sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

MPF em Pernambuco abre seleção de estágio em direito.10% do total das vagas são para as pessoas com deficiência

 Do G1 PE

Bolsa de estágio é de R$ 800, além de auxílio-transporte.
Pré-inscrições serão realizadas entre 16 e 20 de março.


O Ministério Público Federal em Pernambuco vai selecionar estagiários na área de direito para atuar na Procuradoria da República em Pernambuco (no Recife), Procuradoria da República em Garanhuns e Procuradoria da República Polo Petrolina/Juazeiro. A bolsa é de R$ 800, além de auxílio-transporte de R$ 7 por dia de atividade. A jornada é de 20 horas por semana.

As pré-inscrições serão realizadas entre 8h do dia 16 de março e 18h de 20 de março, exclusivamente pelo site do órgão, onde também está disponível a íntegra do edital. Os estudantes deverão preencher ficha de inscrição relativa à unidade do MPF para que desejam concorrer. A validação presencial das inscrições deverá ser feita de 23 a 27 de março, das 13h às 18h, nas unidades para onde realizaram as pré-inscrições.

Podem participar estudantes que tenham concluído, pelo menos, 40% da carga horária ou dos créditos do curso, em instituições de ensino que firmaram convênio com o MPF. A lista está disponível no edital.

A validade da seleção é de um ano a contar da publicação do resultado, prazo que pode ser prorrogado por igual período. É reservado o percentual de 10% do total das vagas a pessoas com deficiência e/ou participantes do Sistema de Cotas para Minorias Étnico-Raciais.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Menino autista não tinha amigos, mas ninguém faltou ao aniversário

Deu no Ptjornal.com

Glenn Buratti nunca vai esquecer a festa do sexto aniversário. Todos os amigos deste menino, que sofre de autismo, inventaram uma ‘desculpa’ para não aparecer. A mãe confessou no Facebook estar “de coração partido” e toda a comunidade respondeu: até o xerife apareceu, de helicóptero.

A festa do sexto aniversário de Glenn Buratti, um menino com autismo que vive no condado de Osceola, na Flórida (EUA), está a emocionar as redes sociais norte-americanas.
Apesar de ter convidado os colegas de escola e os amigos com antecedência, ninguém foi à festa. Todos enviaram uma ‘desculpa’ para faltarem ao dia mais importante de um menino: a festa de aniversário.

 A mãe, Ashlee Buratti, desabafou no Facebook, confessando estar “de coração partido” ao ver o filho esperar pelos ‘amigos’ que não iam aparecer. “Sei que parece tolice estar a queixar-me, mas estou de coração partido por causa do meu filho”, escreveu.
O desabafo da mãe, realizado numa página da comunidade de Osceola, tornou-se viral em poucos minutos. Vários desconhecidos enviaram mensagens a dizer que tinham filhos da mesma idade e a perguntar se podiam aparecer para a festa.

O sexto aniversário de Glenn Buratti foi festejado com mais 15 crianças e 25 adultos que o menino nunca tinha conhecido

“Uma menina deu-lhe uma bicicleta nova. Um menino trouxe a câmera e passou boa parte do tempo a tirar fotografias à nossa família e depois deu-nos as fotos. Foi sensacional. As pessoas que vieram eram maravilhosas”, contou Ashlee Buratti, citada pelo Around Osceola.
Mas um aniversário de um menino, para ser inesquecível, tem de meter helicópteros. Já o encontro seguia animado quando o telefone tocou: era o xerife da localidade a avisar que ia sobrevoar a casa, a baixa altitude, para que o menino pudesse ver o helicóptero da polícia e acenar. Por essa altura, já todo o departamento da polícia estava na festa.

 Refira-se que a festa não terminou naquele dia, um domingo. Na quarta-feira, os bombeiros apareceram para celebrar com Glenn Buratti. Levaram várias viaturas, para satisfação do menino, e ainda presentes. “Apareceram apenas para desejar um feliz aniversário”, acrescentou a mãe.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Alemanha usa cegos para detectar câncer de mama

Da BBC


Com tato mais aguçado, deficientes visuais conseguem detectar nódulos menores; mas especialista alerta para 'angústia' da descoberta de tumores 'irrelevantes'.

Exames para detectar câncer de mama estão sendo feitos por mulheres cegas na Alemanha. A ideia já existe há alguns anos, e uma pesquisa inédita sugere que pessoas cegas podem, de fato, detectar tumores mais cedo do que aquelas que enxergam.

