Foto:
Daniel Zappe / CPB
A
disputa é entre duplas, mas a equipe é formada por três pessoas, dois
titulares e um reserva. Dirceu Pinto e Eliseu Santos buscavam o
tricampeonato paraolímpico na bocha. Marcelo Santos, irmão de Eliseu,
ainda não tinha medalhas. Mas na final da classe BC4, disputada na tarde
desta segunda-feira, os eslovacos Michaela Balcova e Samuel Andrejcik
levaram a melhor e ganharam por 4 a 2.— Nossa meta era ficar entre os três. Lutamos pelo ouro, mas a dupla da Eslováquia não se desconcentrou em nenhum momento — comentou Dirceu, logo acrescentando:
— A prata também é excelente.
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Na decisão contra os europeus, jogaram Marcelo e Eliseu. Os brasileiros saíram vencendo, abrindo 2 a 0 na primeira rodada — são quatro ao total. Na segunda, Michaela e Samuel empataram em 2 a 2. E nas duas seguintes marcaram mais um ponto em cada, fechando em 4 a 2.
— Jogamos o que a gente sabia, era o momento deles — lamentou Marcelo.
Os irmãos Santos, assim como Dirceu, têm distrofia muscular progressiva. A doença degenerou alguns músculos e colocou os dois em uma cadeira de rodas. Para que a patologia não evolua mais, eles fazem tratamento e fisioterapia. No esporte, encontraram alegria e vontade de vencer.
— Fiquei três anos sem sair de casa, a bocha mudou minha vida — enfatizou Dirceu.
— Queremos abrir portas para as pessoas com mobilidade reduzida — concluiu Marcelo.
*ZHESPORTES-
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