O fisico Stephen Hawking diz que as chances da Inglaterra
não são boas e aposta no Brasil campeão (Foto: AP/BBC)
O físico Stephen Hawking criou uma fórmula para o pênalti
perfeito depois de analisar todas as disputas em Copa do Mundo desde que a
penalidade máxima foi introduzida no torneio, em 1978.
O primeiro ponto para que um jogador marque um gol de
pênalti é ganhar velocidade. "Por isso, corra mais de três passos",
escreve Hawking no blog do site de apostas PaddyPower.
De acordo com os cálculos do famoso cientista da
Universidade de Cambridge, o jogador tem 87% de chance de marcar um gol quando
corre mais do que três passos. A probabilidade cai para 58% se a corrida for
mais curta do que isso.
"Mas a velocidade não significa nada sem um bom
posicionamento dos pés", alerta Hawking.
Ele recomenda o uso da lateral, em vez do peito do pé, ao
chutar a bola. Isso aumenta em 10% as chances de se marcar um gol.
Hawking também determinou os lugares do gol onde a bola
tem mais chances de entrar. "As estatísticas confirmam o óbvio. Chute no
canto superior esquerdo ou direito", afima.
Os pênaltis batidos nestas áreas são convertidos em gol
em 84% das vezes.
O cientista diz não ter evidências de que ser canhoto ou
destro influencie nas chances de gol.
Hawking ainda dá uma dica para os goleiros.
"Distraia o jogador que baterá o pênalti pulando de um lado para o
outro", diz.
Quando isso é feito, o goleiro tem 18% mais chances de
agarrar o chute.
Má notícia para os ingleses
A fórmula foi divulgada pelo cientista junto com uma
análise das chances de a seleção da Inglaterra ganhar a Copa.
Hawking analisou os dados das participações do time
inglês no Mundial desde sua vitória, em 1966.
E as conclusões a que ele chegou não são animadoras
porque a situação é mais favorável quando a partida ocorre em clima temperado.
Um aumento de 5°C reduz em 59% as chances de a seleção
inglesa ganhar um jogo.
A probabilidade de vitória aumenta 22% quando a viagem
até o país-sede é curta, já que as diferenças culturais e o jetlag afetam
negativamente o desempenho dos jogadores.
As chances crescem 33% se o jogo começa depois das 15h e
dobram se ocorre a menos de 500 metros acima do nível do mar.
"Analisando apenas os fatores ambientais, o jogo em
Belo Horizonte contra a Costa Rica é o melhor de uma série de partidas ruins,
com a disputa com a Itália em Manaus sendo a mais difícil delas", diz
Hawking.
"A alta temperatura e o início tardio estão bem
longe das condições ideais."
Também é melhor para a Inglaterra quando o juiz é
europeu. Sua seleção ganhou 68% das partidas com árbitros do continente, em
comparação com 38% de vitórias com um juiz não-europeu.
"Árbitros europeus simpatizam mais com o jogo inglês
e menos com bailarinas como (o jogador uruguaio) Suárez."
Brasil campeão?
O físico termina sua análise fazendo uma aposta em quem
ganhará a Copa. "Colocaria meu dinheiro no Brasil", afirma.
Ele diz isso com base nas estatísticas, que mostram que
30% das edições foram vencidas pelo país sede, mas não só.
"Como sabemos pelo estudo, estar perto de casa tem
um impacto positivo significativo graças a fatores ambientais e
psicológicos", diz.
"O time do Brasil não parece ser tanto como o dos
velhos tempos, mas tenho certeza que eles têm qualidade o suficiente para
levantar a taça uma sexta vez."
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