Esta ideia simples, mas surpreendente, passou pela cabeça de um médico alemão uma manhã enquanto ele estava tomando banho: mulheres cegas poderiam fazer seu trabalho muito melhor do que ele?
"Três minutos é o tempo que eu tenho para fazer exames clínicos das mamas", diz o ginecologista baseado em Duisburg Frank Hoffmann.

"Isso não é suficiente para encontrar pequenos nódulos no tecido mamário, o que é crucial para detectar o câncer de mama cedo."
Pessoas treinadas para ler em braille tem o tato altamente desenvolvido. Por isso, Hoffmann supôs que as mulheres cegas e com deficiência visual seriam mais qualificadas do que qualquer outra pessoa para realizar exames de mama em seus pacientes.

A evidência agora é inequívoca, diz ele.
Em um estudo ainda não publicado, realizado com a Universidade de Essen, mulheres cegas conseguiram detectar quase um terço a mais de nódulos que outros ginecologistas.
"Mulheres que fazem autoexame podem sentir tumores de 2 cm ou maiores", diz Hoffmann.
"Os médicos costumam encontrar tumores entre um centímetro e dois centímetros, enquanto os examinadores cegos encontraram nódulos com tamanhos entre 6 mm e 8 mm. Isso faz uma diferença real. Esse é o tempo que um tumor leva para se espalhar pelo corpo."

Experiência
Na Alemanha e no Reino Unido, mamografias regulares são oferecidas apenas a mulheres com 50 anos ou mais - mas, em ambos os países, o câncer de mama é a maior causa de morte de mulheres entre 40 e 55 anos, e na Alemanha, a idade das mulheres afetadas está caindo.
Hoffmann diz que fundou sua organização, Discovering Hands, para salvar vidas pela detecção precoce. Ele desenvolveu um curso para treinar mulheres cegas para se tornarem examinadoras médicas táteis (MTEs, na sigla em inglês), e agora existem 17 trabalhando em clínicas em toda a Alemanha.


Uma delas, Filiz Demir, atende cerca de sete mulheres por dia, realizando exames que podem durar até 45 minutos - o que seria pouco usual para um ginecologista.
Há pouco mais de um ano, Demir trabalhava em uma agência de viagens. Mas, quando ela completou 35 anos, sua visão se deteriorou lentamente, e fazer seu trabalho tornou-se cada vez mais difícil. Ela pediu demissão e aprendeu braille, mas não conseguia sequer ser chamada para entrevistas de emprego.
"A cegueira era minha maior deficiência naquela época", diz ela.
"Agora, minha deficiência tornou-se minha força. Eu não sou dependente de ninguém e posso ajudar os outros. É um ótimo sentimento."

Curiosa para saber como Demir e suas colegas trabalham, eu decidi fazer um exame.
Usando tiras de fita marcadas com coordenadas em braille, o MTE faz uma "grade" sobre o peito. Ela examina lentamente por esta grade de modo que possa indicar a localização precisa se encontrar um nódulo.
Demir faz uma análise detalhada, mas os 30 minutos passam voando. É um ambiente descontraído e relaxante, nem um pouco desconfortável e há ampla oportunidade de fazer perguntas.
Depois de sete meses neste trabalho, Demir claramente se mostra aliviada por ter encontrado principalmente tumores benignos. Apenas algumas semanas atrás ela encontrou o primeiro maligno, que a balançou um pouco.

Mas é a minha vez de ser pega de surpresa quando ela remove as tiras em Braille e cuidadosamente me diz que encontrou algo.
Um nódulo de cada lado, na verdade.
Se eu fosse uma paciente regular na clínica, eu teria ido para a próxima sala para um ultrassom. Infelizmente, tive de levar essa informação para meu ginecologista em Berlim, onde fui encaminhada para um ultrassom e uma mamografia.

Depois de algumas semanas de espera por uma consulta, o ultrassom finalmente ficou pronto e não mostrou nada. O radiologista me disse que não fazia sentido fazer uma mamografia - e sugeriu que o examinador provavelmente só sentiu um pouco das minhas costelas.
O conselho de Hoffmann em situações do tipo é repetir o exame com o MTE algumas semanas mais tarde, na primeira metade do ciclo menstrual. Se um nódulo ainda puder ser detectado "a mamografia faz sentido", diz ele.

É exatamente esse ciclo de check-ups que podem levar a alarmes falsos, angústia e cirurgias desnecessárias, de acordo com o professor Gerd Gigerenzer, diretor do Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano.

