domingo, 31 de janeiro de 2016

Pesquisadores desenvolvem elevador de baixo custo para deficientes no Amazonas

Equipamento conseguiu reduzir o preço final em 63,15% se comparado ao produto da líder de mercado



MANAUS - Um elevador de baixo custo e fácil instalação para pessoas com deficiência está sendo produzido por pesquisadores no Amazonas. O equipamento que utiliza componentes 100% nacionais e mão de obra local conseguiu reduzir o preço final em 63,15% se comparado ao produto da líder de mercado.

Com o apoio do Governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam),  o elevador tem previsão de conclusão até o segundo semestre de 2016. Outro ponto positivo da ferramenta é que não demanda muitas obras civis para instalação. Podendo utilizar qualquer espaço disponível que possua as dimensões da plataforma onde a pessoa de mobilidade reduzida fica durante a subida e descida do elevador (1,20 x 0,80 m). Com mínimas modificações, a instalação do equipamento é feita com parafusos no chão. 

“Um elevador tradicional destinado a vencer o mesmo desnível precisa de um poço com 3 metros de profundidade, enquanto o nosso precisará de apenas 30 cm. Apesar da redução de custos, reduzimos nossa margem para ter um produto que atenda as pessoas com menos recurso financeiro, além de já termos estudado as possíveis isenções aplicadas para pessoa física”, disse Gil Filho, um dos responsáveis pelo projeto.

Com a ideia de reduzir os custos e atingir uma parcela da população que hoje não pode adquirir este tipo de equipamento, além de dar uma opção às empresas que precisam se adequar às leis de acessibilidade, o elevador possui ampla aplicação, já que pode ser utilizado em instituições bancárias, residências, órgãos públicos, embarcações, comércios, indústrias, hospitais, hotéis, escolas, cinemas, teatros, campos de futebol, clínicas etc.  
De acordo com o pesquisador, por conta da utilização de um motor elétrico de baixa potência, também é possível acioná-lo através de baterias, aumentando a independência do sistema e os locais onde possa ser instalado. 

 A utilização de mecanismo pantográfico, nunca adotado para este fim. Com isto eliminamos cabos, correias, polias, redutores, e muitos outros itens de um elevador convencional, possibilitando utilizarmos uma estrutura mais esbelta, o que reduz o peso e a quantidade de material empregado na fabricação”, disse o pesquisador.

Outro detalhe que diferencia o elevador do modelo tradicional é a inovação incremental devido à alteração das características das plataformas de elevação existentes no mercado. Por meio de uma inovação radical baseada na ampliação da finalidade dos elevadores pantográficos, até então nunca utilizados para atender pessoas com mobilidade reduzida, segundo o pesquisador.  “Em nossa vasta pesquisa não encontramos equipamentos idênticos em nenhum lugar do planeta Terra. No caso de plataformas pantográficas tradicionais, não há fabricantes nacionais. Há equipamentos com o mesmo propósito e voltados à acessibilidade, mas que utilizam o mecanismo tradicional, porém não encontramos fabricantes na região Norte do Brasil”, disse Gil Filho.

O pesquisador contou que com a produção do elevador, a equipe pretende ampliar o mercado com outros produtos, como as plataformas pantográficas (sem fabricantes nacionais) e os elevadores pantográficos para carros (sem fabricantes regionais).

O elevador de baixo custo e ampla aplicação é um dos 40 projetos aprovados no âmbito do Programa Sinapse da Inovação. Fruto da parceria firmada entre a Fapeam com a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), que visa transformar os resultados de projetos de pesquisa de universidades e instituições de ciência, tecnologia e inovação em produtos inovadores competitivos, além de fortalecer o empreendedorismo inovador.

“O apoio do programa Sinapse da Inovação  da Fapeam foram imprescindíveis no andamento de nossa pesquisa. Sem este projeto, não teríamos recursos financeiros para tirar esta ideia do papel. Além disto, os cursos e palestras a que tivemos acesso durante este percurso, nos incentivaram a participar de eventos e projetos de empreendedorismo”, disse.

Este foi o primeiro projeto de empreendedorismo que a equipe participou. Com o ingresso no programa Sinapse da Inovação, eles buscaram outros programas de incentivo à inovação, chegando inclusive à semifinal no prêmio Santander Universidades, ficando entre os 45 melhores dentre os mais de 26 mil inscritos no Brasil. “Posso também dizer que o Sinapse, nos incentivou não só neste projeto, mas também nos fez trabalhar em outros três projetos de inovação que deveremos colher frutos já em 2016”, disse o pesquisador.

FONTE-PORTAL AMAZONIA

Na Alemanha, a acessibilidade está em toda a parte

Conheça 10 cidades alemãs que eliminaram barreiras e facilitam a deficientes e pessoas com baixa mobilidade fazer turismo e andar pelas ruas ou de transporte público


Brasileiros que viajam à Alemanha, em especial aqueles com mobilidade reduzida, costumam fazer altos elogios à boa acessibilidade de suas cidades. Exemplo? Bondes com piso baixo que facilitam o acesso ao transporte público de cadeirantes, idosos e crianças; sistemas de orientação para cegos e pessoas com baixa visão em espaços públicos como museus, estações do transporte e pelas ruas; visitas guiadas, adaptadas a deficientes, que incluem experiências sensoriais; isso tudo, além, é claro, de calçadas bem feitas, niveladas e sem obstáculos.

Essa percepção de um lugar 100% acessível se confirma agora na página Cidades Mágicas do portal de turismo Germany Travel. O site (veja em http://www.germany.travel/pt/ms/magic-cities/topicos/acessibilidade/acessibilidade.html) destaca esta semana o turismo sem barreiras em dez importantes cidades alemãs: Dresden, Düsseldorf, Frankfurt, Hamburg, Hannover, Köln, Leipzig, München, Nürnberg e Stuttgart.

Além de destacar o que cada local oferece como atração ao visitante, a página traz um mapa interativo para cada uma destas cidades. Você ficará sabendo, por exemplo, que no transporte público de Dresden todos os ônibus e cerca de 90% dos bondes são de piso baixo e mais de um terço de todas as paradas são sem barreiras. E que em Hamburgo, pontos históricos como Speicherstadt (cidade dos armazéns), ou o novo HafenCity, são acessíveis por transporte público, tanto de dia como à noite. Além disso, os ônibus todos têm piso baixo, com técnica de inclinação e rampas.

Leia também:
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Fonte-MOBILIZE

sábado, 30 de janeiro de 2016

Cadeirante toca em bateria de bloco como 'terapia' para superar acidente

Rodrigo Bottini é um dos 220 batuqueiros do Bangalafumenga de SP.
Ele toca surdo no bloco, onde também conheceu a mulher.

