sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Central ajuda deficientes auditivos a terem mais autonomia no cotidiano

 Um serviço de acompanhantes que dominam libras, a língua brasileira de sinais, está facilitando a vida de surdos e mudos de Teresina, no Piauí.
Mônica tem 33 anos, é deficiente auditiva e está desempregada. A busca por uma vaga no mercado de trabalho não está fácil. Além da crise econômica, ela ainda enfrenta outra dificuldade: a barreira da comunicação.
Para sair em busca de um emprego, ela precisa da ajuda da mãe ou do filho, que nem sempre estão disponíveis, já que a dona Francisca trabalha o dia inteiro e o pequeno Matheus passa boa parte tempo na escola. Mas o menino quer ver essa realidade mudar. “É um sonho de nós dois, porque ela também quer um emprego e meu sonho é ver ela trabalhando”, conta Matheus Alves.
Para que esse sonho se transforme em realidade, Mônica está contando com uma importante ajuda. E é com o auxílio do celular que esse apoio começa. Do outro lado, está uma interprete de libras - a língua brasileira de sinais.
Em Teresina, há quase três anos foi criada uma Central de Libras, que oferece gratuitamente o serviço de intérprete para pessoas com deficiência auditiva. “Nós fizemos o credenciamento para atender 100 pessoas por mês. E hoje nós atendemos mais de 300 pessoas por mês”, conta Regina Lima, coordenadora da Associação de Deficientes Auditivos.
A maioria dos atendimentos, na Central, é para uma consulta médica. Sem a presença do intérprete, a comunicação entre paciente e profissional seria bem difícil.
“A Claudemira precisa muito do interprete, porque na família da Claudemira não sabem, fazem muitas mímicas, mas não entendem muito a Claudemira. Então ela precisa de ajuda, e sempre está à procura de um intérprete para ajudar em qualquer situação”, diz a intérprete Maria de Lourdes Ribeiro.
No Brasil, quase 10 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência auditiva. Isso representa 5% da população. No Piauí, são cerca de 186 mil pessoas com o problema.

“A grande dificuldade do surdo, de um a dez, é compreensão. E a pessoa que não convive com o surdo não sabe o como é difícil ele se relacionar com as pessoas”, destaca Regina Lima.
“É muito difícil. Só quem tem é que sabe o quanto é difícil. E, com intérprete, você pega, você tira o peso de suas costas, é um alívio”, diz a dona de casa Francisca Clara de Macedo.



FONTE-G1 VEJA VÍDEO

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