"Conheço muitas mulheres que ficaram assustados com alarmes falsos. Algumas fizeram biópsia, que não mostrou nada, mas vivem suas vidas de mamografia em mamografia."
Há pouco consenso sobre os benefícios dos programas de detecção de câncer de mama e se exames regulares realmente salvam vidas. Gigerenzer adverte explicitamente contra eles, e não se anima com a ideia de que agora é possível detectar nódulos menores.
Especialistas alertam que detecção precoce pode descobrir cânceres clinicamente irrelevantes
"Quanto mais precisas forem as técnicas de diagnóstico, mais cânceres clinicamente irrelevantes serão detectados", diz ele.

"Isto pode levar a cirurgias e radioterapias desnecessárias. Neste caso, a detecção precoce só prejudica."
O método Discovering Hands, segundo ele, está fora de julgamento até que a equipe possa fornecer provas que comprovem que a técnica de fato reduz a mortalidade.
Um estudo sobre o assunto está previsto para ser concluído e publicado ainda este ano.

Paciente
Enquanto isso, uma das pacientes de Hoffmann, Heike Gothe, me diz que deve sua vida a uma dessas examinadoras.
Ainda tendo que lidar com a morte prematura de seu marido por doença, Gothe assumiu o comando do negócio da família, uma pequena empresa de exportação internacional de sucesso. Mas não demorou muito para que ela recebesse seu próprio diagnóstico.

"Eu tinha sentido um caroço no meu seio direito e fui ver o médico", diz Gothe.
"Eles confirmaram o que eu tinha encontrado e, em seguida detectaram um pequeno nódulo no lado esquerdo, com apenas 2 milímetros de tamanho. Ele nem sequer apareceu na ultrassonografia ou mamografia, apenas o MTE cego sentiu."
O encontro deste pequeno tumor pode ter salvado sua vida. Ambos os tumores foram diagnosticados como malignos, mas com quimioterapia e radioterapia, ela superou o câncer.
Gothe é uma batalhadora, mas ela credita sua energia e positividade a estes exames feitos por um MTE a cada seis meses. Segundo Gothe, é assim que ela consegue dormir à noite e tocar seu negócio.
"O medo aparece de vez em quando", diz Gothe. "E só consigo lidar com isso porque sei que estou em boas mãos."

Algumas companhias de seguros alemães também estão convencidas. Seis delas agora cobrem os custos para os seus pacientes fazerem esses exames clínicos das mamas.
Enquanto novos MTES ocupam cargos permanentes em clínicas por toda a Alemanha e na Áustria, o fundador do Discovering Hands, Frank Hoffmann, está em negociações com Israel e Colômbia. Ele vê oportunidades ainda mais longe.

"Estou convencido", diz ele, "de que, especialmente em países que não são tecnicamente tão avançados como a Alemanha, este modelo poderia melhorar a qualidade de normas médicas muito dramaticamente."

Protótipo feito de lixo eletrônico ajuda deficiente a jogar Pôquer no Sertão

Do G1 Petrolina

José Wilson da Silva, de 27 anos, tem uma deficiência que o impede de falar e se locomover sozinho. Contudo, dentro das suas limitações, ele guarda um hobby que é o de jogar Pôquer. Para que 'Zeca,' como é conhecido, pudesse ter maior autonomia nos jogos, dois amigos seus de Petrolina, no Sertão pernambucano, criaram o ZPC-01 (Zeca Poker Comunicator) com o uso de lixo eletrônico. O protótipo mostra, através de luzes, as escolhas de Zeca no jogo.
A invenção é de Lucas Damião da Cruz e de Euclides Marques. O estudante de engenharia da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Lucas Damião, participa de um grupo de enxadristas que funciona no Centro Cultural Ana das Carrancas. “Conheci Zeca no Clube de Xadrez e como estamos com um clube de robótica no mesmo lugar, o Instituto Robovasf, acabamos envolvendo os dois e o Pôquer”, explica Lucas.

Euclides Marques explica que Zeca foi aluno do 'Carranca Xadrez Clube', projeto social do Centro de Cultura Ana das Carrancas e que ele se interessou pelo Pôquer vendo as fotos do 'Carranca Poker Team' , um grupo em uma rede social. "Ele começou a jogar online e a me desafiar online. Um dia dei atenção e percebi que ele jogava acima da média. Foi quando decidi a trazê-lo ao clube presencial mesmo sabendo das suas dificuldades".
Para Zeca participar do jogo, ele precisava de um acompanhante para auxiliá-lo. "O sobrinho do Zeca ficava com ele, mas discordava das suas opiniões.Foi quando notei que precisávamos desenvolver uma linguagem com Zeca. Tentamos movimento de cabeça, então chamei o grupo de Robótica e, juntamente com um dos membros, o Lucas, desenvolvemos um protótipo de comunicação usando sinais luminosos e botões, já que Zeca tem habilidades com os pés", conta Euclides.

