intelectual por não saber como se referir a elas ou mesmo compreender quais são as condições que afetam o seu desenvolvimento. Uma das confusões mais comuns é chamar os indivíduos com necessidades especiais de "doentes mentais". Esta noção está arraigada no imaginário popular, mas tem sua base na discriminação que estes sofriam no passado. Os dois problemas, contudo, são completamente diferentes.

A doença mental é, na verdade, um transtorno psiquiátrico que engloba uma série de alterações que modificam o humor e o comportamento da pessoa, podendo afetar seu desempenho. Tal distúrbio deve ser tratado com psiquiatras e o uso controlado de medicamentos.

Já a deficiência intelectual representa um atraso no desenvolvimento, o que gera dificuldades de aprendizado e na realização de coisas simples do cotidiano. Neste caso, há um comprometimento cognitivo, que ocorre antes dos 18 anos de idade.

"Deficiência mental"
Segundo a educadora Ana Beatriz Araújo, da Apae Salvador, as deficiências intelectual e mental são sinônimas. O último termo, porém, foi banido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2004. “São dois termos que querem dizer a mesma coisa. Houve uma mudança de nomenclatura em relação à deficiência intelectual para não confundir com o transtorno mental”, afirma.

A ONU optou por excluir a expressão "deficiência mental" para evitar a confusão e a discriminação destas pessoas, que representam 5% da população mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Características
Segundo descrição da Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AIDD), pessoas com déficit intelectual possuem o Quociente de Inteligência (QI) inferior à média. Elas possuem limitações em ao menos dois tipos de habilidades: comunicação, autocuidado, funções acadêmicas, adaptação social, vida no lar, segurança e saúde, dentre outras.


De acordo com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), quase sempre a deficiência intelectual costuma ser resultado de uma alteração no cérebro causada por condições genéticas. Mas uma pessoa com necessidades especiais também pode ter sofrido com distúrbios na gestação, problemas no parto e até mesmo após o nascimento. Dentre os principais tipos de deficiência intelectual estão as síndromes de Down, X-Frágil, Prader-Willi, Angelman e Williams.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ANTT garante condições de acessibilidade no transporte rodoviário de passageiros

A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT – estabeleceu, por meio da Resolução nº 3.871/2012, os procedimentos para assegurar condições de acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida que utilizam o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.

Esses usuários têm direito a receber tratamento prioritário e diferenciado nos ônibus com segurança e autonomia, total ou assistida, sem pagar tarifas ou acréscimo de valores no preço das passagens.

As empresas de ônibus devem adotar, 30 dias após a publicação da resolução, as providências necessárias para assegurar as instalações e serviços acessíveis, observando o Decreto nº 5.296/2004, as normas técnicas de acessibilidade da ABNT e os programas de avaliação de conformidade desenvolvidos e implementados pelo Inmetro.

Devem providenciar os recursos materiais e o pessoal qualificado para atender os passageiros e divulgar, em local de fácil visualização, o direito a atendimento prioritário de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive com deficiência visual e auditiva.

As transportadoras deverão também avisar, com dispositivo sonoro, visual ou tátil, os pontos de parada entre a origem e o destino das viagens de forma a garantir as condições de acessibilidade. No embarque ou desembarque devem apresentar as seguintes possibilidades:

- passagem em nível da plataforma de embarque e desembarque do terminal (ou ponto de parada) para o salão de passageiros;
- dispositivo de acesso instalado na plataforma de embarque, interligando-a ao veículo;
- rampa móvel colocada entre o veículo e a plataforma;
- plataforma elevatória; ou
- cadeira de transbordo.


Os passageiros podem transportar, gratuitamente, os equipamentos que utilizam para sua locomoção, mesmo que extrapolem as dimensões e excedam os limites máximos de peso. Nesse caso, devem informar à transportadora com antecedência mínima de 24 horas do horário de partida do ponto inicial. No caso de locomoção com cão-guia, o animal será transportado gratuitamente, no piso do veículo, próximo ao seu usuário.

De acordo com a resolução da ANTT, os ônibus interestaduais, com características urbanas, devem ter 10% dos assentos disponíveis para o uso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, garantindo o mínimo de dois assentos, preferencialmente localizados próximos à porta de acesso.

