Mattheus (esq.) ao lado de Yanick (dir.) na sala de aula (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
Yanick Gabriel Lopes tem 11 anos e cursa o 5º ano do Ensino Fundamental
em uma escola particular de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A mãe
descobriu que ele é autista quando o menino começou a estudar. A
psicóloga da instituição aconselhou a costureira Valquíria Lopes a
buscar orientação. Ao receber o diagnóstico, ela chegou a pensar em
tirar o garoto das aulas. Hoje, a mãe percebe que a escola trouxe
benefícios para o filho. Em todo o Brasil, é comemorada a Semana
Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla.
"Eu achava que ele não iria ficar, mas foi só um pensamento. As pessoas
me diziam que ele tinha condições, até a professora dele. [Yanick]
mudou muito. No início ele não gostava de ser tocado. Agora ele abraça, é
carinhoso, sabe expressar", contou Valquíria.
Yanick foi diagnosticado com autismo ao ingressar
na escola (Foto: Reprodução/TV Asa Branca)
O menino frequenta as aulas sem a presença de uma cuidadora. Para
enfrentar o desafio, ele contou com a ajuda dos professores e colegas de
turma. "Eu acompanho a turma desde que eles estavam no 2º ano. Desde a
chegada de Yanick aqui, a turma sempre interagiu. Ele foi bem acolhido.
Eles [os colegas de classe] estão sempre ajudando, sempre conversando",
revelou a professora Prisicla Garcia.
Há momentos nos quais Yanick não quer fazer as atividades de classe. O
estudante Mattheus César, de 10 anos, revelou qual é a estratégia para
ajudar o colega. "Eu digo que se ele fizer a tarefa, eu brinco com ele",
disse. Para o aluno Lucas Gabriel Silva, de 10 anos, "Yanick é um amigo
de todo mundo".
Importância da escola
Azena Silva é cuidadora de Yasmin, de 16 anos. A adolescente tem um
problema neurológico que prejudicou a fala e o desenvolvimento
educacional dela. As duas passam toda a aula juntas. A cuidadora é
importante para a integração de Yasmin com a escola. "O ingrediente
especial que a gente tem que dar é o amor. Cada gesto, cada palavra,
cada atitude deles já consideramos como um grande avanço", disse Azena.
A psicóloga Karla Guimarães explica como a frequência na escola ajuda
as crianças e adolescentes com necessidades especiais. "Os pais, quando
inserem uma criança que possui alguma limitação no contexto escolar, não
trabalha somente a questão do desenvolvimento da aprendizagem, mas
também a socialização, a lidar com limites, e desenvolver justamente os
aspectos que ela tenha habilidade e tentar intervir naqueles que ela não
alcança", ressaltou.
Fonte-G1
VEJA VÍDEO http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2016/08/agora-ele-abraca-diz-mae-de-autista-apos-crianca-entrar-na-escola-em-pe.html
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