Na manhã deste sábado (30), o analista financeiro Rodrigo Bottini, de 40 anos, encara seu quarto carnaval como um dos 220 batuqueiros do bloco carioca Bangalafumenga. Cadeirante há oito anos, Bottini entrou na oficina paulistana de percussão do cordão, em 2012. Apaixonado por música e carnaval, ele buscava uma atividade que pudesse unir os dois interesses e ainda repelir qualquer tipo de tristeza.
“Eu estava atrás de fazer algo diferente e o bloco me serve como terapia também. Tem dias que você está mais pra baixo, e ali você esquece do mundo lá fora e passa viver aquele som da bateria. Fazer música é muito legal. Você se sente parte de algo muito importante”, conta.
Rodrigo sofreu um acidente em 1998, na casa de amigos, durante uma brincadeira na piscina. Desde então, investe em atividades físicas que estimulem sua reabilitação.


Na oficina do bloco, gamou no surdo de segunda –instrumento que dá a marcação à bateria. “Sempre gostei do barulho, da musicalidade, e resolvi tocar surdo. Lá eu soube que eram três tipos, escolhi o de segunda aleatoriamente e, desde então, não parei mais. Foi paixão à primeira vista”, brinca.
Mais tarde, a bateria ainda lhe renderia um segundo amor. Foi na folia de 2013 que ele decidiu transformar a amizade com uma das colegas de batuque em romance. “Entrei na bateria em março e ela em agosto. Ela foi tocar o mesmo instrumento que eu tocava, começamos a ficar amigos. Eu já estava querendo mudar essa história e ela nem imaginava. Foi um processo longo."
O roteiro da conquista começou com uma viagem relâmpago para curtir o desfile do Bangalafumenga no Rio. Bottini comprou as passagem e não teve escapatória. “A gente foi de avião, comprei para mim e para ela e lá a gente começou a ficar mais amigo, passamos o dia todo junto. Quebrou um pouco do gelo e do preconceito. Era tudo novidade para ela. Ela nunca tinha saído com alguém na minha condição.”



Na oficina do bloco, gamou no surdo de segunda –instrumento que dá a marcação à bateria. “Sempre gostei do barulho, da musicalidade, e resolvi tocar surdo. Lá eu soube que eram três tipos, escolhi o de segunda aleatoriamente e, desde então, não parei mais. Foi paixão à primeira vista”, brinca.
Mais tarde, a bateria ainda lhe renderia um segundo amor. Foi na folia de 2013 que ele decidiu transformar a amizade com uma das colegas de batuque em romance. “Entrei na bateria em março e ela em agosto. Ela foi tocar o mesmo instrumento que eu tocava, começamos a ficar amigos. Eu já estava querendo mudar essa história e ela nem imaginava. Foi um processo longo."
O roteiro da conquista começou com uma viagem relâmpago para curtir o desfile do Bangalafumenga no Rio. Bottini comprou as passagem e não teve escapatória. “A gente foi de avião, comprei para mim e para ela e lá a gente começou a ficar mais amigo, passamos o dia todo junto. Quebrou um pouco do gelo e do preconceito. Era tudo novidade para ela. Ela nunca tinha saído com alguém na minha condição.”

Fonte-
Lívia MachadoDo G1 São Paulo

Homem cria braço mecânico com sucata

Especialistas, no entanto, duvidam que artefato seja comandado por ondas cerebrais, como afirma inventor.

 

Wayan Sumardana vive em um pequeno povoado de Bali, na Indonésia. Ele tem 31 anos e foi apelidado de Homem de Ferro.

CLIQUE AQUI PARA VER O VÍDEO
Há seis meses ele perdeu o movimento do braço, após um derrame, e resolveu construir um membro mecânico para voltar a trabalhar.
Ele afirma que sinais cerebrais comandam o artefato. Mas especialistas duvidam.

Fonte-G1

Criança usa capacete devido a crises e receberá remédio à base de canabidiol

José Bernardo da Silva Neto tem oito anos e foi diagnosticado com Síndrome de West e paralisia cerebral quando tinha poucos dias de vida. A família mora em Jupi, no Agreste, e a dona de casa Silvânia Oliveira, mãe do menino, optou por colocar um capacete no garoto para evitar sequelas na cabeça após as convulsões - que chegam a até 100 por dia. Para tratar a criança, a Justiça Federal determinou que o Governo de Pernambuco forneça um medicamento à base de canabidiol.
O remédio é importado e o custo do tratamento para a família seria de R$ 33 mil por ano. "Senti alívio e a esperança renasceu quando soube que meu filho usaria o medicamento. Cada crise dele é como se fosse em mim", revela a mãe.


De acordo com o Ministério da Saúde, a doença "é caracterizada por um tipo específico de crise epilética denominada espasmos epiléticos". Ao G1 a mãe da criança diz que "Bernardo chega a ter 100 crises por dia". Ela também é mãe de duas meninas, uma de seis e outra de dois anos. "Elas interagem muito com ele, brincam e fazem companhia", diz.
"Com poucos dias de vida eu percebi que Bernardo tinha algumas crises [epiléticas]. Nas ultrassonografias, o médico dizia que estava tudo bem, que o bebê era saudável. O problema veio quando forçaram o parto normal por muito tempo e só depois resolveram fazer a cesariana. A síndrome e a paralisia foram consequências desse erro. Ele ainda ficou 15 dias na incubadora e teve uma parada cardiorrespiratória", lembra Silvânia Oliveira. O menino não fala e começou a andar há pouco tempo, mas frequenta a escola regular e está no 3º ano do Ensino Fundamental.

Silvânia era agricultora, mas parou de trabalhar para dar mais assistência ao filho. O marido dela é agricultor e também vende doces. Ela diz que Bernardo tem crises epiléticas até quando dorme. Há espasmos em que ele pisca muito os olhos, em outros roda a cabeça sem controle ou cai e fica paralisado. Devido às quedas os dentes do menino são quebrados e a mãe optou por ele usar um capacete para não machucar a cabeça.

 A dona de casa conta que começou a lutar pelo tratamento de José Bernardo quando o menino tinha oito meses. Um pediatra foi quem diagnosticou que a criança tinha crises convulsivas e, como na época não havia neuropediatra nas cidades mais próximas à Jupi, Silvânia decidiu procurar um especialista em Caruaru, também no Agreste. "Apesar do acompanhamento, as crises continuavam. Eu não percebia nenhuma melhora nele", diz.

José Bernardo começou um tratamento no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), em Recife, mas também não obteve o êxito esperado, segundo a mãe. Ela chegou a levá-lo para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo. Na unidade de saúde foi passada a dieta cetogênica para o menino. De acordo com Silvânia, o intuito era o de tratar a síndrome por meio deste método.