Comunicator) foi criado com lixo eletrônico para informar aos jogadores e o croupier, pessoa que distribui as cartas, as decisões do Zeca utilizando botões e luzes. Em uma plataforma, que fica a altura dos seus pés, ele tem à sua disposição cinco botões, sendo um para desligar e os outros quatro para acionar led's que ficam em outra plataforma sobre a mesa. Na plataforma dos led's, cada led ou combinação de led's tem uma função, sendo elas: 'Fold', 'Call', 'Bet', 'Raise' e 'All-in'.

O ZPC-01 torna possível a interação direta entre Zeca e os demais envolvidos no jogo de Pôquer. A ideia da dupla é melhorar ainda mais o protótipo. “Usamos a luz para sinalizar os desejos do Zeca. Agora estamos pensando em modernizar com alguns mecanismos, que seria um equipamento de voz, que sai um som. Por enquanto, ele ainda precisa de alguém para auxiliar segurando as cartas”, destaca Lucas.


 A ideia também é alcançar outras pessoas com a invenção. "A importância desse projeto é incalculável para Zeca e para ele jogar Pôquer. Foi desenvolvido para ele, mas queremos fazer implementação no projeto ou até desenvolver outro para outras pessoas", conta Lucas. Zeca joga Pôquer também através do aplicativo de uma rede social e já ganhou 200 torneios, dos quase 500 dos quais participou. O jogo de Pôquer é um esporte de estratégia.

Como funciona o ZPC-01

Quando for a sua vez de apostar 'Bet', ele tem várias opções. Se não gostar da sua mão, sempre pode fazer o 'Fold', isto é, descartar a sua mão e deixar o pote para os outros jogadores contestarem. Já se ninguém apostou antes de si nesta rodada, ele poderá fazer o 'Check'. O Checking significa não apostar nada e passar a vez para o jogador à sua esquerda. Porém, se um jogador antes de si apostou nesta rodada, não poderá fazer o check, mas sempre pode fazer o 'Fold'. Mas se ele quiser jogar, tem que fazer o 'Call', o 'Bet' (a aposta) ou fazer o 'Raise'. Para fazer o 'Call' põe uma aposta do mesmo tamanho da última aposta feita antes da sua. Enquanto que para fazer o 'Raise' coloca uma aposta maior que a última aposta antes da sua.

