Os bonecos são adaptados para ilustrar e promover a inclusão social de pessoas com deficiência (Foto: reprodução EPTV)
Quem viu o Mais Caminhos da semana passada vai se lembrar da matéria sobre moda inclusiva apresentada pela Aline Lima.
Roupas e acessórios feitos especialmente para pessoas com deficiência
física têm facilitado a vida de muita gente, garantindo mobilidade,
conforto e, é claro, estilo. Agora, a repórter Edlaine Garcia
mostra um projeto que tem como objetivo promover os direitos humanos
com foco nessas pessoas. Como? Através do teatro de fantoches para
crianças. O resultado você vê aqui!
Quem busca completar essa missão é a ONG Sorri, com o projeto "Interação sem Limites" da Turma do Bairro, criada em Campinas há
28 anos. A opção pelos fantoches é um instrumento eficiente para
abordar um assunto sério. Quem confirma é a coordenadora do projeto,
Maria Olímpia Luz: “Os bonecos encantam e falam de uma forma muito
gostosa a respeito de um assunto que é pesado, falar de deficiência não é
fácil, mas eles mostram o lado positivo, o do que eu posso, não o do
que eu não posso”.
Os astros dessa turma animada são os bonecos Marcos, Ronaldo e
Patrícia, a Pati. Eles formam a Turma do Bairro e fazem a criançada cair
na gargalhada com suas histórias. “Tem tudo a ver com cidadania, com
respeito, com a gente pensar que o outro pode, e é o empoderamento da
pessoa com deficiência que nós trabalhamos aqui”, explica a Maria
Olímpia.
Cada boneco tem a função de transmitir a mensagem de alguma forma.
Alguns deles têm a mesma deficiência das pessoas reais. O fantoche
Marcos, por exemplo, usa cadeira de rodas e ganha vida nas mãos do ator
Genivaldo Aleixo. “O Marcos me ensinou que a gente pode ver o mundo de
perspectivas diferentes, a gente tem que criar um mundo que seja para
todos”, conta.
Já o boneco Ronaldo, que ganha vida com o ator Rodolfo Berini, é cego e
também dá lição de vida para o seu ator comandante: “É irônico, porque
ele não enxerga, e ele me ensinou exatamente a enxergar, a olhar para o
meu semelhante independente da condição e a saber que a diferença não
faz a menor diferença... foi isso que ele me ensinou”.
Resultados
Caio é um exemplo do trabalho da ONG Sorri. O que para jovens da idade
dele é simples foi conquistado com estímulos dos trabalhos da Turma do
Bairro. “Fez muita diferença! Nossa, mudou demais a vida do Caio!”,
conta a mãe Rosana Alves.
Logo após nascer, Caio teve uma complicação de saúde que deixou
sequelas com atrasos de coordenação motora e uma deficiência auditiva de
75%. Hoje ele é exemplo para os amigos e dá show no futebol do bairro.
Para conhecer o pessoal da Turma do Bairro e também o Caio e seus amigos, é só clicar no vídeo e conferir tudo:
Fonte-G1. ASSISTA VÍDEO
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