"Durante a dieta ele teve uma gripe e ficou dois dias sem abrir os olhos. O médico disse que era uma pneumonia grave por causa da dieta que era muito rigorosa", explica a mãe de José Bernardo. Segundo a Associação Brasileira de Epilepsia, a dieta cetogênica é terapêutica e calculada com base na altura, idade e peso da criança. "Quando ingerida permite uma incompleta queima das gorduras pelo fígado resultando em corpos cetônicos no sangue e urina", informa a associação.


Depois deste tratamento, Silvânia Oliveira decidiu levar o filho para o neuropediatra Milton Garcia, em Garanhuns. Foi o médico quem deu toda a documentação comprovando a doença de Bernardo para que ela entrasse com o processo no MPF. "Ele me falou do remédio à base de canabidiol e eu comecei a correr atrás", diz.

Após o diagnóstico do médico, Silvânia solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para a compra do medicamento e, em seguida, entrou com o processo no MPF para que o governo do estado custeasse o remédio. Como o medicamento vem dos Estados Unidos, a mãe de Bernardo teria que pagar cerca de R$ 20 mil por uma quantidade de remédio que duraria três meses.

"Quando Bernardo começar a usar o remédio, vou ter que enviar a cada três meses um laudo para a Anvisa para mostrar que o medicamento está funcionando nele. Esta é uma das normas para que eles autorizassem a utilização do remédio", conta a mãe.
O medicamento
O canabidiol é uma substância presente na Cannabis sativa, planta utilizada para a produção da maconha. "Apesar de usarem a Cannabis para produzir a maconha, o canabidiol não causa dependência na criança que faça uso do medicamento feito à base dele. Isso porque selecionam apenas os princípios ativos antiepiléticos presentes na planta para fazer o remédio", explica o neuropediatra Milton Garcia.
O especialista que diagnosticou a doença de José Bernardo ainda destaca que a Síndrome de West prejudica todo o desenvolvimento da criança. "É como se o cérebro trabalhasse atordoado o tempo todo. Então eles não consegue aprender ou se desenvolver", diz.

Fonte -G1 Caruaru e região

Criança com 30 convulsões ao dia tem 5 crises em 60 dias após canabidiol

Raquel Daniele mora em Jupi e chegou a ter 137 convulsões em 12 dias.
Menina de seis anos tem autismo e é portadora da Síndrome de West.

 

Há dois meses Raquel Daniele Ferreira, de seis anos, utiliza um medicamento à base de canabidiol como tratamento da Síndrome de West. A menina mora com a família em Jupi, no Agreste de Pernambuco, e já chegou a ter 137 convulsões em 12 dias e 30 espasmos em 24 horas. Mas, após o uso do remédio, ela teve cinco crises em dois meses. "Saber que existia uma medicação que poderia trazer o alívio à minha filha foi a maior alegria que eu tive", diz a autônoma Ivanise Ferreira, mãe da menina.

"Antes eu morava num sítio, mas por causa da doença da minha filha, aluguei uma casa em Jupi para facilitar o tratamento dela. Os familiares me ajudam bastante a cuidar dela. O remédio nos trouxe um alívio muito grande. Quando um filho sofre, a mãe sofre junto. Mas agora eu não sofro mais. Para as mães com os filhos na mesma situação que a minha, eu digo que é necessário ter força, fé em Deus e nunca pensar em desistir", ressalta Ivanise.

Raquel começou a apresentar os sintomas da síndrome com três meses de vida. A mãe a levou para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), em Recife, onde a menina iniciou o tratamento. "Eu não tive problemas no parto. Raquel parecia um bebê saudável, mas ela foi diagnosticada com essa doença. Ela também tem autismo", conta a mãe.
Hoje a menina é acompanhada pelo neuropediatra Milton Garcia, que falou do medicamento à base de canabidiol para a mãe de Raquel. Após saber da existência do remédio, Ivanise Ferreira disse que iria "buscar o medicamento em qualquer lugar para ver a filha bem".
A autônoma procurou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) depois de ter a documentação que comprova a doença de Raquel para obter a autorização para a compra do remédio. "Depois eu fui até o MPF [Ministério Público Federal] para que o governo do estado custeasse o canabidiol", explica.


Em setembro de 2015, uma decisão judicial obrigou o governo estadual a cobrir os gastos do medicamento. A menina começou a usar o remédio em óleo, mas o resultado não foi positivo. De acordo com a mãe, as crises passaram a ser mais intensas, embora a quantidade tenha diminuído. Ivanise contou ao G1 que no mês de novembro o medicamento chegou em pasta. "Coloco uma determinada quantidade da pasta numa colher e diluo no azeite de oliva extra virgem. Ela toma uma vez por dia. Depois disso, ela só teve cinco crises em dois meses", comemora a mãe.
Os espasmos de Raquel são como um choque e duram poucos segundos. A menina não fala e começou a andar com dois meses. A autônoma lembra que a filha, aos três anos, cantava e contava os números. Mas após as crises aumentarem, ela não conseguiu mais falar. Raquel frequenta a escola regular e está no 1º ano do Ensino Fundamental.

O medicamento
O canabidiol é uma substância presente na Cannabis sativa, planta utilizada para a produção da maconha. “Apesar de usarem a Cannabis para produzir a maconha, o canabidiol não causa dependência na criança que faça uso do medicamento feito à base dele. Isso porque selecionam apenas os princípios ativos antiepiléticos presentes na planta para fazer o remédio”, explica o neuropediatra Milton Garcia.
O especialista ainda destaca que a Síndrome de West prejudica todo o desenvolvimento da criança. “É como se o cérebro tralhasse atordoado o tempo todo. Então eles não consegue aprender ou se desenvolver”, diz.

fonte-G1 Caruaru e região

Claudia Rodrigues faz quimioterapia e transplante de células-tronco para curar esclerose múltipla

Afastada há dois anos da TV para tratar da esclerose múltipla, a atriz Claudia Rodrigues, de 44 anos, foi submetida a um transplante de células-tronco. Antes da cirurgia, ela foi submetida a um rigoroso processo de preparação por quatro meses, que incluiu sessões de quimioterapia. Durante o tratamento, ela teve que raspar a cabeça. Segundo a assessoria de imprensa da artista, ela está em casa, no Rio de Janeiro, em repouso absoluto.
“Ela está bem, mas não pode sair ainda, porque vai ter que tomar todas as vacinas. Ainda não podemos dar mais detalhes ou entrevista”, limitou-se a dizer a representante de Claudia

 O transplante de células-troncos foi indicado pelos médicos que cuidam de Claudia. Existem casos comprovados de cura total através desse tratamento.
O cabelo da artista começou a cair por conta das seis sessões de quimioterapia que ela foi submetida, uma para retirar as células e cinco para receber as receber células novas. Claudia, então, optou por raspar a cabeça por completo.
Ainda em recuperação, Claudia recebeu a visitas de amigos. Numa imagem postada no Instagram do apresentador Geraldo Luis, ela aparece com o novo visual após o tratamento.
A atriz descobriu a doença em 2000 e chegou a ficar internada em junho do ano passado num hospital em São Paulo, após sentir um mal-estar. Na ocasião, ela gravou um vídeo para informar que estava bem.