Jovens estudantes criam um robô com Lego que pode se comunicar em Libras

O projeto é um protótipo de um “esqueleto de mão” construída inteiramente com peças e tecnologia de Lego, que se comunica com pessoas portadoras de deficiência auditiva através do uso de Libras (linguagem brasileira de sinais)
Alunos da Escola Martha Falcão desenvolveram o Projeto “Educação Inclusive para portadores de deficiência auditiva”
(imagem - três jovens estudandes, com uniformes azuis, e um jovem com camiseta branca, ao centro, da Escola Martha Falcão, sentados ao redor de uma mesa que tem ao centro o protótipo por eles construído, como um robô, simulando um ''esqueleto de mão', para atender pessoas surdas - fotografia de Erica Melo)
Nos tempos modernos, a tecnologia tem avançado cada vez mais em relação à acessibilidade de pessoas com deficiências, buscando dar uma qualidade de vida melhor a quem precisa de uma atenção especial. Foi pensando dessa forma que quatro alunos da Escola Martha Falcão desenvolveram o Projeto “Educação Inclusive para portadores de deficiência auditiva”.
Com esse projeto a escola participa do Torneio de Robótica A FLL Sesi 2014-2015 que acontece  hoje e amanhã no Clube do Trabalhador Sesi, Zona Leste.
O projeto é um  protótipo de um “esqueleto de mão” construída inteiramente com peças e tecnologia de Lego, que se comunica com pessoas portadoras de deficiência auditiva através do uso de Libras (linguagem brasileira de sinais).
A experiência visa estimular a pesquisa de campo sobre aplicação da tecnologia na vida real, promover a experiência prática de educação inclusiva para portadores de deficiência auditiva e incentivar a pesquisa sobre as alternativas de inclusão social para portadores de deficiência auditiva.
O coordenador do projeto, Walderi Moraes Willy Filho, afirmou que o protótipo foi desenvolvido através de uma pesquisa de campo e de laboratório onde verificou que a robótica tem feito grandes avanços, como as próteses de membros, que proporcionam quase com perfeição os movimentos do membro perdido.
“A utilização de exoesqueletos, que podem interpretar sinais nervosos e traduzir em movimentos como abrir e fechar mãos. E isso só se torna possível através de algoritmos que interpretam entradas (sinais nervos) e geram saída (movimentos coordenados), e as aplicações que são feitas de forma geral, desde caixas de supermercados até a sonda curiosity”.
O coordenador destacou que com a utilização destes recursos podem ser criadas diversas soluções para problemas do cotidiano. Como a inclusão de alunos com deficiência auditiva em salas de aulas. “É um projeto da mão robótica que vem traduzir a fala de um professor para um aluno com deficiência auditiva”, afirmou.
A administradora Carla Vargas, 47, mãe de José Luiz Vargas de Mendonça, 13, um dos alunos que participou do desenvolvimento do projeto, ressaltou o orgulhoso que sente em saber que o filho  desenvolveu  algo para ajudar o próximo. “O mais interessante foi quando a escola recebeu o convite para participar da competição, foi a partir daí que os alunos, pensaram no projeto que iria ajudar as pessoas com deficiências, além de criar um elo entre essas pessoas com as que não tem deficiência. Nós pais nos  preocupamos em dar toda uma educação e fazer com que os nossos filhos  olhem para o próximo e através desse projeto podemos observar que está dando  certo”, destacou.
Avaliação 
Durante os dois dias, as equipes serão avaliadas em três provas, sendo elas design de robô, no qual as equipes apresentam o desenho mecânico, a estratégia adotada e a programação desenvolvida; Projeto de pesquisa: um problema do mundo real é pesquisado, conforme o tema do desafio e, em seguida, soluções inovadoras são criadas, experimentadas e compartilhadas com os outros; Core Values: os valores são centrais para a FLL: os alunos aprendem que competição amigável e ganho mútuo não são objetivos distintos e que ajudar um ao outro é fundamental para o trabalho em equipe, sendo a única categoria eliminatória; e Desafio do Robô, sendo três partidas de dois minutos e 30 segundos para executar missões na mesa de competição com robôs autônomos.
Word Festival
A melhor equipe do Torneio Nacional de Robótica a ser realizado em Brasília, garante vaga no World Festival que acontece nos Estados Unidos, na cidade de Saint Louis, no Estado do Missouri, em abril deste ano. O World Festival reúne os campeões de vários torneios de robótica pelo mundo.
Evento
O Serviço Social da Indústria (Sesi) promove hoje e amanhã, no Clube do Trabalhador, de 8h às 17h, a etapa regional do Torneio de Robótica First Lego League (FLL). Ao todo, 31 equipes, com aproximadamente 300 alunos, de escolas do Sesi, escolas públicas e particulares.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Opinião-"Cadeirantes e o poder ilimitado de Deus"

Do blog-Cantinho dos Cadeirantes


Em uma sala de espera qualquer, uma senhora me observa intrigada. Mesmo percebendo, mantenho-me atenta ao ritmo alucinante dos meus pensamentos desconexos, afinal alguém tem que colocar ordem nessa bagunça chamada "mente". Ao seu lado estava meu pai com os olhos voltados ao jornal do dia, atualizando-se sobre as últimas do seu amado galão da massa. Sorridente, ela o aborda perguntando se sou sua filha e admirada com minha postura que segundo ela "parece que já andou na vida".


Após conversar com ele, a essa altura já tínhamos trocado olhares e sorrisos, eis que ela me chama com a máxima "você sabia que Deus pode te curar? Pois para ele nada é impossível".

Acredito em Deus, sou cristã, não pertenço a nenhuma igreja ou corrente espiritual, mas honestamente acho esse tipo de abordagem pra lá de abusiva. Entendo as razões da senhorinha e a respondi educadamente, porém fiquei cá com minhas rodas tentando encontrar as razões daquela fala.

Será que ela (e tantos outros que fazem o mesmo) acham que cadeirantes são pobres seres esquecidos do poder de Deus? A gente deixa de acreditar no Senhor e "ploft" vai pra cadeira amargar sua pouca fé. Se for ateu então vai ficar todo desengonçado até aparecer alguém santo e benevolente pra lembrar-te que há esperança ao que crê.