Para assegurar as condições de acessibilidade, a frota total de veículos das transportadoras deve ser fabricada ou adaptada. Até 2 de dezembro de 2014, as condições de acessibilidade para os veículos utilizados exclusivamente para o serviço de fretamento serão exigidos somente daqueles fabricados a partir de 2008. Após essa data, as condições de acessibilidade serão exigidas da totalidade da frota.


As empresas que descumprirem a resolução da ANTT estarão sujeitas à multa e os veículos poderão ser descadastrados do Sistema Informatizado da agência.

Você considera a cadeira de transbordo como uma solução adequada de acessibilidade? Marque sua opinião na enquete abaixo, e deixe um comentário. Esta pesquisa servirá para ajustar as normas de acessibilidade no transporte rodoviário elaboradas pela ABNT
Você considera a cadeira de transbordo como uma solução adequada de acessibilidade?
Fonte: imirante.com

quarta-feira, 24 de julho de 2013

História da tetraplégica que teve filha de parto normal

A gaúcha Débora de Aranha Haupt, 32 anos, sofreu um acidente de moto com o marido quando ia para a aula de inglês. Ele cortou o joelho, ela ficou tetraplégica. Com o tempo, Débora recuperou parte dos movimentos dos braços e decidiu que, mesmo presa a uma cadeira de rodas, não abdicaria do sonho da maternidade. Seis anos e vários tratamentos depois, ela deu à luz Manuela, que completou um ano no último mês de janeiro

Conheci o amor da minha vida dançando. Durante cinco anos, Jair e eu viajamos pelo Rio Grande do Sul participando de concursos de dança tradicional gaúcha. Tinha 17 anos quando me apaixonei por ele. Eu trabalhava muito. Em Farroupilha, durante o dia, ajudava meus pais com o negócio deles e, à noite, dava aulas de espanhol em uma escola de Bento Gonçalves, cidade vizinha. Naquela época, ainda não tinha formação universitária, mas era ótima professora. Comecei meio sem querer, mas logo percebi que ensinar me realizava.

 Quando fui convidada a lecionar espanhol em tempo integral, aceitei imediatamente. Eu tinha 26 anos e já estava casada com o Jair há três. Tinha certeza de que minha carreira iria decolar. De cara, me tornei professora de 11 turmas. Dava aulas de manhã, à tarde e à noite todos os dias, e às sextas-feiras, ia para a escola aprender inglês. Mas essa rotina durou apenas um mês.

SAIBA MAIS

Jair e eu marcamos uma viagem de final de semana. Como em outras sextas-feiras, ele me daria carona até a escola para a aula de inglês. De lá, sairíamos para encontrar uns amigos e seguir viagem. Por isso, nossa moto estava abarrotada de mochilas e ele dirigia devagar. Perto das 5h da tarde do dia 25 de agosto de 2006, saímos da nossa casa e pegamos a estrada para percorrer os conhecidos 20 e poucos quilômetros que separam Farroupilha, onde morávamos, de Bento Gonçalves, onde eu trabalhava e estudava. O dia estava lindo. Logo à nossa frente, dois carros esperavam, um ao lado do outro, para cruzar a estrada por onde seguíamos. O primeiro arrancou para atravessar a via, mas nos viu e parou a tempo. O motorista do segundo carro fez quase o mesmo. Só que ele não nos viu. E não parou.

O ACIDENTE

Fui arremessada e, como um mergulhador que bate a cabeça no fundo do lago, bati com força no asfalto. Meu capacete resistiu, mas sabia que algo sério tinha acontecido. Não senti nada. Pior: percebia que não sentia nada. Do pescoço para baixo, meu corpo parecia estar preso num sono profundo. Não perdi a consciência. Tive medo. Vi o socorro chegar. Vi o hospital. Vi os médicos e senti, por fim, que estava salva. Mas não senti quando uma agulha alfinetou os meus pés. Nem as minhas pernas. Nem a minha barriga. Nem os meus braços. O diagnóstico era conclusivo: fiquei tetraplégica.

