Um homem de cadeira de rodas não pôde exercer o direito a
voto, na manhã deste domingo (5), na Escola Estadual Reynaldo Kuntz Busch, no
bairro Jardim Guilhermina, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O
trabalhador industrial Jarbas Veras Ferreira, de 58 anos, compareceu ao local,
acompanhado da esposa, mas somente ela pôde votar. Jarbas teve que aguardar
pela companheira sem poder ir às urnas.
Segundo Ferreira, mesmo com o problema em sua locomoção,
causado por dois tiros recebidos no tórax e que atingiram a medula, durante um
assalto, a sua vontade era de expressar o seu desejo como cidadão. "Vim
para votar, mas não vou poder. Infelizmente essa escola não tem rampa de
acessibilidade para cadeirante. O meu problema não é definitivo, mas dessa vez
vai me impedir de votar. Fui orientado a justificar no cartório
eleitoral", diz Jarbas.
O supervisor de juízo do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE-SP), Sidnei Dalla Marta Fernandes, destaca que existem colégios adaptados
para esse tipo de condição, mas não é esse o caso do Reynaldo Kuntz Busch.
"A parte de acessibilidade compete ao colégio, não ao TRE-SP. Esse senhor
teve um problema, causado por essa deficiência temporária. Em Praia Grande,
alguns colégios têm essa condição adequada. No caso desse senhor, ele agora
terá que justificar o voto em até 60 dias", explica.
No local existe a expectativa de que 4.800 pessoas votem,
até às 17h. Não foram registrados problemas com boca-de-urna e nenhuma urna
eletrônica apresentou problemas.
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