Seria muito mais interessante conversar comigo pra conhecer minha história de vida, entender o que penso e se, somente se, estiver precisando de um apoio espiritual aí sim me falar do que acredita e tal. É difícil acreditar, contudo liberdade de crença não é privilégio dos "sadios".

Nem todo cadeirante é infeliz. Tem muita gente por aí que consegue lidar com suas agruras numa boa, sem reservas e sem Deus. Aliás, se Ele concedeu o livre arbítrio porquê não aceitar isso?

Paraplégico volta a andar depois de transplante inusitado

             
 Deu na revista Galileu
Há cinco anos, o búlgaro Darek Fidyka, 40 anos, foi esfaqueado e ficou paralisado da cintura para baixo. Dois anos depois, passou por uma inédita cirurgia de transplante de células ner­vosas do próprio nariz para a medula espinhal. Agora ele começa a recobrar os movimentos dos membros inferiores e já dá os primeiros passos para abandonar o andador. É o primeiro caso de recuperação de um rompimento total dos nervos da coluna vertebral.
Enquanto a maior parte do sistema nervoso dos mamíferos (incluindo os humanos, claro) não tem capacidade regenerativa, as células nervosas do nariz (chamadas neurônios receptores olfativos) vivem em constante substituição. Isso porque elas são expostas o tempo todo a diversas substâncias químicas presentes no ar. Para não perdermos a capacidade de sentir cheiros, essas células vivem apenas de seis a oito semanas, e depois disso são substituídas. Foi justamente essa propriedade que foi transferida à lesão medular de Fidyka.


Geoffrey Raisman, professor do Instituto de Neurologia do University College de Londres e responsável pela descoberta da regeneração das células olfativas, explica como funciona o processo: “Nós transplantamos as células para permitir que as fibras nervosas cortadas na medula espinhal cresçam em toda a lesão. É como a reparação de uma estrada: não adicionamos carros, só colocamos uma ponte sobre o problema na estrada para que os carros que estão bloqueados possam atingir toda a área danificada”.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Está acabando o Carnaval! Li, bloguei e descansei

E um selfie de agora depois do banho


Um olhar diferente sobre as pessoas com deficiência


Enxerguemos as diferenças com os olhos de uma criança


A Associação Noémi, da França, quer mudar a forma como a sociedade olha para as pessoas com deficiência. A associação quer que olhemos para essas pessoas de uma forma positiva e respeitando sua dignidade ao trazer-lhes alegria e felicidade.



Para saber mais: www.noemi.asso.fr



 
Fonte: Blog Acessibilidade na prática

Fotos de Segunda-Feira de Carnaval no Camarote da Acessibilidade, pólo Maracaípe,Ipojuca-PE


Imagens-Moisés Barros

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Lais Souza volta a praticar esporte pela primeira vez após acidente

O acidente que deixou tetraplégica a ex-ginasta Lais Souza completou um ano mês passado. Esta semana, ela foi notícia porque revelou a uma revista ser gay. Antes disso, o Fantástico acompanhou a Lais em um momento emocionante: a primeira vez que ela praticou um esporte desde que sofreu o acidente.

A sensação da adrenalina ela já conhece bem! Mas agora é diferente. “Acho que me dá uma sensação de recomeço. O objetivo mudou, mas a primeira sensação que eu tive foi essa”, analisa Lais Souza.

Fantástico: Voltei!
Lais: Exato!

O Fantástico acompanhou Laís Souza em uma aventura inédita desde que sofreu o acidente que a deixou tetraplégica: pela primeira vez, a ex-ginasta voltou a praticar um esporte, o surfe adaptado! “A primeira onda foi bem emocionante, assim, friozinho na barriga”, conta Laís Souza

Instrutor: Quer com emoção ou sem emoção?

Lais: Com emoção!
Instrutor: Uhul!

Emoção nunca faltou na vida de Laís. Representou o Brasil em duas olimpíadas como ginasta: Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008. Em 2013, trocou a ginástica pelo esqui aéreo. Treinava firme para os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia.


“Estava indo bem”, lembra Laís. Mas uma fatalidade mudou tudo. “Na semana antes de ir para Sochi, foi quando eu sofri o acidente”, conta ela.
Em 27 de janeiro do ano passado, Laís treinava em uma pista de neve nos Estados Unidos e bateu forte em uma árvore. Sofreu uma lesão na medula que a fez perder todos os movimentos do pescoço para baixo. “Foi um ano difícil. Eu acho que passou muito rápido, Mas a sensação é que foi agora há pouco”, relata a ex-ginasta.

