quinta-feira, 31 de julho de 2014

Participe da Consulta Pública sobre violência contra a pessoa com deficiência


Diariamente, pessoas com deficiência sofrem com diversos tipos de violência - podendo ser física, psicológica ou institucional. Você já sofreu ou presenciou algo do tipo?

 Participe da #CONSULTA P´BLICA da sobre violência contra a pessoa com deficiência: http://bit.ly/UNLpZJ

Fonte-PNUD BRASIL 


Perfil social das pessoas com deficiência no Brasil


O site: “Perfil Social das Pessoas com deficiência no Brasil” foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o acesso aos dados do último Censo Demográfico que se referem às pessoas com deficiência e/ou limitação funcional. Particularmente, destacam-se as informações de caráter regional, no agregado dos Estados e em cada um dos municípios, uma vez que estas são relativamente pouco conhecidas e exploradas tanto pelo Poder Público como entidades privadas.

Além do perfil social das pessoas com deficiência, com a apresentação de variáveis que tratam do sexo, cor, escolaridade e tipo de deficiência, o site disponibiliza a metodologia desenvolvida pelo prof. Waldir Quadros do Instituto de Economia da Unicamp e da Facamp. Ela permite que a população com deficiência seja estratificada socialmente em cincos camadas: alta classe média, média classe média, baixa classe média, massa trabalhadora (pobre) e extremamente pobres. Os dados podem ser comparados com aqueles observados para as pessoas sem deficiência declarada, identificando assim eventuais distorções e características marcantes no perfil social das pessoas com deficiência.

Em síntese, busca-se ampliar e difundir o conhecimento sobre a realidade social deste contingente populacional, principalmente nos municípios brasileiros. Vale ressaltar que esta ferramenta ainda está em processo de aprimoramento, de maneira que são muito bem vindas observações, dúvidas, comentários e críticas. Além deste aperfeiçoamento, ao longo do tempo serão incorporadas novas variáveis e dimensões de análise, enriquecendo assim o site.

Para acessá-lo, basta clicar no link abaixo:


Deficientes visuais aprendem a se maquiar com queridinho das estrelas

Maquiagem é um assunto que as mulheres amam, mas fazer um belo make nem sempre é uma tarefa fácil. Imagina para aquelas que têm algum tipo de deficiência? Fica ainda mais complicado! Mas não impossível, ainda mais com uma mãozinha de um dos maquiadores mais renomados do Brasil.

Marcos Costa, conhecido por maquiar grandes estrelas como Gisele Bündchen e Camila Pitanga, desenvolveu um trabalho especial com deficientes visuais que querem aprender a fazer seu próprio make. No palco do Encontro, o maquiador contou o motivo que o levou a desenvolver este trabalho: “Eu estava me sentindo muito acomodado. Estava escutando uma rádio e tinha uma matéria sobre as dificuldades dos cegos nas cidades. Aquilo me chamou a atenção e eu decidi fazer esse curso. Tinha uma vizinha cega e fizemos uma aula informal, depois com mais um grupo de amigas e foi tudo muito intuitivamente”.


A Lúcia Helena é uma das alunas do Marcos. Ela tem menos de 10% da visão e sofre de uma doença degenerativa da retina. Lúcia decidiu procurar as aulas do Marcos para apender a ficar ainda mais bonita por conta própria. “Independentemente de enxergar ou não, as mulheres têm sua vaidade. Antes, eu tinha medo de errar, usava uma máscara de cílios e outras poucas coisas. Muitas vezes tive que voltar para o banheiro, lavar o rosto e começar tudo de novo, como acontece com muitas mulheres. Hoje, com as técnicas que aprendi e com a prática, acerto muito mais do que erro", disse ela, que ainda acha a sombra um dos momentos mais difíceis da maquiagem.

 
E também teve demonstração no palco! Quem topou o desafio de aprender a se maquiar foi Nathalia Rodrigues, estudante de jornalismo que faz parte do elenco do Esquenta. Ela é cega e recebeu algumas dicas preciosas do Marcos. “Eu sou muito vaidosa e muito independente, mas sempre preciso de alguém para me maquiar. Sozinha eu só passo lápis e batom. Quero aprender porque agora pretendo ser repórter, e repórter nem sempre tem maquiador”, contou ela.

Fique ligado em algumas dicas importantes:
- Troque os pincéis pelos dedos, assim fica mais fácil de aplicar a base e o corretivo.
- Na hora de passar o pó, o maquiador aconselha substituir o pincel pelo algodão.