Atriz aluga apartamento no Rio
Desempregada, Claudia está alugando um dos dois apartamentos que possui na Gávea, Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da artista.
Ela colocou o imóvel no site "Airbnb", que reúne anúncios do mundo inteiro e fez a propaganda no próprio perfil no Facebook. Mas quem aparece como locadora é sua empresária Adriane. O apartamento possui três quartos com vários beliches e pode abrigar até dez pessoas.
Claudia oferece aos hóspedes dez camas, tv a cabo, internet, ar condicionado e máquina de lavar e cobra R$ 2 mil a diária. Existe ainda uma taxa de limpeza de R$ 200. Ainda há vagas para as férias, carnaval e Olimpíadas.

fonte-Extra.globo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Governo diz que pagará bolsa mensal a famílias de bebês com microcefalia

Benefício será pago a famílias com renda per capita de até R$ 220 por mês.
Dinheiro sairá de fundo que auxilia pessoas com algum tipo de deficiência.

 

 

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou nesta quarta-feira (27) que mães de crianças diagnosticadas com microcefalia podem se inscrever no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O auxílio tem o valor de um salário mínimo por mês e é normalmente concedido a idosos com mais de 65 anos que não recebem aposentadoria e a pessoas diagnosticadas com um algum tipo de deficiência.


Desde o fim do ano passado, milhares de casos de microcefalia começaram a ser registrados no país. O governo aponta o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da febre chikungunya, como responsável por transmitir o zika vírus, responsável pela microcefalia em bebês.
Conforme o Ministério do Desenvolvimento Social, o pagamento do BPC corresponde a um salário mínimo e só pode recebê-lo quem possui renda per capita familiar inferior a um quarto de salário mínimo, atualmente em R$ 220.
Segundo o MDS, o benefício também só é pago a quem for atestado pelo INSS com algum tipo de deficiência (que é o caso da microcefalia) e quando a família comprovar que tem dificuldades financeiras.
O BPC, no caso das crianças com microcefalia, é pago ao responsável pela criança, geralmente um dos pais. Se o menor de idade não tiver um responsável legal, um juiz deverá determinar quem receberá os recursos.
O benefício foi criado em 2007, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No comunicado em que anunciou a aplicação do BPC a casos de microcefalia, o MDS não divulgou o orçamento do programa previsto para este ano.
Repelente
Nesta quarta, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Marcelo Castro (Saúde) se reuniram no Palácio do Planalto com fabricantes de repelentes de mosquitos que podem ser usados contra o Aedes aegypti. Segundo o governo federal, serão distribuídos repelentes a grávidas que sejam beneficiárias do Bolsa Família, estimadas em cerca de 400 mil mulheres.
Além da decisão relacionada aos repelentes, o governo também deve propor que os estados adotem o mesmo sistema que Goiás vem utilizando, por meio do qual é possível monitorar em tempo real casas, ruas e bairros visitados pelas equipes de vigilância.
Na última segunda, a presidente Dilma Rousseff discutiu com seis ministros no Palácio do Planalto campanhas publicitárias voltadas à conscientização da população sobre formas de combater o Aedes aegypti e impedir sua proliferação.
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro, na próxima sexta (29), Dilma participará de videoconferência com governadores para discutir medidas de combate ao Aedes aegypti.

FONTE-G1

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Fotos de pessoas com deficiência são fixadas em vagas exclusivas no RS


Placas instaladas questionam os motoristas: 'trocaria de lugar comigo?'.
Criador do projeto é vereador de Sapiranga e portador de deficiência.


Um projeto busca conscientizar motoristas sobre uso indevido de vagas exclusivas para portadores de deficiência em Sapiranga, no Vale do Sino, Rio Grande do Sul. A ação espalha placas com fotos de pessoas com deficiência e questiona os motoristas: "trocaria de lugar comigo?", como mostra reportagem do Jornal do Almoço

As placas foram instaladas em 40 pontos da cidade, com autorização provisória da prefeitura. A iniciativa é de Sandro Seixas, portador de deficiência e vereador da cidade, que luta pelos direitos de inclusão. "A placa está trazendo quase um olhar no espelho, uma volta à origem do ser humano", explica.
A secretária municipal de Segurança Urbana e Mobilidade Pública de Sapiranga, Janete dos Santos, aprova a medida. "Melhorou bastante. Eu observo que as pessoas estão respeitando bem mais o espaço, estão se conscientizando que realmente é necessário respeitar esse espaço", conta.
Só em Porto Alegre, de janeiro a outubro de 2015, foram registradas 763 autuações por estacionamento em áreas reservadas. A situação se repete em todo o Brasil, levando o governo a aumentar o valor das multas e penalidades pela infração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) já anunciou que vai fiscalizar o uso indevido em 2016.

FONTE- G1 VEJA VÍDEO

Caruaru tem 46 casos suspeitos de microcefalia, diz Secretaria de Saúde

Foram notificados 46 casos suspeitos de bebês com microcefalia em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, de 1º de agosto de 2015 a 16 de janeiro de 2016. Os dados foram divulgados na terça-feira (19) pela Secretaria de Saúde estadual. A pasta não informou quantos casos foram confirmados no município. No estado, exames de imagens constataram 123 bebês com a malformação.


Ao todo, Pernambuco notificou 1.306 casos suspeitos de microcefalia. Ainda estão sendo investigados 506 casos prováveis, que atendem aos parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão internacional, apresentam a malformação os bebês que nascem com um crânio de perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros. Foram registradas também nove mortes de bebês com diagnóstico de microcefalia.
A Secretaria de Saúde informou que de 2 de dezembro de 2015 a 16 de janeiro de 2016, 584 gestantes de 69 municípios apresentaram manchas vermelhas pelo corpo. Desse total, seis grávidas apresentaram quadro de microcefalia intraútero. A assessoria da Secretaria afirmou que as manchas pelo corpo podem não significar um quadro de suspeita de dengue, chikungunya ou zika vírus, já que outros fatores podem ocasionar o sintoma (rubéola, intoxicação, alergia ou alguma outra virose). As manchas não são indicativo que a gestante terá um bebê com microcefalia.