 De tão ciente da gravidade do meu estado, meu único alívio era não correr o risco de morrer, que eu corria sem saber. Uma cirurgia deveria implantar réplicas de titânio nas três vértebras que a tragédia tirou de mim. Fui submetida à primeira operação dois dias após o acidente. E a segunda ficou para a semana seguinte, a mesma em que meu pai foi diagnosticado com câncer.

Não era fácil admitir que eu não podia mexer um só dedo. Não era fácil ter alguém escovando meus dentes, me dando comida na boca. Mas nunca me entreguei. Durante os dias em que fiquei entubada, não conseguia falar, mas ria. Ria porque sabia que a minha vontade de viver era tão importante para a minha recuperação quanto a medicina que me salvou do acidente. Foram 45 dias de hospitalização: 30 na UTI e 15 no quarto. Nos primeiros dias do pós-operatório, tive uma surpresa maravilhosa.O inchaço do trauma e das cirurgias começou a diminuir, e eu recuperei parte do movimento dos meus braços. Até hoje, a minha mobilidade é a mesma. Sensibilidade total, só dos ombros para cima. Consigo segurar uma xícara, mas não mexo as mãos, que ficam o tempo todo quase fechadas.

SAIBA MAIS

Enquanto estava sob tratamento intensivo, tive três pneumonias. Essa inflamação respiratória e a lesão na medula deixaram parte de um dos meus pulmões seriamente debilitada. De acordo com os médicos, essa porção quase morta teria de ser retirada cirurgicamente. De novo, não me entreguei. Com ajuda de fisioterapia, fiz meus pulmões renascerem, voltarem ao normal sem cirurgia.

A UTI se transformou na minha residência naquele mês de internação, entre agosto e setembro de 2006. Tanto que chorei com as enfermeiras quando recebi alta para o quarto. Depois dos últimos 15 dias no hospital, iria finalmente voltar para a minha casa. Mas não estava pronta para voltar para o meu quarto. Havia escadas entre nós. Até que pudéssemos adaptar os ambientes, o que consegui fazer graças a uma herança deixada por meu avô, voltei a morar com os meus pais. Infelizmente, o que me esperava lá estava longe de ser um alívio. Debilitado por causa do tratamento contra o câncer, meu pai, assim como eu, estava preso a uma cadeira de rodas. Dependíamos da minha mãe e do meu marido para tudo e nenhum de nós sabia como lidar com a situação. Era muito difícil, mas tentávamos deixar tudo mais leve, ríamos juntos da nossa tragédia.

Quatro meses depois do acidente, fui pela primeira vez a Brasília, onde comecei um tratamento na Rede Sarah, que oferece reabilitação totalmente gratuita. Lá, com instrumentos adaptados às minhas mãos, reaprendi a escovar os dentes, a pentear meu cabelo, a comer sozinha. Nunca tinha segurado um pincel, mas até a pintar, eu aprendi. Com um apoio enorme do Jair – que do acidente só ganhou um corte no joelho –, da minha família, da dele e da equipe do hospital, fui encaixando a minha vida nos eixos da minha cadeira de rodas. Seis semanas depois, voltei para a minha casa. Só não digo que voltei a ser a Débora de sempre porque, no fundo, nunca deixei de ser quem eu era.

SAIBA MAIS

Claro que não é possível ter uma mudança de vida como a minha sem sentir por tudo que não se pode mais fazer. Eu amava dançar. Até que fui a uma festa de casamento e vi todo mundo feliz, dançando, e fiquei arrasada. Mas lembrei do que uma psicóloga do Sarah me disse. Ela me fez prometer que, na primeira vez que sentisse vontade de dançar, eu dançaria. Olhei para a pista e pensei: “Quer saber? Vou lá!”. Foi a minha libertação. Dancei como pude, sentada, mas dancei. E nunca mais deixei de me divertir só porque tinha que dançar sobre a cadeira. Seis meses depois daquela sexta-feira, eu estava de volta às aulas ensinando espanhol. Foi nessa época que perdi meu pai.

