Quando pequeno, Jackson Santana
pouco se interessava pelas pessoas, trocava o dia pela noite e
carregava um olhar tristonho. Diagnosticado com autismo aos seis anos de
idade, o pernambucano encontrou nos pincéis e na ponta da caneta a
forma ideal de se expressar. É através de linhas e pontos no papel que
podemos entender como ele enxerga a vida.
Ainda na infância, o interesse pelo
desenho se destacou e hoje, aos 40 anos, Jackson leva a arte a sério.
Recentemente, ele preparou 20 peças de um trabalho sensível e único para
expor na Escolinha de Artes do Recife. Com temas sobre a capital e o carnaval pernambucano, as telas feitas com aquarela apresentam um olhar peculiar e encantador. “Será
que somos sensíveis o bastante para perceber as sutilezas de um olhar,
as mensagens através dos gestos ou sentimentos e memórias que carregam
os desenhos?”, questiona Camila Sobreira, arte-educadora e curadora da exposição de Jackson.
Como em um mapa cartográfico, os pontos
são enfatizados no trabalho do pernambucano, transformando-se em
pequenos quadrados e retângulos na imagem e representando sombras.
Pintados em cores vivas de aquarela, os desenhos tornam Recife ainda
mais bela e interessante. Conheça algumas das peças criadas por Jackson:
Nenhum comentário:
Postar um comentário