Dengue
Desde o início deste ano, foram notificados 923 casos de dengue, o que representa um aumento de 40,92% em comparação com o mesmo período do ano passado. Três mortes que teriam sido provocadas pela doença estão sendo investigadas.
Já entre os dias 3 e 9 de janeiro, foram notificados 255 casos suspeitos de chikungunya e 200 de zika vírus. No ano passado, houve ao todo 2.605 ocorrências da primeira doença. Quanto ao zika, foram registrados 1.386 casos desde o dia 12 de dezembro de 2015, quando as notificações da doença passaram a ser obrigatórias.



Fonte-G1 Caruaru

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Aumenta o valor da multa para quem estacionar em vaga de deficiente

O valor da multa para quem estacionar em vagas exclusivas para idosos e deficientes aumentou. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a infração que antes era considerada leve, passa a ser grave, com valor de R$ 127,69 para o uso indevido de vagas de estacionamento para idosos e deficientes físicos, além de cinco pontos na carteira.
A medida passou a valer no dia 07 de janeiro e também vale para quem estacionar nas vagas especiais dentro de estabelecimentos comerciais. Atualmente, Caruaru possui 28 vagas destinadas a idosos e 22 vagas para deficientes, esses números serão ampliados ainda neste semestre. As novas regras visam gerar mais consciência, segurança e organização nas áreas reservadas.

 FONTE-Blog do Mario Flavio

sábado, 9 de janeiro de 2016

Mulher tetraplégica após acidente supera trauma e faz ensaio sensual

Uma moradora de Botucatu (SP) de 34 anos deu uma lição de superação após quase morrer em um acidente e ficar tetraplégica há 19 anos. “Fui tachada como vegetal, depois falaram que mexeria nada e não desisti, não podia ficar em uma cama para o resto da vida”, conta Letícia Mulford Costa, que posou para um blog de deficientes com um ensaio sensual e chamou muita atenção. “Mulher é mulher de qualquer forma e pode ser sensual.”



 Letícia com o marido e filho
(Foto: Letícia Costa / Arquivo Pessoal)



A gerente de relacionamento de uma agência bancária se acidentou quando tinha 15 anos e ficou tetraplégica. Ela chegou a ficar em coma por 19 dias. “Não mexia nada, só os olhos, comia por sonda, respirava por aparelhos por um ano. A evolução foi bem devagar. Fiquei revoltada, minha família sofreu muito e eu não queria mais viver”, lembra.
Com apoio de fisioterapia e da família, Letícia começou a voltar a viver.  “Tive depressão, não queria ver ninguém e um dia estava chorando e pensei: Meu Deus, quando é que você vai me fazer andar? Mas então percebi que tem um monte de gente que anda e não é feliz. E que não preciso disso, ter auto piedade não resolve”, afirma.
Superação
Letícia decidiu fazer faculdade de matemática, mas antes disso, no cursinho pré-vestibular conheceu o grande amor da sua vida. “Ele se apaixonou por mim assim e sempre me tratou normal. Como faço tudo, as pessoas até esquecem que sou tetraplégica. O duro é depender dos outros, então quando você é independente é mais fácil, não me impede de viver”. Hoje ela é casada com Gustavo Costa e tem um filho de 1,3 anos, o Luca.


A jovem já era exemplo como esposa, profissional, mãe, mas agora, depois de posar para as fotos sensuais, passou a ser exemplo de superação como mulher. “Tem muita gente que passa por coisas menores e vê que eu tenho uma vida normal. Pessoas que me veem dando a volta por cima é muito gratificante ser o exemplo.”
Para a fotógrafa Carina Galvão, que faz fotos todos os dias de várias pessoas, fotografar Letícia foi muito simples. “Não é diferente porque eu arrumo todas as pessoas e com ela não tem tempo ruim. O que eu proponho fazer, ela consegue. Ela fica linda do mesmo jeito. Cada um tem seu limite, a dificuldade é de cada um, independente de ser cadeirante”, afirma.





 Letícia fez um ensaio sensual (Foto: Carina Galvão / Divulgação)

 
FONTE-G1

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A SUPERPROTEÇÃO: UMA RELAÇÃO MALÉFICA.

A personalidade emocional da pessoa com deficiência está intimamente
relacionada à psicologia social. Em outras palavras, a interação desse
indivíduo com outras pessoas e no ambiente próprio de cada um produz
resultados que vão formando a sua personalidade.
Assim, o indivíduo portador de alguma limitação física ou sensorial será
menos limitado pela sua deficiência do que pela atitude da sociedade em
relação à sua deficiência.

Vivemos numa sociedade acostumada a procurar por máscaras de toda espécie.
O que realmente vale é evitar dor, seja física ou emocional. Somos
seduzidos por uma série de facilidades que nos poupem a vida de alguma
forma. Assim, acreditamos que a cura vem através da atuação de um remédio
externo. Com o passar do tempo, tornamo-nos cada vez mais fracos e
afastados da efetiva realidade. Isso tudo nos faz buscar por soluções
rápidas, precisas e sólidas, ainda que venhamos a ter perdas emocionais
graves a médio e longo prazo.

A superproteção se mostra quando os pais e familiares poupam os filhos de
uma série de experiências que vêem como nocivas a eles. Os superprotetores
colocam-se sempre em guarda para defender sua prole de sofrimentos que
avaliam como um mal que deva ser evitado. Porém, esse mal nada mais é do
que mero ponto de vista equivocado. Quando superprotegem, os familiares
comprometem em muito a formação do superprotegido em vários aspectos.
A forma como os pais encaram a condição do filho com deficiência depende
de vários fatores, como o tipo e o grau de limitação da criança, a
estrutura familiar, a relação do casal e a personalidade de cada um deles.

“E esse comportamento não é estático, pode mudar com o tempo.
Os pais devem ter uma visão real das limitações. Na maioria dos casos,
essa visão acaba sendo prejudicada pela conjuntura social em que vivem,
pelo amadurecimento de cada um e principalmente por aspectos culturais e
familiares. A criança precisa de estimulação, adaptações e de recursos que
facilitem sua vida, mas precisa, sobretudo, aprender, desde cedo,a
conviver com o mundo com naturalidade.”

Na prática, o que encontramos são pais e familiares que protegem seus
filhos com alguma deficiência em demasia. Esse comportamento se deve,
principalmente, ao fato de eles projetarem no filho sua própria
fragilidade diante da situação, à culpa que eventualmente sentem por terem
gerado um filho com limitações ou por não terem conseguido evitá-la e aos
sentimentos em igual proporção de amor e de rejeição, em relação à pessoa
com deficiência.