No fim das contas, o meu acidente e a doença dele nos colocaram de volta na mesma casa, e ganhamos de presente a convivência diária nos últimos meses da vida dele.
Fui professora por mais um ano e meio e, durante esse período, resolvi fazer faculdade. Prestei vestibular em duas universidades. Passei em ambas e optei pela que oferecia ensino à distância. Com as adaptações desenvolvidas em Brasília, consegui usar o computador, o que tornou possível conquistar o meu diploma em Letras. Mas dar aulas já não me realizava mais. Não conseguia escrever no quadro com a mesma agilidade nem solucionar as dúvidas dos alunos como fazia antes, e isso me frustrava. A ideia não era voltar a trabalhar só para me sentir útil. Meu plano era ser feliz. E fazer o meu marido feliz também.

Jair e eu fomos um casal desde muito cedo, passamos uma vida juntos, aprendendo juntos. A questão sexual sempre me preocupou. Nós tivemos que nos conhecer de novo, começar do zero. No Sarah, existe um programa de reeducação sexual. A troca de experiências é muito importante. Na minha primeira reunião, uma das meninas comentou que a vida sexual dela tinha melhorado muito depois da lesão medular. E eu que, seis meses depois do acidente, ainda não tinha transado, era só ouvidos.

Em seguida, resolvi testar a teoria. A primeira vez foi complicada, porque nenhum de nós sabia exatamente o que fazer. Eu não sabia o que ia sentir e tinha medo de não sentir nada, de ficar inerte. Mas foi maravilhoso. Vi que era possível sentir prazer e fazer o meu marido feliz. Nós só precisaríamos de calma para descobrir exatamente como. A comparação entre as sensações de antes e depois é inevitável, mas é parte de um processo de aprendizagem, como em qualquer relacionamento. Hoje, nós dois sabemos que, por mais incrível que pareça, um dos lugares onde eu mais tenho sensibilidade é justamente na nuca, no local da minha lesão.

As pessoas acham que cadeirantes não têm vida sexual e esquecem que eu, por exemplo, tenho um casamento de nove anos. O Jair me surpreende todos os dias. Seria um horror se ele me abandonasse, mas nunca deixei de falar sobre as nossas dificuldades por medo de correr esse risco. Jamais admitiria que ele continuasse comigo por pena. Cheguei a ter medo que ele se sentisse culpado pelo acidente, mas isso não aconteceu. Não temos sequelas psicológicas, pois não tínhamos como evitar o acidente. Quero que ele esteja do meu lado sempre. Existem algumas dificuldades, mas existem outras graças. Garanto que poucas pessoas sabem como é fazer sexo numa cadeira de rodas. É só ter criatividade. Chegaram a perguntar se a minha gravidez foi resultado de inseminação artificial. Lógico que não. Fazer a Manu foi uma delícia!

SAIBA MAIS


Preparei-me psicologicamente durante dois anos para a gravidez. Para uma mãe, saber que não poderá atender todas as necessidades de um filho dói muito. Voltei ao Sarah para buscar orientação e, como acompanhamento de uma médica especialista em gravidez de alto risco, começamos as tentativas para ter um bebê em dezembro de 2010.

Em abril, quando já estávamos acostumados comas negativas, alguns amigos nos convidaram para fazer uma viagem a Las Vegas dali a algum tempo. Achamos uma boa ideia. Mas a minha menstruação atrasou. Fiz os cálculos e, caso estivesse grávida, iria para Las Vegas com uma barriga de cinco meses. Preferi esperar para ter certeza da gravidez antes de comprar as passagens. Pedi para o Jair comprar um teste de gravidez. Deu positivo. Quando contamos aos amigos que não viajaríamos, foi uma festa. Todos sabiam o motivo. Nunca um cancelamento foi tão comemorado como aquele. Recebi o diploma universitário exibindo a minha barriga.

