Renata Aleixo não escondeu a tristeza em ter sido impedida de entrar em um ônibus adaptado com a filha cadeirante
em Salvador. A mulher contou que chorou após a confusão e só conseguiu
chegar em casa por volta das 20h30, após ter ido para a praia e não
conseguir embarcar no coletivo.
— É difícil e, muitas vezes, humilhante.
Acostumada com as dificuldades em transportar a filha de 14 anos, que
nasceu com microcefalia e paralisia cerebral, a mulher diz que falta
cultura e educação na população.
— Eles fazem isso para excluir, para eu falar assim: "não vou mais para
praia com minha filha porque fulano de tal me humilhou, que o elevador
estava quebrado". Só que eu contrario tudo isso, eu vou e domingo vou
estar lá de novo.
Uma equipe de reportagem da Record Bahia flagrou o momento em que Renata
tentou pegar um ônibus, no domingo (23), na altura do Sesc, no bairro
de Piatã. A mulher queria voltar para casa da praia com a filha, mas o
coletivo estava cheio e até o espaço destinado à pessoas com deficiência
estava ocupado por passageiros sem deficiência.
Depois de muita insistência da mãe, que esbravejava que a filha tinha
direito, por lei, de ser transportada, o motorista desceu do ônibus para
ligar o elevador, mas o equipamento não funcionou.
O motorista contou que os passageiros começaram a gritar e fazer
algazarra dentro do coletivo e ele preferiu sair do local sem embarcar
mãe e filha.
O secretário de mobilidade urbana, Fábio Mota, afirmou que todos os
ônibus são equipados com elevador e a cadeirante não foi transportada
porque o veículo estava muito cheio.
— A culpa é dividida. O rodoviário, por não ter chamado a polícia para o
cumprimento de uma lei que dá acesso ao cadeirante ao transporte, e a
população, que estava em cima do elevador e que não permitiu que o
acesso fosse feito.
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