Em muitas ocasiões, os familiares acreditam, inicialmente, que a pessoa
com deficiência, devido as limitações físicas, poderá frustrar todos os
planos e sonhos que sua família projetou nela. Porém, se esquecem que isso
também ocorre com as pessoas sem deficiência alguma, quando, por exemplo,
um pai, jurista conceituado, espera que seu filho siga seus passos e o
mesmo decide se enveredar pela carreira da medicina. Entretanto, quando se
trata de alguém com deficiência, imagina-se que o campo de atuação dessa
pessoa está muitíssimo mais limitado do que realmente o é. Percebe-se
muitos casos de filhos com deficiência que superam seus pais e familiares
em inúmeros aspectos da vida, seja profissional, emocional e intelectual.
Porém, tudo vai depender da realidade a que ele é submetido e da
compreensão dos males que a superproteção pode lhe causar.

Essa superproteção faz com que a criança cresça tendo uma visão frágil de
si mesma, impede que ela conheça seus recursos e cria dificuldade para
lidar com a frustração. Isso também ocorre com filhos não deficientes, por
óbvio, mas uma criança com limitações que a distinguem das demais pessoas,
dependendo do grau de superproteção, pode não desenvolver toda a sua
capacidade cognitiva”, emocional e social. Na prática, o resultado disso
significa um prolongamento da fase infantil, dificuldades internas
seríssimas quando das mudanças que ocorrem na adolescência e,
principalmente, uma personalidade adulta cheia de percalços.

Interferir de maneira constante para suavizar o mundo para a alguém é uma
forma eficaz de diminuir a sua autoconfiança. A pessoa superprotetora
envia, sem perceber, a idéia de medo e incapacidade ao superprotegido,
fazendo com que ele acredite que é incapaz de resolver por si só, qualquer
percalço ou situação nova.
De acordo com a psicóloga Renata Trugillo,
“De uma forma geral a deficiência significa limites de ação e expansão
pessoais e, consequentemente, pode acabar por segregar o indivíduo do
convívio social afastando-o das oportunidades normais de realização
(pessoal, profissional, social, afetiva, etc.).
A pessoa com deficiência tem as mesmas necessidades de qualquer outro
indivíduo. Ele necessita ser amado, valorizado e sentir-se participante do
grupo familiar e social. Incentivado pode tornar-se um adulto integral e
produtivo.”

Assim, o Dr. Alessandro Loiola aconselha:
“Tudo bem, supervisionar seu filho é o melhor remédio para mantê-lo a
salvo. Concordo com isso. Mas saiba que mantê-lo sob sua vigilância 100%
do tempo também é a receita para produzir um adulto inseguro. Use sua
inteligência para encontrar o equilíbrio.”
Conclui-se, destarte, que aqueles pais e familiares que superprotegem seus
filhos, que fazem tudo o que podem por eles, que não permitem que eles
experimentem, por si só, as novas e diferentes situações, não dão a eles a
oportunidade de enfrentar os problemas que todos nós podemos encontrar ao
longo da vida, sejam de ordem psicológica, física ou emocional. No que diz
respeito a pessoa com deficiência, em particular, esses efeitos podem
devastar sua personalidade, interferindo diretamente na sua autoestima,
autoconfiança e na capacidade de viver e interagir com a sociedade.
Referências

·        Trugilo, Renata do Carmo de Assis. Psicologia da Diferença. Artigo
disponível em  http://www.bengalalegal.com/psico.php
– acessado em 11/12/2009.
·        Loiola, Alessandro. Pais superprotetores. Artigo disponível em http://local.artigosinformativos.com.br/Conheca_as_consequ%C3%AAncias_da_superprotecao_Cascavel_Parana-r1195101-Cascavel_PR.html acessado em  11/12/2009

FONTE-BLOG DO DINIZ

Ligação entre microcefalia e vírus zika ainda desafia cientistas

A correlação entre os casos de infecção por vírus zika e o aumento de casos de microcefalia é grande no Brasil, e cientistas trabalham já assumindo que um fenômeno é causa do outro. O mecanismo biológico por trás dessa relação, porém, ainda desafia os pesquisadores do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), da USP, que desde o mês passado trabalham em esquema de força-tarefa para estudar o vírus.


O problema é que a hipótese mais simples para explicar essa causalidade -- a possibilidade de o vírus ser capaz de atravessar a placenta e atacar o sistema nervoso de todos os fetos com que entra em contato -- deixa lacunas. Por que, por exemplo, o vírus não parece estar aumentando a incidência de microcefalia no Oeste da África, seu continente de origem? E por que os casos de microcefalia parecem ter um epicentro em Pernambuco, no Brasil?
Cientistas já sabem que a variante do zika em circulação no país passou pela Ásia antes de chegar até a América do Sul, e que durante o caminho uma mutação no DNA do patógeno pode tê-lo deixado diferente da versão original africana. Mas uma explicação sobre por que o zika provoca microcefalia em alguns casos, mas não em outros, pode ser mais complexa.
Cientistas do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), da USP, já estão realizando experimentos com camundongos para saber se o problema neurológico que tem sido visto em bebês é causado diretamente pelo vírus ou por algum tipo de reação do sistema imune – os mecanismos de defesa do organismo contra micróbios invasores.


Se for isso, aquilo que estaria atacando o cérebro e o sistema nervoso de fetos e causando microcefalia não seria o vírus em si, mas células do sistema imune que buscam destruir tecidos infectados pelo patógeno. Os mecanismos de defesa celular da mãe, então, estariam atacando o próprio bebê.
Essa possibilidade abre mais alternativas para explicar por que algumas regiões manifestam muitos casos de microcefalia ligados ao zika, enquanto outras têm o vírus e parecem não ter um aumento no nascimento de crianças com o problema.

Cientistas do Senegal treinam brasileiros
A resposta para o problema, porém, não está apenas em estudos sobre a biologia dos vírus e das vítimas, mas no contexto da epidemia que vem se espalhando pelo mundo. Para avaliar isso, o ICB abriga deste quinta-feira (7) uma equipe de pesquisadores do Instituto Pasteur de Dakar, no Senegal, onde a epidemia do zika é mais antiga, na tentativa de avaliar o problema. Os cientistas têm experiência na elaboração de diagnóstico para o vírus e vão ajudar a treinar colegas da USP nas próximas duas semanas.
Segundo o virologista Amadou Alpha Sall, líder da equipe senegalesa, é possível que uma reação imune nociva, caso exista, esteja ligada não só ao zika. Ela se deveria também à sua interação com os vários tipos de vírus da dengue, que são seus parentes próximos evolutivamente.

