sábado, 2 de julho de 2016

Pesquisa da UFPE elege metrô como melhor meio de transporte no Recife



Nem carro, nem ônibus. No Recife, o metrô é o meio de transporte de melhor custo benefício, segundo pesquisa feita no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco. Apesar dos problemas relacionados à segurança, o modal foi apontado como o mais efetivo para usuários de todas as rendas.
Desenvolvido pela pesquisadora Jessica de Lima, o trabalho, intitulado “Transporte, velocidade efetiva e inclusão social: um estudo para o Recife”, consistiu numa análise da eficiência dos meios de transporte utilizados por pessoas de diferentes classes sociais que estudam ou trabalham no Bairro do Recife, no centro da capital pernambucana. Incentivar o uso de transporte coletivo foi um dos objetivos do projeto.


A partir da análise socioeconômica dos usuários, foram calculadas as velocidades efetivas de carro, moto, ônibus, metrô, bicicleta e deslocamento a pé. De acordo com o critério utilizado pela pesquisadora, foi possível estimar quantas horas por dia o usuário precisa trabalhar para pagar pelo modal utilizado. Se a relação custo/renda for 1, o trabalhador terá que utilizar toda a renda para pagar pelo transporte. Caso seja 0,1, será preciso gastar 10% do salário; caso seja 0,2, o trabalhador terá que desembolsar 20% da renda.
Para todos os níveis socioeconômicos que integraram o estudo, o metrô foi eleito o modal de melhor desempenho, com tarifa baixa, de R$ 1,60, e velocidade média de 41 km/h. A pesquisadora, no entanto, ressalta que o resultado foi obtido apesar dos problemas relacionados à segurança nos trens e nas estações. Segundo Jéssica, o meio de transporte tem uma velocidade efetiva considerada boa, mas passa por uma crise substancial.
A bicicleta e o deslocamento a pé variaram entre o segundo e terceiro lugares em diferentes níveis de renda. O carro, no entanto, foi considerado o meio de transporte de pior eficiência, com velocidade média de apenas 12,5km/h e custos fixos e variáveis que totalizam R$ 10.124, a serem pagos anualmente. Os congestionamentos quilométricos na cidade também contribuíram para fazer do meio de transporte um modal menos eficiente para os entrevistados.
Diante dos números, o trabalho ainda sugere políticas públicas de inclusão social para ampliar o acesso da população a meios de transporte efetivos. Investimentos de infraestrutura no transporte público de média e alta capacidade, como o BRT, VLT e metrô, integram o grupo de sugestões. A criação de ciclovias e a recuperação de calçadas da cidade também foi um ponto citado pela pesquisadora.

FONTE-G1 PE

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