De 1º de agosto de 2015 até o dia 20 de fevereiro de 2016, 1.601
casos de microcefalia foram notificados em Pernambuco. Desse total, 620
(38,7%) atendem aos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS)
para microcefalia, que identifica a malformação em bebês com perímetro
cefálico igual ou menor que 32 centímetros. Ao todo, 209 casos foram
confirmados como microcefalia e 204 foram descartados – levando em
consideração o resultado dos exames de imagem dos bebês.
Também foram registrados 11 casos de bebês natimortos e 7 que vieram a
óbito logo após o nascimento. Destaca-se que nenhum dos casos teve
microcefalia como causa básica de morte. Os óbitos foram de residentes
dos municípios de Recife (3), Ipojuca (3), Araripina (1), Belo Jardim
(1), Bodocó (1), Caruaru (1), Floresta (1), Goiana (1), Ipubi (1),
Olinda (1), Ouricuri (1), Petrolina (1), São Caetano (1) e São Lourenço
da Mata (1).
Desde que a notificação de casos de gestantes com exantemas foi
tornada obrigatória, no período de 02 de dezembro de 2015 a 20 de
fevereiro de 2016, 102 municípios do Estado notificaram 1.893 casos de
gestantes com esse quadro clínico. Desse total, 15 gestantes apresentam
confirmação de microcefalia intraútero. Vale salientar que a notificação
das mulheres com exantema não significa, necessariamente, que elas são
casos suspeitos de dengue, chikungunya ou zika, já que outros fatores
podem ter ocasionado as manchas vermelhas (rubéola, intoxicação, alergia
ou alguma outra virose). O exantema também não é indicativo que a
mulher terá um bebê com microcefalia.
Em Pernambuco, o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fiocruz confirmou
58 casos de microcefalia relacionados ao vírus zika por detecção do
anticorpo IgM no líquido céfalorraquidiano. Os reagentes foram
fornecidos pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC). Outros 12
casos deram negativos, totalizando 70 testes realizados.
Fonte-Blog do Mário Flávio
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