Possível interação com dengue
Quando um paciente é infectado por dengue pela segunda vez, por exemplo, existe o risco de ocorrência da chamada dengue hemorrágica, que causa sangramentos internos. Essa manifestação clínica da doença é caracterizada por uma reação tão violenta de células imunes contra células invadidas pelo vírus que prejudica o próprio organismo da pessoa.


É possível, dizem os cientistas, que o zika esteja provocando uma reação imune desse tipo, mas com efeito mais notável em fetos do que nas gestantes que contraem o vírus. E essa resposta mais violenta ao vírus poderia estar sendo “preparada” pelo organismo depois de contato dos pacientes o com o vírus da dengue. Como o zika aparentemente tem uma capacidade maior de penetrar a placenta e uma preferência por atacar o sistema imune, a maior vítima na hora da complicação seriam os embriões e fetos.
“Se isso for verdade, as áreas onde existe essa circulação de vários tipos de vírus ao mesmo tempo são aquelas onde a relação entre o zika e a microcefalia transpareceria mais”, afirmou Amadou, em entrevista coletiva na USP. “Na Polinésia Francesa e em Pernambuco vemos vários vírus circulando ao mesmo tempo.”

Estudos ainda são necessários
Tudo isso, contudo, ainda está no terreno das hipóteses, e só experimentos e estudos epidemiológicos com os que o ICB começou a fazer trarão a resposta. Camundongos inoculados com o vírus estão sendo monitorados pela equipe do cientista Jean Pierre Peron, do ICB, e dentro de poucas semanas pode ser que alguma pista surja sobre o problema.
Se a reação imune está por trás da microcefalia, pode ser que o mistério na distribuição de casos de microcefalia ligados ao zika esteja relacionado também ao histórico de dengue dos lugares onde ele se verifica. Evidentemente, o fato de o Oeste da África não ter se deparado ainda com o problema pode estar relacionado simplesmente à menor infraestrutura médica para monitorar problemas congênitos. Mas pode ser, por outro lado, que a ausência de dengue de certas variantes na região tenha livrado o local de potenciais interações maléficas com o zika.

Polinésia Francesa também tem zika e microcefalia
Já se sabe, de qualquer forma, que relação entre o zika e a microcefalia não é exclusividade do Brasil. O virologista Paolo Zanotto, do ICB, que lidera uma rede de 32 laboratórios que estão pesquisando o zika agora, já começou a ser notificado de outros casos. Médicos atuantes na Polinésia Francesa, no Pacífico, descobriram que os casos de microcefalia também tiveram alta ali, mas só depois de a ligação ser apontada no Brasil.

 No Taiti, foram registrados 12 casos de mães de crianças com microcefalia, e quatro delas testaram positivo para o zika”, afirmou. A ligação só foi feita no fim do ano passado, porém, depois que o problema em Pernambuco começou a atingir grandes proporções. Em uma população pequena como a da Polinésia, desvios estatísticos na incidência de doenças são mais comuns, e doze casos de microcefalia não chamaram a atenção das autoridades. O Brasil, em contrapartida, já registra mais de 3 mil – uma ordem de grandeza acima do normal –, e em números absolutos o número também chama mais à atenção.


Ainda aberto a muitas hipóteses para entender a ligação entre zika e microcefalia, o cientista afirma que até mesmo a biologia intestinal dos mosquitos pode estar por trás da distribuição regional dos casos de microcefalia. A constituição genética do Aedes aegypti varia conforme o local onde o mosquito é encontrado, e a fauna de micróbios no intestino do mosquito também. Zanotto menciona o trabalho de colegas em Sergipe, onde uma população de mosquito tem uma microbiota particularmente boa para a proliferação do vírus da dengue. Não existem, porém, ainda estudos sobre isso em outros estados.

Surto de zika no verão
Não está descartada nem a hipótese de que o vírus não tenha relação com a microcefalia, afirmam os cientistas, ainda que isso seja improvável a esta altura.
Enquanto uma explicação biológica não surge, porém, o melhor é que autoridades de saúde pública atuem como se o vírus zika seja a causa direta da microcefalia, por um princípio de precaução.
“Vamos assumir que existe uma relação causal e vamos atuar como se ela existisse”, diz Zanotto. Segundo ele, São Paulo e outros estados com grande incidência de dengue também precisam estar preparados para ver o número de casos de zika e de microcefalia subir de março a maio, quando o Aedes se prolifera mais no Sudeste. “A gente está se preparando como se fosse acontecer um surto maciço no verão.”

DO G1

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Facebook libera "API DE ACESSIBILIDADE" para desenvolvedores



Novos recursos permitem que desenvolvedores designem elementos de interface do usuário como acessíveis para programas e tecnologias assistivas
 

O Facebook quer tornar mais fácil para desenvolvedores de aplicativos criarem programas acessíveis para pessoas com deficiência visual por meio da nova atualização dos frameworks de programação para o React e React Native (bibliotecas em Java para a construção de interfaces de usuário).
Os novos recursos liberados permitem que desenvolvedores designem elementos de interface do usuário como “acessíveis”, o que possibilita programas de leitores de tela e outras tecnologias assistivas entender o que o objeto em questão é.
Aplicações usando o React Native também conseguirão descobrir se o sistema que as rodam conta com recursos de acessibilidade e ajustar a forma como as suas interfaces de usuário são configuradas de modo a torná-las mais úteis para aqueles que estão fazendo uso da tecnologia assistiva.
Usando a nova API de acessibilidade é possível que programas de leitura de tela, como o VoiceOver da Apple no iPhone e TalkBack no Android informem aos usuários sobre uma aplicação e como ela funciona. Isso torna possível para usuários com deficiência visual e outras pessoas que precisam de recursos assistivos navegarem com maior facilidade.
React e React Native são ferramentas que ajudam desenvolvedores a construírem interfaces de usuários para a Web e aplicativos mobile, respectivamente.
O React Native é uma ferramenta particularmente importante, uma vez que funciona tanto em iOS quanto Android e permite desenvolvedores reusarem o mesmo código através de diferentes plataformas.
Fonte: IDG Now

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A partir do dia 31 de março de 2016, nenhum ônibus rodoviário no País poderá ser comercializado com as cadeiras de transbordo destinadas a pessoas de deficiência.

