Mesmo enfrentando muitas dificuldades contou com o apoio da família. A mãe conta que ele nasceu prematuro e, que por causa de uma doença, desenvolveu alguns problemas motores que o levaram para uma cadeira de rodas.
“Ele já tinha 7 meses quando eu percebi. Eu percebi que ele não estava sentando, estava mais molinho. O neuropediatra foi pedindo os exames, pediu a ressonância e aquelas coisas todas, e ai que descobriu que tinha afetado na coordenação motora”, disse a mãe de Tulinho, Vera Lúcia Fernandes.
Mesmo assim, a família de Tulinho, como é conhecido pelos colegas, não desistiu e aprendeu com ele a não abrir mão dos sonhos. Meta que o levou para a faculdade de Direito.
“À primeira vista, o que nós nos perguntamos foi: “Será que ele terá condições de acompanhar o curso de Direito? [Sabemos] que não é um curso fácil, que tem muitas exigências, carga horária, trabalho”, disse o coordenador de graduação, Elias Kallas Filho.
Lição de vida
Justo ele que estava na universidade para aprender, acabou ensinando. “Eu aprendi a ter mais força de vontade, a superar a minha vida em muitas coisas”, contou a bacharel em Direito, Agnes Sampaio.
Como retribuição pelo aprendizado, as amigas de curso surpreenderam para Marco Túlio com um direito fundamental: a acessibilidade. “Essa mobilidade que o Marco Túlio tinha limitada, a gente ofereceu uma cadeira para ele seria o ideal e seria uma forma de agradecimento também, porque passamos cinco anos na graduação e uma forma de agradecer por tudo o que a gente tinha vivido juntos”, explicou Kaelly Cavoli Moura da Silva, bacharel em Direito.
“Eu tenho muito o que agradecer [meus colegas] por causa da história da cadeira, que fizeram aquela surpresa pra mim. Eu tenho muito que agradecer, porque graças à Deus eu sempre tive amizade com todo mundo”, disse Marco Túlio.
Ao longo da vida, o jovem venceu batalhas e ultrapassou barreiras, contrariou diagnósticos. Mas como o menino que nasceu com paralisia cerebral conseguiu tamanha façanha? “Eu aprendi que se a gente não lutar, a gente não consegue nada. Isso que eu aprendi”, contou Marco Túlio.
Orgulho da família
Hoje, bacharel em Direito, Marco Túlio segue com a mesma profissão do pai, da irmã e se tornou motivo de orgulho para muita gente. “A gente fica até emocionado e se sente realizado”, disse o pai de Tulinho.
E para quem acha que a história termina por aqui está enganado. Sempre é tempo de sonhar. “Agora eu quero prestar concurso para ganharestabilidade, uma renda boa, para trabalhar”, finalizou Marco Túlio.
FONTE-G1
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