segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Falta de acessibilidade até as urnas ainda é a realidade...



Neste última domingo, dia 07, foi o dia de exercer a cidadania e escolher candidatos a senadores, governadores, presidente... Porém, muitas pessoas de todo o canto do Brasil foram impedidas deste direito por não haver acessibilidade até o local da votação.

O Tribunal Eleitoral até fez uma campanha orientando às pessoas com deficiência para se dirigirem até o cartório eleitoral e solicitarem a transferência para uma sessão especial, porém, nem todos ficaram sabendo e acabaram não solicitando sua transferência. Foi o caso do gaúcho Sergio, que é cadeirante e teve que ser carregado para votar.


Confira o registro feita por Pamela, filha de Sergio:


 via facebook Pamela Camila


Pra variar mais um ano assim né, nem votar dignamente podemos mais! Pagamos impostos, tiram tudo que podem da gente e não mechem uma vírgula pra pensar no próximo. "JUSTIFICAR" o porque de não poder votar, sendo que é direito nosso. Olha não tenho nem palavras. Só uma coisa eu como filha me dói muito isso, só vão pensar no próximo quando for de perto ou conviver com isso. Tudo pnc que só pensam no seu nariz, nem uma vaga de deficiente ou idoso num colegio público não se tem, Colégio municipal não é pratimonio do município????? Cade a inclusão?????? Tem muitos que precisam dessa inclusão não só um!


Em Minas Gerais, a Maria Laura Santos acompanhou sua mãe, Reisla Soares, e registrou em seu instagram (@laurassant) toda a falta de preparo da equipe que trabalhou no dia e também contou que quando ligou para a Polícia na tentativa de registrar um Boletim de Ocorrência, a atendente a orientou que ela deveria aceitar ser carregada para subir as escadas e que ela é que não estava querendo ser "ajudada".

Outro caso ocorreu no Rio de Janeiro com Patrícia Lorete, porém, ela sempre votou em uma escola onde nunca teve problema com a acessibilidade, mas nos últimos dias,  depois do prazo de pedir transferência para sessão especial, mudaram o local de votação por estar localizado em uma zona de violência.


Eu sou a Patrícia Lorete, criadora da página Janela da Patty. E acabo de ter o meu direito violado. O local onde voto foi trocado após o término do pedido da sessão especial, e no novo não teve acessibilidade. Propuseram me carregar, mas não aceitei. Não aceito!!! Não vou colocar minha vida em risco e nem compactuar com a exclusão da pessoa com deficiência.

Encontramos no Estatuto da Pessoa Com Deficiência o artigo 76 que afirma: "O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas". 


Mas, infelizmente muitas pessoas com deficiência tiveram seu direito violado neste primeiro turno e tudo indica que passarão pelo mesmo no segundo turno. 



Culpa deles que não solicitaram por uma sessão especial, ou culpa do Estado que não oferece acessibilidade?

Fonte-Cantinho dos cadeirantes



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