A partir do dia 31 de março de 2016, nenhum ônibus rodoviário no País poderá ser comercializado com as cadeiras de transbordo destinadas a pessoas de deficiência. Este sistema obriga os motoristas e demais funcionários a carregarem nos braços as cadeiras com os passageiros.
A Portaria número 269, do “Inmetro – Instituo Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia” determina que no lugar da cadeira, considerada pouco prática e insegura pelo órgão, seja instalado um elevador para cadeira de rodas, como nos ônibus urbanos.
As regras valem também para ônibus turísticos e ônibus de fretamento contínuo.
Já os ônibus de dois andares (double decker) que possuem piso baixo e rampa estão fora da obrigação dos elevadores. A portaria também obriga as encarroçadoras a se adaptarem.
Para acessar:
http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC002261.pdf

Fonte-Centro de vida independente de BH

Policial finge precisar de cadeira de rodas para pegar assaltantes



Nesta semana, uma imagem causou revolta no interior de São Paulo: um cadeirante foi assaltado e atirado no chão por um jovem de 18 anos. Foi exatamente para pegar esse tipo de gente que um policial canadense se disfarçou nas ruas da cidade de Vancouver. Mas o resultado foi surpreendente.

Fonte G1 veja vídeo

domingo, 3 de janeiro de 2016

Universitários de Mogi criam cadeira de rodas que vira maca

Para uma pessoa sem deficiência física alguma, a criação de uma cadeira de rodas que se transforma em maca parece algo sem importância. Mas para os profissionais da saúde, a criação dos alunos de uma universidade de Mogi das Cruzes pode fazer toda a diferença no atendimento.

O protótipo foi desenvolvido com um custo médio de R$ 750. O professor responsável pela coordenação do projeto explica que a motivação foi social. “Nós queremos atender as necessidades do pessoal da saúde. A nossa própria universidade atende muitas pessoas na área da saúde, na fisioterapia, e nós não temos equipamento suficientes”, conta o professor Antonio Carlos da Cunha Migliano.
Segundo o professor, os alunos do curso de engenharia mecânica desenharam a cadeira e a criação tem chances de ser comercializada. “Há uma necessidade da pessoa ser atendida na própria cadeira porque em muitos lugares não há macas ou profissionais que possam ajudar no transporte do paciente da cadeira para a maca.”

A fisioterapeuta Marcia Pinez diz que a cadeira pode ajudar nos atendimentos. “Este modelo de cadeira facilita a transferência dos pacientes, já que ao inclinar a cadeira e mantê-la como maca os braços que sempre atrapalham na transferência nivelam e não corremos o risco de bater as costas do paciente.”
O modelo já é utilizado pelos alunos de fisioterapia da universidade. “Não conheço nenhum tipo deste modelo no mercado, nós nunca tínhamos visto algo semelhante”, completa.

Outras invenções
Outra novidade apresentada pelos alunos de engenharia da produção é uma bicicleta capaz de carregar aparelhos celulares. O professor Celso Pimenta diz que o processo é simples: “Um capacitador vai armazenando energia de 12 volts. Conforme a pessoa vai pedalando, a energia armazenada, de acordo com os movimentos rotativos, vai sendo transmitida para a bateria do celular. Quanto mais a pessoa pedala, mais energia ela produz e mais energia ela vai armazenando.”
Segundo o professor, o custo da bicicleta fica em torno de R$ 400. O baixo custo está associado ao uso de materiais reciclados na montagem.

Ao todo, 49 alunos estavam envolvidos na montagem de 11 bicicletas. Cada uma possui um diferencial. Além da bike capaz de recarregar celular, os alunos também desenvolveram bicicletas com assento duplo traseiro e com espaço para o transporte de deficientes físicos.
Os catadores de materiais recicláveis da cidade também inspiraram os alunos na criação de carros para recolhimento de lixo. A ideia foi desenvolver carrinhos adaptados para a necessidade de cada catador. “Pensamos em algo mais leve, versátil e prático. Nós nos atentamos as necessidades da pessoa, observando o tamanho da pessoa, do braço e assim por diante.”
Todos os nove carros criados podem suportar até 600 kg e o custo médio é de R$ 550. Os carrinhos desenvolvidos também serão doados aos catadores da cidade.

Fonte G1

sábado, 2 de janeiro de 2016

Entra em vigor neste sábado (2) o Estatuto da Pessoa com Deficiência

Entra em vigor neste sábado (2) o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que traz regras e orientações para a promoção dos direitos e liberdades dos deficientes com o objetivo de garantir a essas pessoas inclusão social e cidadania. A nova legislação, chamada de Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante condições de acesso a educação e saúde e estabelece punições para atitudes discriminatórias contra essa parcela da população.


Hoje no Brasil existem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A lei foi sancionada pelo governo federal em julho e passa a valer somente agora, 180 dias após sua publicação no Diário Oficial da União.
Menos abusos
Um dos avanços trazidos pela lei foi a proibição da cobrança de valores adicionais em matrículas e mensalidades de instituições de ensino privadas. O fim da chamada taxa extra, cobrada apenas de alunos com deficiência, era uma demanda de entidades que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência.
Quem impedir ou dificultar o ingresso da pessoa com deficiência em planos privados de saúde está sujeito a pena de dois a cinco anos de detenção, além de multa. A mesma punição se aplica a quem negar emprego, recusar assistência médico-hospitalar ou outros direitos a alguém, em razão de sua deficiência.

Veto
Um trecho que foi vetado pela presidenta Dilma Rousseff na época de sua sanção, porém, gerou críticas. O projeto de lei aprovado pelos parlamentares obrigava empresas com menos de 100 funcionários a contratarem pelo menos uma pessoa com deficiência. Atualmente, a obrigação vale apenas para as empresas com 100 trabalhadores ou mais. O veto foi considerado pela deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), relatora da proposta na Câmara, uma “perda irreparável”.


Cotas
 De acordo com o estatuto, as empresas de exploração de serviço de táxi deverão reservar 10% das vagas para condutores com deficiência. Legislações anteriores já previam a reserva de 2% das vagas dos estacionamentos públicos para pessoas com deficiência, mas a nova lei garante que haja no mínimo uma vaga em estacionamentos menores. Os locais devem estar devidamente sinalizados e os veículos deverão conter a credencial de beneficiário fornecida pelos órgãos de trânsito.


A legislação exige também que 10% dos dormitórios de hotéis e pousadas sejam acessíveis e que, ao menos uma unidade acessível, seja garantida.


Mais direitos
Outra novidade da lei é a possibilidade de o trabalhador com deficiência recorrer ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço quando receber prescrição de órtese ou prótese para promover sua acessibilidade.
Ao poder público cabe assegurar sistema educacional inclusivo, ofertar recursos de acessibilidade e garantir pleno acesso ao currículo em condições de igualdade, de acordo com a lei. Para escolas inclusivas, o Estado deve oferecer educação bilíngue, em Libras como primeira língua e português como segunda.


Fonte-Agência Brasil




Tradução