Seis meses depois, ele foi capaz de tentar dar seus
primeiros passos com a ajuda de barras paralelas, usando muletas e com o apoio
de um fisioterapeuta. Dois anos após o tratamento, ele agora pode andar fora do
centro de reabilitação utilizando um andador.
O neurocirurgião Pawel Tabakow, consultor no Hospital
Universitário de Wroclaw, que liderou a equipe de pesquisa polonesa, disse:
"É incrível ver como a regeneração da medula espinhal, algo que era
considerado impossível por muitos anos, está se tornando uma realidade".
Fidyka ainda se cansa rapidamente ao caminhar, mas disse:
"Eu acho que é realista que um dia irei me tornar independente".
"O que eu aprendi é que você nunca deve desistir,
mas continuar lutando, porque alguma porta se abrirá na vida".
Um fator determinante para o sucesso do procedimento em
Fidyka foi que os cientistas puderam usar céulas do bulbo olfatório do
paciente. Isso significa que não havia perigo de rejeição, por isso não houve a
necessidade de medicamentos imunossupressores usados em transplantes
convencionais.
A maior parte da reparação de medula espinhal de Fidyka
ocorreu no lado esquerdo, onde havia uma lacuna de 8mm. Desde então, ele
recuperou massa muscular e movimento principalmente nesse lado.
Os cientistas acreditam que esta é uma evidência de que a
recuperação se deve à regeneração, já que sinais do cérebro que controlam os
músculos da perna esquerda viajam para baixo pelo lado esquerdo da medula
espinhal.
Exames mostraram que a lacuna na medula espinhal
fechou-se após o tratamento.
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