quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Torneio de basquete feminino para cadeirantes


A partida final do terceiro torneio de basquete feminino para deficientes físicos foi disputada nesta quarta-feira (29) em Cabul, capital do Afeganistão. A competição é organizada anualmente pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

O torneio foi disputado em dois dias com a participação das equipe das cidades de Herat, Mazar-e-Sharif e Cabul. As melhores jogadoras serão escolhidas para integrar a seleção nacional afegã, explicou à AFP Alberto Cairo, responsável pelo programa ortopédico do CICV no Afeganistão.



As jovens jogadoras de basquete para cadeirantes exibem as marcas de 35 anos de conflitos na região, mas não aceitam posar de vítimas. As cadeiras de rodas vão e voltam na quadra em movimentos rápidos, e os torcedores aplaudem com vontade quando a bola entra na cesta.

Após 40 minutos de jogo, a equipe de Mazar-e-Sharif ficou com o título ao derrotar o time de Cabul por 26 a 9. Mas, para muitas dessas atletas, o simples fato de ter a chance de estar em quadra é uma enorme vitória sobre a adversidade.

Azima Ahmadi tinha apenas seis anos de idade quando sua casa foi atingida por um morteiro dos talibãs, que tomaram a capital em 1996. A explosão acabou atingindo a perna esquerda da menina, rasgando nervos e paralisando o pé de maneira irreversível.

Azima teve que desistir do sonho de se tornar uma jogadora de futebol, mas o basquete devolveu a ela a motivação e o instinto competitivo.

"Minha mensagem é que os deficientes físicos não devem se sentir desfavorecidos. Seja qual for o seu objetivo na vida, lute para alcançá-lo", disse a jovem de 23 anos, vestindo o uniforme rosa da equipe de Cabul e usando um véu preto na cabeça.

"Meu sonho é jogar em países europeus, como Itália, Alemanha e França", disse com um sorriso.

Mariam Samimi, da equipe vencedora, também tinha seis anos quando pisou em uma mina terrestre na província de Balkh, no norte do país. Ela perdeu todos os dedos do pé.

O incidente ocorreu em 1996, em plena guerra civil afegã, quando poucos serviços médicos estavam disponíveis para tratar esse tipo de ferimento.


 
'Não percam as esperanças'
Hoje com 23 anos, a jovem, que é assistente social e uma atleta popular, também tem uma mensagem positiva para quem está passando pelo que ela passou: "Não percam as esperanças, e nunca digam 'não sou capaz', sempre tenham confiança".

Nos anos 1990, os serviços de saúde do Afeganistão também eram precários na prevenção da poliomelite.

Por causa da paralisia infantil, Kamila Rahimi, atleta do Mazar-e-Sharif de 19 anos, perdeu os movimentos. Mas dentro de quadra ela esquece a deficiência.

"Eu me sinto feliz em poder jogar basquete, porque adoro jogar com minhas companheiras. Quando rio, elas riem comigo, e quando choro, elas choram comigo", explica emocionada.

Guerra civil
O Afeganistão vive a guerra em seu cotidiano desde a invasão soviética de 1979, que pretendia manter o país sob controle comunista, em plena Guerra Fria.

Após a saída do Exército Vermelho e uma guerra civil devastadora, os talibãs tomaram o poder em 1996, antes de serem expulsos por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

O solo afegão é hoje um dos mais minados do mundo. Dezenas de pessoas são mutiladas ou mortas por mês.

A situação continua sendo volátil, no momento em que as forças da Otan prometem sair do país até final de dezembro deste ano, deixando 12.500 homens encarregados de manter a paz e de formar um Exército afegão.

Fonte-G1




Saúde quer vacinar 12,7 milhões de crianças contra paralisia neste ano


Total corresponde a 95% do público-alvo, que vai dos 6 meses aos 5 anos.
Vacinação vai de 8 a 28 de novembro; último caso no Brasil foi há 25 anos.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (30) que pretende vacinar 12,7 milhões de crianças contra paralisia infantil neste ano. O número corresponde a 95% do público-alvo, que é formado por crianças entre 6 meses e 5 anos. As aplicações ocorrem entre 8 e 28 de novembro.

A poliomielite é uma doença contagiosa que afeta principalmente crianças com menos de 5 anos. Ela pode causar paralisia em algumas horas e, em alguns casos, ser fatal. O Brasil não registra casos da doença há 25 anos.

De acordo com a pasta, serão distribuídas 17,8 milhões de doses da vacina em gotas para todas as unidades da federação. A recomendação, no entanto, é que as secretarias estaduais disponibilizem a imunização injetável para crianças que tenham mais de 6 meses e estejam com a vacinação atrasada.

Dados do ministério apontam que dez países registraram casos de poliomielite em 2013 e em 2014. Até 22 de outubro, foram 228 casos da doença, no Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

"[Isso] coloca o mundo inteiro com a responsabilidade de fazer a proteção, porque a poliomielite não está erradicada no mundo. Pode ter família que pense que a criança não precisa tomar a vacina, mas com o mundo globalizado de hoje, de viagens e turismo, o mundo todo tem contato com o mundo hoje", explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

A pasta vai disponibilizar mais de 100 mil postos de vacinação em todo o Brasil. Além disso, serão feitas campanhas na televisão e no rádio, tendo o Zé Gotinhas como principal personagem. Os personagens infantis Peppa Pig e Minions também serão usados nas peças publicitárias.