Fantástico: Como foi voltar para o Brasil?
Laís: Eu recebi o carinho das pessoas...Pessoas dizendo que estavam rezando para mim, que tem certeza que eu vou voltar a andar... Isso, além de motivar, me faz acreditar sim. 

No último ano, a Laís não teve oportunidade de praticar nenhum esporte. E hoje, com adaptações simples, como uma esteira colocada na areia, ela vai conseguir surfar no Guarujá.

“Mexe aqui pra mim, empurra e volta. Dez vezes, tá?”, orienta a fisioterapeuta Denise Lessio.

“A gente tá trabalhando um pouquinho o alongamento dela para aquecer, preparar o corpo dela para a atividade que ela vai fazer agora”, explica ela.

Atividade que só é possível graças ao projeto "Surfe para Todos" criado pelo surfista Taiu Bueno, que também ficou tetraplégico num acidente. Em janeiro, o Fantástico o mostrou surfando na prancha adaptada para cadeirantes.

“Ela poder saber que existe isso aí... E não só para ela, o projeto é para todos. Principalmente, para pessoas que, talvez, estejam numa comunidade e não saem nem de casa. Esse que é o principal motivo, sabe? Poder botar essa alegria no coração das pessoas, que eu sei como é que é, você sabe como é”, define Taiu Bueno.

Aquecimento feito, Lais é colocada numa cadeira anfíbia, que a leva até o mar.

Fisioterapeuta: Pronta para entrar no mar?
Lais: Pronta!


Fantástico: Você já tinha se imaginado surfando desse jeito que você fez?
Lais: Não, depois do meu acidente não tinha imaginado, não. Aliás, até estava com um pouco de receio de entrar na água... Ansiedade de pegar uma onda boa... Quero mais emoção. Mais emoção! Eu gosto de estar nessas aventuras loucas assim. E eu quero me colocar nesses limites, ver o que o meu corpo pode passar hoje. E, talvez, até encontrar um esporte para mim, para seguir. Talvez, esse seja um até. Foi gostoso a sensação de estar no mar de novo. A água vindo no meu rosto e eu sentindo que estava salgada.

Fantástico: Onde você quer chegar?

Lais: Acho que não tem limite. Acho que eu pretendo ir seguindo sem fazer muitos planos para o futuro porque fica complicado hoje... Eu estou vivendo um dia de cada vez... Estou fazendo com que os meus dias sejam felizes, aproveitados ao máximo.


Surfe adaptado faz parte do projeto 'Surfe para Todos'

A atividade é graças ao projeto "Surfe para Todos", criado por Taiu Bueno. O surfista também ficou tetraplégico em um acidente. "Não só para ela, o projeto é para todos. Principalmente, para pessoas que, talvez, estejam numa comunidade e não saem nem de casa. Esse que é o principal motivo, sabe? Poder botar essa alegria no coração das pessoas", define Taiu Bueno.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carnaval em Pernambuco-Imagem do Camarote da Acessibilidade em Olinda

Foto Bebel Lima

Brasileira- Após cirurgia , menina já pedala triciclo




Click e veja vídeo

Cirurgia delicada permite que menina de 5 anos volte a andar
Por consequência de paralisia cerebral, Julia não conseguia dobrar as pernas. Pais pediram na Justiça que o governo pagasse a cirurgia nos EUA.



A imagem é de um momento emocionante e inesquecível. O Fantástico conta a história da menina de 5 anos que está superando as limitações e hoje comemora a maior conquista da vida dela: voltar a andar. O sorriso de Julia mostra o quanto ela está feliz.

