domingo, 3 de janeiro de 2016

Universitários de Mogi criam cadeira de rodas que vira maca

Para uma pessoa sem deficiência física alguma, a criação de uma cadeira de rodas que se transforma em maca parece algo sem importância. Mas para os profissionais da saúde, a criação dos alunos de uma universidade de Mogi das Cruzes pode fazer toda a diferença no atendimento.

O protótipo foi desenvolvido com um custo médio de R$ 750. O professor responsável pela coordenação do projeto explica que a motivação foi social. “Nós queremos atender as necessidades do pessoal da saúde. A nossa própria universidade atende muitas pessoas na área da saúde, na fisioterapia, e nós não temos equipamento suficientes”, conta o professor Antonio Carlos da Cunha Migliano.
Segundo o professor, os alunos do curso de engenharia mecânica desenharam a cadeira e a criação tem chances de ser comercializada. “Há uma necessidade da pessoa ser atendida na própria cadeira porque em muitos lugares não há macas ou profissionais que possam ajudar no transporte do paciente da cadeira para a maca.”

A fisioterapeuta Marcia Pinez diz que a cadeira pode ajudar nos atendimentos. “Este modelo de cadeira facilita a transferência dos pacientes, já que ao inclinar a cadeira e mantê-la como maca os braços que sempre atrapalham na transferência nivelam e não corremos o risco de bater as costas do paciente.”
O modelo já é utilizado pelos alunos de fisioterapia da universidade. “Não conheço nenhum tipo deste modelo no mercado, nós nunca tínhamos visto algo semelhante”, completa.

Outras invenções
Outra novidade apresentada pelos alunos de engenharia da produção é uma bicicleta capaz de carregar aparelhos celulares. O professor Celso Pimenta diz que o processo é simples: “Um capacitador vai armazenando energia de 12 volts. Conforme a pessoa vai pedalando, a energia armazenada, de acordo com os movimentos rotativos, vai sendo transmitida para a bateria do celular. Quanto mais a pessoa pedala, mais energia ela produz e mais energia ela vai armazenando.”
Segundo o professor, o custo da bicicleta fica em torno de R$ 400. O baixo custo está associado ao uso de materiais reciclados na montagem.

Ao todo, 49 alunos estavam envolvidos na montagem de 11 bicicletas. Cada uma possui um diferencial. Além da bike capaz de recarregar celular, os alunos também desenvolveram bicicletas com assento duplo traseiro e com espaço para o transporte de deficientes físicos.
Os catadores de materiais recicláveis da cidade também inspiraram os alunos na criação de carros para recolhimento de lixo. A ideia foi desenvolver carrinhos adaptados para a necessidade de cada catador. “Pensamos em algo mais leve, versátil e prático. Nós nos atentamos as necessidades da pessoa, observando o tamanho da pessoa, do braço e assim por diante.”
Todos os nove carros criados podem suportar até 600 kg e o custo médio é de R$ 550. Os carrinhos desenvolvidos também serão doados aos catadores da cidade.

Fonte G1

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