terça-feira, 5 de maio de 2015

Bebês prematuros podem ser mais propensos a ter autismo, diz estudo

Do G1

Os nascimentos prematuros podem alterar a conectividade entre diferentes partes do cérebro, o que pode aumentar o risco de a criança desenvolver autismo e problemas de atenção, segundo um estudo britânico publicado nesta segunda-feira (4) nos Estados Unidos.
Pesquisas anteriores já tinham observado que o autismo e os problemas de concentração são mais frequentes em crianças prematuras.
Pesquisadores do King's College de Londres utilizaram uma ressonância magnética para examinar as conexões específicas dos cérebros de 66 crianças, das quais 47 nasceram antes da 33ª semana de gestação, enquanto outras 19 nasceram no tempo previsto.
Os autores se concentraram nas conexões entre o tálamo, o centro de reflexos emocionais, e o córtex, a matéria cinzenta que rodeia os hemisférios cerebrais e que tem um papel fundamental em muitas funções cognitivas.

Resultados
Os cientistas constataram que os bebês nascidos entre as 37ª e a 42ª semanas, que é o período normal de gestação, tinham estruturas sabidamente similares às dos adultos em algumas partes do cérebro, o que confirma que as conexões estavam bem desenvolvidas no momento do nascimento.


Ao contrário, nos prematuros, os especialistas observaram menos conexões cerebrais entre o tálamo e o córtex, porém mais conexões com uma zona particular do córtex que está envolvida no processamento de sinais faciais, dos lábios, a mandíbula, a língua e a garganta.
Isto poderia explicar por que os bebês prematuros que são amamentados ou alimentados com mamadeira aprendem a fazê-lo antes que as crianças nascidas a termo.
Mas a menor conectividade na região do córtex envolvida nas capacidades cognitivas pode estar relacionada com o fato de estas crianças terem mais probabilidades de sofrer de problemas de concentração e de socialização, segundo os pesquisadores.
"A próxima etapa na nossa pesquisa será compreender o vínculo entre estas observações e as dificuldades de aprendizado, concentração ou socialização", comentou Hilary Toulmin, do centro de desenvolvimento cerebral do King's College e principal autora do estudo publicado na academia americana de ciências (PNAS).

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