quarta-feira, 2 de março de 2016

Laboratórios pesquisam teste que detecta vírus da zika em 15 minutos

Uma parceria entre laboratórios e empresas de pesquisa médica de três estados desenvolverá um kit de teste rápido para diagnosticar o contágio do vírus da zika. Segundo anúncio feito nesta terça-feira (1) no parque tecnológico Tecnopuc, em Porto Alegre, o teste consistirá na coleta de uma pequena amostra de sangue da ponta do dedo do paciente, que, em 15 minutos, ficará sabendo se contraiu o vírus da zika


"A proposta é desenvolver um teste rápido para utilizar na ponta do serviço. Não requer estrutura laboratorial. É como um teste de gravidez, a diferença é que será preciso dar uma picada no dedo, como um teste de glicose que os diabéticos fazem, para colocar uma gota de sangue em um dispositivo", explica o diretor do Laboratório Farmacêutico do RS (Lafergs), Paulo Mayorga, que também é presidente da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil  (Alfob).
O produto deverá ficar pronto para ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em seis meses. A iniciativa é de uma parceria entre a empresa FK Biotec, de Porto Alegre; o Lafergs, o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) e a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma).

Segundo Mayorga, há a possibilidade de que o teste detecte também se o paciente contraiu dengue ou febre chikungunya. "Vamos concentrar nossos primeiros esforços na questão do zika, mas meta é obter uma resposta em relação às três doenças", diz.

O pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e diretor-presidente do Grupo FK-Biotec, Fernando Kreutz, destaca que o teste também poderá apontar se o paciente já teve contato com o vírus, já que há a suspeita entre especialistas que o paciente que tenha sido infectado fica imune à doença, como ocorre com a dengue. Neste caso, a característica do exame será um diferencial em relação aos testes disponíveis atualmente.
"Detectamos a presença de anticorpos presentes na fase aguda da doença, nas primeiras semanas de contato com o vírus. Logo em seguida, outra classe de anticorpos é produzida, e mostra que a pessoa entrou em contato com o vírus e tem imunidade", explica Kreutz.

DO G1 RS

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