sábado, 19 de março de 2011

Cristianne: uma história de superação

Queria que vocês conhececem a história de superação de minha amiga, "CRISTIANNE, amiga da minha esposa, e também da minha querida irmã "Flávia". Inclusive ela foi homenageada no dia internacional da mulher, 8 de Março pelo "JORNAL VANGUARDA AQUI DA CIDADE"! Ela é essa que está na foto comigo no dia da reunião da "ADCC"-ASSOCIAÇÃO DOS CADEIRANTES DE CARUARU!

Leiam....


No Dia Internacional da Mulher, 8 de março, VANGUARDA conta a história de Cristianne Leite, que teve sua perna amputada e, com força e determinação, vem superando desafios

Fernandino Neto

Era 3 de agosto de 2002 quando uma turma de 40 motociclistas saiu de Caruaru para participar de um encontro em Campina Grande (PB). Nas proximidades de Pão de Açúcar, distrito de Taquaritinga do Norte, o motorista de uma caminhonete perdeu o controle do veículo e bateu de frente em duas motos que vinham sendo pilotadas por Sebastião Marcos e Hannyeryson. Na garupa, estavam Cristianne (noiva de Marcos) e Rosemere (esposa de Hanny, como era chamado). Os dois motociclistas morreram após a colisão e as moças ficaram gravemente feridas.


Cristianne ficou 26 dias internada no Recife, 12 deles em coma e com uma fratura exposta no fêmur. "Os médicos não acreditavam que eu iria sobreviver", recorda. Depois do acidente, Cristianne ficou um ano sem andar. Nesse período, fez duas cirurgias, na tentativa de consolidar o osso fraturado. Sem sucesso nos procedimentos, os médicos determinaram que ela teria que usar um fixador externo de Ilizarov, utilizado para correção de fraturas e deformidades ósseas. Essa foi uma das piores partes do tratamento. "Sofria com muitas dores", afirma Cristianne, que carrega marcas profundas na perna.

Apesar da tentativa - e de todo o esforço para suportar os ferros e a dor que causavam -, no dia seguinte, após a retirada, o fêmur quebrou novamente. Foram nove cirurgias para tentar manter a perna. Cristianne chegou a dormir três meses sentada para que a fratura pudesse ser corrigida. Em janeiro de 2007, 5 anos, 4 meses e 12 dias com a perna quebrada, após o acidente e detectada a não consolidação do fêmur, os médicos diagnosticaram a necessidade de amputação do membro. "Tinha esperança de que não iria amputar, porque fiz nove cirurgias, mas não deu certo", explica.

A partir daí, ela começou a pesquisar na internet como seria a vida do deficiente amputado. Queria saber como era a vida deles. "Fiz muitos amigos. Foram todos solidários e falaram sempre a verdade. Uma das coisas importantes é que a vida não parou para eles. Hoje, a minha perna é um membro fantasma e eles me disseram isso. É como se você sentisse a perna beliscar e tremer", cita Cristianne, que três meses após a amputação, ocorrida em 15 de dezembro de 2007, em Caruaru, foi para o Rio de Janeiro para conseguir uma prótese.


Ela conta que viajou praticamente sem nenhum dinheiro para adquirir a prótese, que custou R$ 13 mil. Foi com ajuda financeira de amigos e anônimos que ela conseguiu saldar a dívida. "Recebi muita ajuda financeira; contribuição de amigos, pessoas que nem conhecia e até de deficientes", lembra. Antes de viajar, ela procurou a AACD, em RECIFE, que fornece próteses gratuitamente. "Mas só entregam um ano após a amputação", acrescenta.

Cristianne diz que o pior momento vivido desde que sofreu o acidente foi lidar com as dores provocadas pelo Ilizarov e, sobretudo, com o desespero. "Bate um desespero, você se vê com as pernas e não poder andar. Foi o pior momento da minha vida". Mas o episódio deixou lições e provocou transformações em sua vida. "Sinto-me uma pessoa melhor, que aprendeu a respeitar os limites das pessoas, inclusive os meus. Deus lhe dá condições para tudo, os seus limites quem impõe é você", defende. "Sou grata primeiramente a Deus, meus pais (Horácio e Raimunda), toda minha família, amigos e médicos. Se não fosse eles, eu não teria suportado."

Hoje, Cristianne diz ser independente. Anda de ônibus, dirige, está cursando faculdade de recursos humanos e estudando para concurso público. "Preciso de uma estabilidade financeira, inclusive para manter o custo da prótese, pois a manutenção é muito cara", ressalta. Ela explica que escolheu este curso para aprender a lidar melhor com as pessoas "inteiras" e ajudar os deficientes. Em suas metas também estão a conquista de um apartamento e um automóvel. "Sou capaz de muita coisa, minha vida

não parou. Eu não fugi do meu foco, que era viver. Não queria ficar em cima da cama", comenta Cristianne, que teve acompanhamento psicológico antes da amputação e escreveu uma carta de despedida para a sua perna, aconselhada pela psicóloga.

Cristianne diz que o seu maior sonho é que haja igualdade entre as pessoas e que deficientes tenham acesso a bons produtos. Para ela, é fundamental que exista acessibilidade no dia a dia. "Em Caruaru existem poucos ônibus, restaurantes e ambulatórios médicos com acessibilidade. É preciso que haja mais compreensão e menos preconceito. Eu já sofri preconceito, mas hoje aprendi a lidar com isso. Aos deficientes, deixo um recado: que não desistam dos seus sonhos. Todo mundo é capaz". Aos 32 anos, Cristianne Deyse Leite da Silva diz que após o acidente tornou-se uma deficiente, amputada, mas feliz. Sonhando e lutando por seus objetivos, ela retomou as atividades diárias e quer voar cada vez mais alto. Uma lição: Deus existe. Milagres acontecem. Cristianne é um milagre.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Minha mensagem do dia

Hoje logo cedo pensando nas dificuldade de acesso que enfrento, em não conhecer muitos locais privados e públicos devido a falta de "ACESSIBILIDADE", me sinto trancado.

E pensei.....NUNCA VI LIBERDADE SEM ACESSO, "ACESSIBILIDADE" É MEU DIREITO, LIBERDADE DE TODOS... É UMA PRISÃO VC CHEGAR EM AMBIENTES PÚBLICOS E PRIVADOS E NÃO TER ACESSO É A MESMA COISA DE VC ESTÁ ALGEMADO.

SEM ACESSO NÃO EXISTE LIBERDADE

sábado, 12 de março de 2011

Cadeira de banho e de necessidades fisiológicas, ô bichinha ruim.


Pense num objeto que pra mim não tem nenhuma utilidade, utilizo o piso do chuveiro mesmo para tomar banho e o vaso tradicional para fazer minhas necessidades, sinto-me seguro. Com essa cadeira de banho não tenho segurança é uma briga (dificuldades) pra subir, fico desconfortado, acho que é devido minha lesão, cada caso de lesão é um caso. Porém pra muitos deficientes é muito útil, pra minha esposa que também é cadeirante ela se sente confortável e segura. Muitas pessoas com diferença funcional (deficiência) utiliza e gosta, pra mim mesmo não serve.

Sem acesso não existe liberdade.

Tradução