Ana Paula Marcheti, mãe de Julia: Ela foi uma criança prematura, era um bebezinho normal. Aos oito meses, a escola nos chamou e falou: ‘Olha, mãe, ela deveria estar sentando e não está’.
Fantástico: Ela ainda não tinha força?
Ana Paula Marcheti: Não tinha controle nenhum do corpo.
Fantástico: A perna dela não dobrava?
Ana Paula Marcheti: Não dobrava. A perna dela eram dois pauzinhos compridos. O pé não dobrava, o pé era sempre pra baixo.
Julia cresceu e só conseguia colocar as pontas dos pés no chão.
Ana Paula Marcheti: Ela vai para escola normalmente
Fantástico: Conversa com outras crianças?
Ana Paula Marcheti: Tranquilo.
Fantástico: Tem amigos?
Ana Paula Marcheti: Tem tudo. As coleguinhas da escola, como estão com ela desde os três meses, eram companheiras disso também.
Mas o vídeo divulgado na internet e em vários noticiários esta semana comoveu e chamou atenção para o caso dela. Veja no vídeo acima.
A cirurgia que devolveu os movimentos à Julia aconteceu em um hospital referência em tratamento de crianças, em Saint Louis, nos Estados Unidos.
Por consequência de uma paralisia cerebral, ela tinha dificuldade em dobrar as pernas. As pernas eram rígidas ela não podia caminhar, mas sete dias depois da cirurgia a equipe do Fantástico encontrou a Julia já andando de triciclo. A alegria de Julia é visível.
Fantástico: Como é que você se sente vendo essa cena?
Ana Paula Marcheti: Nossa, uma felicidade.
Fantástico: Ela gritando, curtindo...
Ana Paula Marcheti: Nossa, senhora. Gesticulando, mexendo o braço, controlando o tronco e ao mesmo tempo andando de bicicleta. São vários movimentos juntos que ela não fazia.
Ao nascer, Julia sofreu uma parada respiratória e a sequela foi a chamada espasticidade nas pernas.
“A espasticidade é um endurecimento dos músculos do corpo, involuntário. Então os músculos ficam endurecidos e, muitas vezes, esse endurecimento parasita os movimentos de uma criança ou de um adulto”, explica Bernardo de Monaco, neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP.
Para que Julia não perdesse os movimentos definitivamente, era necessária uma cirurgia delicada. As raízes que saem da medula e formam os nervos são responsáveis pelos movimentos de todo o corpo. No caso de Julia, a paralisia cerebral provocou uma alteração das raízes responsáveis pelo movimento das pernas. Primeiro, a cirurgia identifica as raízes que estão doentes. E depois elas são cortadas.
As pernas ficam amolecidas. E só então podem realizar movimentos. A partir daí, o trabalho é de fisioterapia. É o que está acontecendo com a Julia. Colocar o pé inteiro no chão já é uma grande vitória. Aprender que deve dobrar o joelho para andar e para subir uma escada também.
O fisioterapeuta explica por que pedalar, por exemplo, é um bom exercício nesse tratamento. “É porque, antes, o cérebro recebia sinais, mas esses sinais eram bloqueados. Então, os músculos não faziam o que o cérebro mandava fazer. Agora, ela tem a habilidade de os músculos ouvirem e responderem ao que o cérebro diz. Ela está indo maravilhosamente bem”, diz o fisioterapeuta Michel Kenyon.
Mas o médico que operou Julia é claro: “Essa cirurgia não cura a lesão cerebral. Ela tem rigidez nas pernas e também tem problemas com a coordenação dos movimentos. Isso pode melhorar, mas não conseguimos curar na cirurgia. Nós podemos melhorar as atividades: caminhar, ficar de pé, sentar e o equilíbro. Podemos melhorar a qualidade de vida. Antes da cirurgia, ela precisava de um andador para se locomover. Agora eu acho que ela será capaz de andar sem nada, sem ajuda. Pelo menos em lugares seguros como dentro de casa”, explica o neurocirurgião T. S. Park.
Julia ainda tem uma longa batalha pela frente depois que voltar ao Brasil. Além dos exercícios de fisioterapia, ela deve passar por mais uma cirurgia.

“Ela vai precisar fazer uma cirurgia para esticar os músculos das pernas e dos braços, que estão retraídos. Os pais querem que essa cirurgia seja feita no Brasil. Se tudo der certo, ela terá a capacidade de andar por conta própria”, avalia o neurocirurgião T.S. Park.
Se a cirurgia na medula não tivesse sido feita agora, antes que os músculos ficassem totalmente enrijecidos, Julia perderia todas as chances de voltar a andar.
A urgência esbarrou em uma questão financeira e jurídica. Os pais de Julia não tinham como arcar com os custos da cirurgia: R$ 119 mil. Os pais entraram na Justiça pedindo para o governo pagar a cirurgia nos Estados Unidos. Conseguiram, por meio de uma liminar, mas o Ministério da Saúde deve recorrer. De acordo com o Ministério, a cirurgia poderia ter sido feita no Brasil.
“O SUS realiza essa cirurgia, como do caso da Julia, no Sistema Único de Saúde” afirma José Eduardo Fogolin, coordenador de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde.
“A perspectiva é realmente que ela fique muito próxima da normalidade em tudo”, diz Ana Paula Marcheti.
Por enquanto, Julia ainda ficará nos Estados Unidos completando o tratamento pós-operatório. Aprendendo finalmente a andar para os próximos passos que a esperam.

Tradução