A gravidez foi muito tranquila. Normalmente, as gestantes como eu fazem cesariana com anestesia geral. Eu, que passei pelo horror do meu acidente sem perder um segundo de consciência, não admitiria dormir no nascimento da minha filha. Os médicos pesquisaram e concluíram que eu poderia tê-la de parto normal. Mas as dores preocupavam. Não é porque não sinto dor que ela deixa de existir – o fenômeno chama-se disreflexia. Quando tenho uma dor de estômago, não sinto o incômodo localizado, mas posso ter calafrios ou dor de cabeça, por exemplo. É esse tipo de sensação que me avisa quando algo não está bem no meu corpo. Por isso, mesmo não tendo sensibilidade, o parto da Manu foi com analgesia. As contrações vieram em forma de arrepios. Deve ter sido o parto mais tranquilo de todos os tempos. A sala estava à meia luz, uma música clássica tocava baixinho. O engraçado é que era eu quem dizia para a enfermeira: “Força, Karen, força!”, porque quem fazia o esforço todo era ela, empurrando a minha barriga a cada contração. Todo mundo chorou quando a Manuela nasceu, no dia 10 de janeiro de 2012. Foi lindo.

Com a Manu, desde sempre, foi incrível. No início, vivi momentos de pavor. Não conseguia acalmar a minha própria filha. Toda mãe sente insegurança, mas acho que senti mais. Isso porque tinha que delegar a outras pessoas muitos cuidados. Mas sabia que seria assim. Amamentei tranquilamente, mas precisava de alguém do meu lado o tempo todo. Chorei, tive medo e não posso negar que, às vezes, fico triste pelo que não posso fazer por ela. Mas todo o resto que consigo fazer é tão bom e tão maior... Todos os dias descubro formas de estar mais perto da minha filha. Não troco fraldas, não consigo dar banho. As minhas mãos nesses momentos são as do Jair ou as da Vera, a babá, mas estou sempre ao lado. Consigo dar mamadeira, brinco com ela.

A Manu se acostumou a brincar comigo sem estar no meu colo. Coloco-a sobre a mesa e beijo, abraço, aperto. A Manu já bate palmas com as mãozinhas fechadas, como as minhas, que não consigo mais abrir. Parece que ela sabe. Se o Jair chega perto dela, estica os braços e pede colo, pede para sair do berço.

Comigo, não. Ela pode até reclamar que cansou da brincadeira, mas não me pede o que não posso dar. E fica louca com a minha cadeira! É lindo ver que a Manu escuta, reconhece o barulho do motor da cadeira e sabe quando estou chegando. Sei que o que ficou do acidente é para o resto da minha vida. E também que, independentemente de quem seja, sempre vou precisar de alguém ao meu lado.


No meio da noite, se estiver em uma posição desconfortável, vou precisar acordar o Jair e pedir: “Amor, me vira?”. E ele vai estar ali para me virar. Sempre fomos muito unidos, mas hoje nossa ligação aumentou. Quando a Manu crescer mais um pouco, vou fazer uma pós-graduação e voltar a trabalhar. Mas, agora, o que eu mais quero é ver a minha filha caminhando para mim, correndo em direção à minha cadeira, subindo nela e dançando com a gente.”

Fonte,Marie Claire-RS

Relatório do Unicef aponta exclusão da criança com deficiência

Brasília – Crianças com deficiência têm menos oportunidades e menos acesso a recursos e serviços que as demais crianças, aponta o relatório “Situação Mundial da Infância 2013 – Crianças com Deficiência”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A exclusão não está restrita a um setor específico, mas fere direitos básicos, como o acesso a educação e à saúde.

“Para um número imenso de crianças com deficiência, a oportunidade de participar simplesmente não existe. Com enorme frequência, crianças com deficiência estão entre as últimas a receber recursos e serviços, principalmente nos locais onde tais recursos e serviços já são escassos. Com enorme constância, são objeto simplesmente de pena ou, ainda pior, de discriminação e abusos”, aponta o texto do relatório escrito pelo diretor executivo do Unicef, Anthony Lake.

A exclusão das crianças leva à invisibilidade. “São poucos os países que dispõem de informações confiáveis sobre quantos de seus cidadãos são crianças com deficiência, quais são suas deficiências ou de que forma essas deficiências afetam sua vida”, diz o relatório. Essa invisibilidade impede que políticas públicas adequadas sejam desenvolvidas.

