terça-feira, 1 de março de 2016

Camila Lima: 18 anos depois lojistas podem indenizar por lesão - vídeo Por Fábio Lau

São poucos os cariocas com mais de 30 anos que não ouviram a história de Camila Lima. A jovem, aos 12 anos, foi atingida por um tiro na coluna quando deixava o colégio em Vila isabel, na Zona Norte do Rio, em direção à casa de uma amiga. Era a primeira vez que Camila ganhara permissão para sair sozinha do colégio. A alguns metros dali, criminosos assaltavam uma loja comercial. Seguranças particulares, contratados por lojistas da 28 de Setembro, reagiram e deram início a um tiroteio. Uma das balas se alojou na coluna da adolescente e a deixaria tetraplégica. O caso traumatizaria a cidade, mas centenas (talvez milhares) de sessões de de fisioterapias depois, com cirurgias e tratamentos no Brasil e no exterior, a socióloga Camila, que se formaria na PUC, consegue ficar de pé e acumula energia a cada dia. Seu esforço, a luta diária, tem a ajudado a se fortalecer para as novas batalhas. E a próxima será travada nesta terça-feira (01/03) quando os lojistas que contrataram a segurança particular poderão ser finalmente condenados a pagar uma indenização.
De acordo com laudos médicos realizados à época, o trauma sofrido por Camila em 3 de setembro de 1998 provocou uma tetraplegia nível C6/C7. Durante estes anos ela tratamentos de fisioterapia e reabilitação que gradativamente apresentaram resultados positivos. Tal recuperação permitiu inclusive que fosse fotografada de pé durante uma sessão de fisioterapia - uma imagem inspiradora para outros pacientes. Uma parte mais complexa deste tratamento foi feita com o cientista Carlos Lima, em Portugal, um especialista em tratamento com células tronco.

 Camila é hoje uma mulher de 30 anos. Trabalha na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e é capaz de dirigir seu próprio automóvel adaptado. Leve, bonita e simpática, ela não perde o sorriso do rosto marcante assim como jamais abdicou da esperança. Sua história tem inspirado pessoas de todo o país e ajuda a criar coragem para enfrentar as vicissitudes.

O julgamento nesta terça-feira será na V Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio e o horário previsto é 10hs. O julgamento estará a cargo da desembargadora Cristina Gaulea. Na ação, o advogado João Tancredo, especialista em direito civil, pede indenização por danos morais - dano ao qual a população da cidade do Rio de Janeiro testemunhou. O processo deveria ter sido julgado em 2014, mas à época as empresas Sendas e Drogarias Pacheco recorreram e atrasaram a indenização.




Fonte-Conexão Jornalismo

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