Estudos mostram que Lei de Cotas não é cumprida


O Brasil ainda está longe de cumprir a Lei de Cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Curitiba, 25/07/2014 -
Foto: Jaelson Lucas

O Brasil ainda está longe de cumprir a Lei de Cotas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Estima-se que, se a lei fosse integralmente cumprida, haveria cerca de 1,2 milhão de vagas para pessoas nessas condições no País. No entanto, há apenas pouco mais de 330 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas - um número muito pequeno também diante do total de 20,2 milhões de pessoas com deficiência em idade economicamente ativa no País. Os dados foram divulgados durante o Seminário Novas Perspectivas de Inclusão no Mundo do Trabalho, encerrado nesta sexta-feira (25) no Salão de Atos do Parque Barigui.

"Isso significa que apenas uma de quatro vagas obrigatórias é preenchida", afirma Carlos Clemente, que há 13 anos trabalha com o tema e é vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. Segundo ele, o índice de cumprimento da Lei de Cotas no Brasil é de apenas 26%, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Clemente veio a Curitiba para apresentar a experiência positiva do setor metalúrgico de Osasco na contratação de pessoas com deficiência.

O seminário foi promovido pela Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Fundação de Ação Social (FAS), a Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego (SMTE) e com o Instituto Municipal de Administração Pública (Imap).

Curitiba

A mesma situação se verifica em Curitiba. De acordo com dados da Rais 2012, em um universo de 923 empresas com 100 funcionários ou mais obrigadas a cumprir a Lei de Cotas, 343 não possuem nenhum funcionário nessa condição. As outras 580 empresas cumprem a exigência legal, mas não há informações sobre se cumprem integralmente. "Em Curitiba há apenas 7 mil pessoas com deficiência formalmente contratadas. Esse é um número muito baixo em um universo de 900 mil trabalhadores com carteira assinada no município", enfatiza a diretora de Relações do Trabalho da Secretaria do Trabalho e Emprego, Lenina Formaggi.

Outro estudo, realizado pelo Observatório do Trabalho de Curitiba e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), mostra que do estoque de aproximadamente 330 mil vagas para pessoas com deficiência no Brasil, 63.196 estavam no Sul, de acordo com os mesmos dados da RAIS de 2012.

Conforme o estudo, nesse mesmo ano, o Paraná tinha um estoque de 20.729 empregos para esse público. Desse total, 7 mil dos trabalhadores registrados se localizavam na capital. O estudo afirma que no período de 2010 a 2012, a menor taxa de variação média para o estoque de empregos para esse setor (2,5%),  foi registrada no Paraná, e a maior registrada no Sul, que representava 5,8%.

Apesar dos baixos índices de empregabilidade de pessoas com deficiência em todo o País, o estudo do Observatório do Trabalho de Curitiba registra aumento percentual na participação de pessoas no mercado de trabalho entre 2010 e 2012. Considerada apenas a População em Idade Ativa (PIA), população com 10 anos ou mais, observa-se que em 2010, em Curitiba, havia uma "participação de 22,6% de pessoas com deficiência no mercado"; em 2000, o índice era de 13,6%.

Os índices também melhoraram em relação à População Economicamente Ativa (PEA). Segundo o estudo, a população que estava ocupada ou desocupada na semana de referência era composta em 2010 por 19% de pessoas com deficiência. Este indicador revelou alta no período estudado, já que em 2000 a participação das pessoas com deficiência na PEA somava 10,5%.

Preconceito

Entre as razões para o ainda baixo índice de colocação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, técnicos e profissionais envolvidos na questão apontam o preconceito, a baixa escolaridade e a falta de mão de obra qualificada no segmento.

"A qualificação tem que acontecer dentro da empresa, considerando a condição específica de cada pessoa. Esta não é uma ação de responsabilidade social. É lei", defende a consultora do Sesi/Senai Curitiba Regiane Maturo, que também participou do seminário.

Os participantes no encontro apontaram ainda a falta de planos de carreira e possibilidade de ascensão como outro fator desestimulante e que provoca a reclamação frequente de alta rotatividade de funcionários nesse segmento. "As empresas querem qualificação, mas falta inserção ou um plano de carreira, o que causa desalento às pessoas com deficiência", argumenta Lenina Formaggi, da Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego.

Fonte-Portal da Prefeitura de Curitiba



Tradução