O Unicef utiliza a estimativa de que 93 milhões de crianças no mundo, ou uma em cada 20 crianças com 14 anos de idade ou menos, vivem com algum tipo de deficiência moderada ou grave (O Unicef utiliza o número com a ressalta de que a definição de deficiência varia de país para país). No Brasil, 29 milhões de crianças até os 9 anos de idade declaram ter algum tipo de deficiência, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

No país, entre os atendidos pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) – que garante um salário mínimo mensal a idosos a partir de 65 anos e a pessoas com deficiência de qualquer idade com renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo – pouco mais da metade em idade escolar está na escola. Do total de 409.202 beneficiários com deficiência até 18 anos em 2010, 216.890 (53%) estavam na escola. O número significa um progresso, pois em 2008, o percentual era de apenas 29%.

“A inclusão ainda é um grande desafio no Brasil, que enfrenta a falta de programas, de tratamento especializado e políticas públicas para o setor. Existem instituições que visam pura e simplesmente o acolhimento das crianças com deficiência, mas existem poucas instituições e serviços que trabalhem para a inclusão e desenvolvimento da autonomia dessas crianças”, comenta o advogado e membro do Movimento Nacional de Direitos Humanos e conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Ariel de Castro Alves.

A exclusão ainda é maior entre os de baixa renda. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que constam no relatório, mostram que em países de baixa renda apenas entre 5% e 15% das pessoas que necessitam de tecnologia assistiva conseguem obtê-la. Nesses países, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), os custos econômicos da deficiência variam entre 3% e 5% do Produto Interno Bruto (PIB). “De maneira geral, famílias com membros com deficiência têm renda mais baixa e correm maior risco de estar abaixo da linha da pobreza do que outras famílias”, diz o texto.

Fonte: EBC

terça-feira, 23 de julho de 2013

Empregada com deficiência será indenizada

Justiça para empregada com deficiência.Uma empregada portadora de deficiência buscou a Justiça do Trabalho alegando ter sido discriminada e ofendida em sua dignidade, honra e imagem. Segundo afirmou, sua contratação foi fraudulenta e visou a simular o cumprimento do disposto no artigo 93 da Lei 8.213/91. Contratada para prestar serviços uma vez por semana com jornada de 04 horas, ela ficou à disposição nos demais dias, apesar de sua plena capacidade para exercer as atividades inerentes à função contratada, nas mesmas condições que os demais empregados.

A juíza Maria Irene Silva de Castro Coelho, em sua atuação na 2ª Vara de Belo Horizonte, deu razão à reclamante. Segundo observou a magistrada, o contrato de trabalho firmado entre as partes dispunha que a trabalhadora exerceria a função de orientadora de pausa, percebendo o salário mensal de R$84,16, proporcional à duração semanal do trabalho de 04 horas. Lembrou a magistrada que o artigo 93 da Lei nº 8.213/91 dispõe que a empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas. Ela explicou os objetivos da lei:

“A norma, ao impor às empresas a contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais e reabilitados, visa à satisfação do disposto no inciso XXXI do art. 7º da CF/88, que proíbe qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. Além disso, a imposição legal, ao incentivar a inserção no mercado de trabalho desse grupo de pessoas excluídas, objetiva, ainda, assegurar o direito à isonomia (art. 5º, caput, CR/88) e aos princípios fundamentais da dignidade da pessoa humana e dos valores sociais do trabalho (art. 1º, III e IV, CR/88), além de buscar o cumprimento do disposto no art. 170, caput, da CR/88, segundo o qual, a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (. . .)”

No caso, ela verificou que a empresa descumpriu as disposições legais e constitucionais de proteção às pessoas portadoras de deficiência, uma vez que as condições de trabalho impostas à trabalhadora, como a prestação de serviços por apenas 04 horas semanais, destoam daquelas dos demais empregados com jornada de 6h e 8h diárias, conforme se pode verificar nos Acordos Coletivos de Trabalho celebrados entre a empregadora e o SINTTEL/MG. A juíza salientou que, nos autos da ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho em face da empresa demandada, processo nº 00611-2007-021-03-00-7, foi rechaçada a conduta de admissão dos portadores de deficiências para trabalhar apenas 4 horas semanais, com o único objetivo de atender à determinação constante do artigo 93 da Lei 8.213/91.

