domingo, 5 de abril de 2015

Jovem que nasceu com hidrocefalia e paralisia cerebral conquista emprego

DO G1 SC

Quando Clemir Rodrigo Zoboli nasceu, em agosto de 1990, foi desacreditado pelos médicos. Portador de uma deficiência na coluna, com poucas horas de vida passou por uma cirurgia. Logo depois veio a notícia da hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro) e de uma paralisia cerebral. Hoje, aos 24 anos, ele superou a rejeição, o preconceito e as limitações, e comemora a maior conquista de sua vida: um emprego.


O jovem trabalha como auxiliar de almoxarifado em uma loja de material de construção. “É uma correria, mas eu gosto”, conta o rapaz, um dos personagens da série Conquistas, exibida pelo Jornal do Almoço nesta semana, que homenageia a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Joinville, que completa 50 anos neste fim de semana.
Quem trabalha com ele garante que Rodrigo é um ótimo funcionário. “Ele é muito prestativo. Todo mundo gosta dele”, diz o almoxarife Maureli Joaquim. Mas nem sempre foi assim. “As chances dele eram muito remotas”, lembra a mãe, a aposentada Marlete Zoboli.


A família encontrou o apoio de que precisava quando o menino passou a frequentar a Apae. Com ajuda profissional, Marlete descobriu que proteger demais o filho poderia atrapalhar seu desenvolvimento.
O esforço de todos rendeu frutos, e Rodrigo hoje se orgulha do emprego conquistado há um ano. De acordo com Maria Luiza,  as empresas entram em contato para saber quais os alunos podem entrar mercado de trabalho. “É ótimo. Melhora a auto-estima do aluno”, diz.


Outro caso que chama a atenção é o de Flaviane, de 27 anos. Portadora de síndrome de Down, ela chegou à instituição com apenas 2 meses de vida. “Pelos médicos, ela não andaria”, diz a mãe, Dilma Dagmar Bittencourt.
Com apoio de fonoaudióloga, psicóloga, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, hoje Flaviane tem um convívio social pleno, segundo a instituição. “Eu amo a minha escola”, diz a jovem.


Ela não andava. Agora corre
Trilhando o mesmo caminho dos colegas com mais de 20 anos, a pequena Luísa, de 3 anos, também carrega uma história de superação. Ela nasceu com problemas motores, com poucas perspectivas de falar e andar.
Na Apae, a menina foi submetida a um tratamento intensivo, no qual a criança veste uma roupa especial, parecida com a dos astronautas, que ajuda no desenvolvimento motor. Elásticos fixados na roupa e na gaiola estimulam a pequena Luísa, que respondeu rápido ao tratamento.

“A Luisa chegou com um quadro de paralisia cerebral. Tinha atraso motor bem importante. Não andava, não manipulava objetos, brinquedos. Não tinha interação nenhuma”, conta a fisioterapeuta Gillyann Rafaela Mendes. “Na segunda semana, a gente já obteve uma resposta bem grande com ela”
A mãe, a costureira Valdete Nunes de Castro, agora tem uma preocupação comum aos pais de qualquer criança de 3 anos. “Ela quer correr. Tem que cuidar para ela não cair. Ela quer correr demais”.

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