A juíza transcreveu trechos desse processo no qual se revelou, mediante fiscalização, que a empresa agia em franco desrespeito à ordem jurídica, já que admitia os portadores de deficiências como trainee, para laborar 4 horas semanais, mediante salário de R$73,50. Inclusive eles recebiam ordens para ficar em casa aguardando a convocação, procedimento destituído de qualquer amparo legal. Assim, além de deixar de observar preceito de ordem pública (artigo 93 da Lei 8213/91) e os valores constitucionais, a empresa ainda praticou fraude: a contratação irregular de pessoas portadoras de deficiências, com o intuito de levar a erro o Ministério Público, no momento da fiscalização, fatos esses que ensejaram a condenação da empresa por danos morais coletivos.

Nesse cenário, e considerando que as lesões praticadas pela empregadora aos direitos da empregada portadora de deficiência implicaram violação aos princípios constitucionalmente assegurados, como o da cidadania, da dignidade da pessoa humana e do valor social do trabalho, além da proibição de discriminação do trabalhador com deficiência (art. 1º, incisos II, III e IV, art. 5º, caput, inciso XLI, art. 7º, XXXI, e art. 170, caput e inciso VIII, CR/88), a juíza concluiu comprovado o dano moral sofrido pela trabalhadora, pela forma diferenciada dos demais como ela foi contratada.

A empresa foi condenada a pagar indenização por danos morais, arbitrados em R$10.000,00. Mas não foi só. A julgadora também entendeu que a conduta ilícita da empresa impediu a empregada de receber a remuneração correspondente aos pisos salariais previstos em norma coletiva. Por isso, deferiu o pedido de pagamento de indenização por danos materiais correspondente às diferenças salariais que a reclamante deixou de receber, por todo o contrato de trabalho, considerando o piso salarial para jornada de 6h diárias descrito nos instrumentos coletivos da empregadora. E, diante das irregularidades constatadas, a juíza também determinou a expedição de ofício ao MPT, para as providencias cabíveis.


* Artigo 93 da Lei 8.213/91:
Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
I – até 200 empregados……………………………………………………………………………….2%;

II – de 201 a 500…………………………………………………………………………………………3%;

III – de 501 a 1.000……………………………………………………………………………………..4%;

IV – de 1.001 em diante. ……………………………………………………………………………..5%.

§ 1º A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.

§ 2º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados.

Par ler a Lei 8.213/91 na íntegra clique aquiSite externo..

Fonte: TRT/3a. Região

Disponível em:  http://as1.trt3.jus.br/noticiasSite externo.. externo..

Fonte,Blog BH legal.com

North Shopping instala elevadores.Reivindicação desde fevereiro de 2012

Na tarde desta segunda (22-07),Eu e Paula Gleicy(Militante no segmento), estivemos no North Shopping Caruaru.
Fomos convidados pelo senhor,Antônio Madeira-Gerente.

Em 09-02-2012,o North Shopping fez uma reforma e transferiu a casa lotérica para o sub-solo, instalado 2 escadas rolantes, excluindo  O CADEIRANTE E PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA

Fizemos um ofício em nome da ADCC-Associação Dos Cadeirantes de Caruaru, na qual estou como presidente. E deixamos ciente o COMUD-Conselho Municipal de defesa de direitos da pessoa com deficiência-Estou como conselheiro e secretário. Em reunião ordinária solicitei ao presidente do COMUD,Sandro Severino que também reforçasse com outra correspondência, foi colocado em sufrágio para todos os conselheiros e aprovado em seguida. No dia seguinte foi enviado para a direção do NORTH SHOPPING.

Depois de alguns dias fomos convidados para uma reunião com o Senhor,Lamartine Silva(Gente boa),representando o senhor Antônio Madeira(Também gente boa). Nesta reunião foi nos passado que a empresa que “instalou” os elevadores tinha atrasado as obras e a questão estava na justiça. Solicitamos o número do processo para ficarmos mais esclarecidos.    

 Foi quando recebi a notícia do presidente, Sandro Severino e em seguida o convite do Madeira-Gerente. Para testarmos OS ELEVADORES, faltando o alarme e as sinalizações nos corredores.Breve será a inauguração, não obstante quem precisar pode usar.   



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Curso de libras abre inscrições em Caruaru

Está aberto o período de inscrições para o 7º Curso Básico de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, promovido pela Secretaria da Criança, do Adolescente e de Políticas Sociais de Caruaru, no Agreste. A formação tem duração de quatro meses com aulas uma vez por semana, a partir do dia 12 do próximo mês.

Tanto as inscrições como as aulas ocorrerão no Centro de Atendimento às Pessoas com Deficiência, o Capd, localizado na Rua Deolindo Tavares nº 91, no bairro Maurício de Nassau.

Podem participar da capacitação, servidores que lidam diretamente com o público, professores da rede regular e das salas de atendimento da rede pública municipal, familiares dos surdos ou pessoas de convívio, arte-educadores e recepcionistas dos hospitais públicos, enfermeiras, agentes comunitários, instituições especializadas, estudantes do magistério, agentes de trânsito, guardas municipais, arte-educadores do trânsito e profissionais do Sistema Único de Assistência Social, o Suas.


Os interessados devem levar xerox do RG, CPF, comprovante de residência e foto 3x4. Para os servidores, ainda é exigido o contracheques e declarações que comprovem vínculo público. Já os familiares da pessoa surda devem apresentar exame audimétrico.

Fonte,NE 10

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Aluno com paralisia cerebral é finalista na Olimpíada de Matemática

Arthur Dantas, de 11 anos, é aluno de escola inclusiva em Itanhaém, SP.
Garoto fez pedido inusitado para a disputa: um prato de panquecas.

Um estudante da cidade de Itanhaém, no litoral de São Paulo, virou exemplo de superação perante os colegas de classe. Aluno do 6º ano de uma escola municipal, Arthur Gabriel dos Santos Dantas, de 11 anos, tem paralisia cerebral e vai representar a escola na última etapa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), que será realizada em setembro.

O garoto não se comunica pela fala e tem dificuldade de locomoção, porém, a capacidade intelectual é muito desenvolvida. Na escola inclusiva, ele conta com o auxílio de uma estagiária e se comunica digitando mensagens pelo computador.  Ele é o primeiro estudante de Itanhaém com paralisia cerebral a disputar a final da Olimpíada.

Para a mãe do garoto, Valéria dos Santos Silva, a novidade foi recebida com muito orgulho pelos familiares. “Fiquei muito feliz. Poucos passaram e ele é o único deficiente da cidade. Estou muito orgulhosa. A família toda está apoiando e tem uma torcida boa. Ele também está muito feliz, fica do meu lado dando risada”, comemora a mãe do garoto.

Ela conta que ele sempre foi bom aluno, gosta de estudar e sua disciplina favorita é a matemática. E que até já decidiu o que quer ser quando crescer. “Na primeira série dele começamos a perceber que ele iria longe. Ele é apaixonado por astronomia, adora estudar planetas e estrelas. O sonho dele é ser astrônomo. No que depender de mim, ele vai realizar este sonho”, conta.

Arthur é um aluno muito disciplinado. A mãe conta que ele estuda, faz natação e é fanático pelo Corinthians e que não perde um jogo. Mas, quando precisa faltar na aula para ir ao médico, o garoto fica chateado. “A paralisia cerebral foi adquirida depois do nascimento e, por isso, a capacidade intelectual dele é muito boa. Ele não gosta de faltar, é muito disciplinado e querido por todos na escola”, afirma Valéria.


A prova da Olimpíada de Matemática será realizada no dia 14 de setembro e Arthur já conta com a torcida da família, dos professores e dos colegas de classe. “Estamos todos ansiosos e na torcida. Ele conta com o apoio de toda a família e da escola também. No dia da prova, a estagiária vai acompanhá-lo, mas ele me pediu algo inusitado para levar na hora da prova, que é o seu prato predileto: panquecas”, brinca a mãe de Arthur.
Anna Gabriela RibeiroDo G1 Santos

Tradução