Sarampo
No mesmo período da campanha contra a pólio, o ministério também vai vacinar crianças de 1 a 5 anos contra sarampo, caxumba e rubéola. Serão distribuídas 12,5 milhões de doses de tríplice-viral, e a meta é atingir 10,9 milhões de crianças.

O lançamento da campanha vai ser feito pelo ministro Arthur Chioro no Ceará, que neste ano registrou casos de sarampo. A doença, que tem febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite como principais sintomas, é transmitida por vírus e é altamente contagiosa.

Chioro afirmou que o objetivo é superar a meta de 95%. "Não tem outra alternativa para a gente que não seja a mobilização nacional e a intensificação da cobertura. Teremos um sábado, que é o dia 8 de novembro, como da mobilização mais intensificada, mas é importante deixar claro que manteremos os serviços todos em mobilização até 28."

O ministro destacou a importância de seguir o calendário vacinal, já que há casos de crianças que não se imunizaram com doses anteriores. Neste ano, foram registrados 154.637 casos de sarampo em 175 países.


Fonte-g1

DEFICIENTE RECLAMA DE DIFICULDADE PARA OBTER LAUDO MÉDICO DO DETRAN


Eu acho interessante como se dificultam coisas simples no Brasil. Se para isenção do ICMS e IPVA, pode ser requerido por pessoas com deficiência não condutora exatamente igual a isenção de IPI, porque não alteraram a legislação para um laudo de um médico credenciado ao SUS? Ou pior, porque os médicos não abrem uma firma no cartório local para facilitar, acredito que até isenção eles teriam devido ao problema encontrado pelas pessoas com deficiência.

Mas como sempre é mais fácil transferir a dificuldade para a população, principalmente para aqueles que tem mais dificuldade de se locomover de uma cidade para outra. Vamos a noticia:

Pessoas com deficiência de Petrolina, no Sertão pernambucano, que pretendem obter a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) têm encontrado dificuldades de solicitar o benefício. O motivo é a dificuldade de obter o laudo pericial com a junta médica do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), bem como fazer o reconhecimento de firma do documento em Recife.

Ana Lúcia Costa Gomes, de 44 anos, é deficiente física e relata que tirou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em 1995 e desde esse período teve que fazer a renovação três vezes e precisou pegar cinco laudos médicos. “Uma vez cancelei e as outras vezes tive que viajar para o Recife. Porque tem que ir em dois cartórios para reconhecer a firma dos médicos. Se os médicos abrissem firma aqui, nós poderíamos reconhecer em Petrolina mesmo e evitaria esse deslocamento e o custo da viagem”, destaca.

Outro problema apontado por Ana Lúcia é a demora da vinda da junta médica do Detran ao município de Petrolina. “As pessoas com deficiência quando precisam renovar a carteira de habilitação têm que passar por uma junta médica. Como não existe uma junta aqui na cidade, temos que aguardar até seis meses para ser enviada uma para cá. Já andei com carteira vencida esperando a junta chegar. Quem precisa com urgência, o jeito é ir na capital fazer a renovação da CNH”, argumenta.

O laudo médico pode indicar se a pessoa pode guiar um veículo adaptado às suas necessidades. E, nestes casos, é possível obter isenção de alguns impostos na hora da compra. De acordo com o coordenador da 8º Ciretran de Petrolina, Wenderson Batista, a junta médica visita Petrolina em média a cada dois meses. “Existe uma programação do Detran que encaminha uma junta com dois médicos para Petrolina, em média, de dois em dois meses”, afirma.

Quanto ao laudo médico, Wenderson garante que o laudo pode ser solicitado a um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) e apresentado à Secretaria da Fazenda para obter a isenção dos impostos. “Pautado no laudo médico, pessoas com deficiência podem solicitar a isenção dos impostos. Esta isenção é feita pela Secretaria da Fazenda. Mas as pessoas podem procurar não apenas a junta médica do Detran, qualquer médico de órgão público de Petrolina pode dar esse laudo, o que facilitaria, porque as pessoas não necessitariam reconhecer firma no Recife”.

O gerente de imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) da Secretaria da Fazenda de Pernambuco, Júlio Lóssio, explicou que pessoas com deficiência têm direito à isenção de impostos apresentando o laudo pericial. “No caso de Pernambuco, foi regulamentada que essa análise deve ser feita pela junta médica do Dentran. Neste caso, com médico do SUS é possível ter isenção do IPI, por conta de questão de regulamento. Para o IPI, ele não precisa estar habilitado e nem estar com veículo adaptado. Para ICMS e IPVA só pode ser com laudo da junta médica do Detran. O decreto estadual regulamenta e a lei 10849/92 artigo 5º que trata da isenção para o caso de IPVA é obrigatório o laudo do Detran para isenção”, enfatiza.

Com a obrigatoriedade do laudo médico do Detran-PE para solicitar a isenção dos impostos, os pacientes necessitam ir ao Recife para fazer o reconhecimento da firma, já que os membros da junta médica são geralmente de médicos da capital. Segundo o tabelião do Cartório Mobiliário do 1º Ofício de Petrolina, Lauriano Júnior, para evitar o deslocamento dos deficientes, os médicos de Recife que participam da junta médica  deveriam abrir firma em Petrolina. Enquanto isso não acontece, os reconhecimentos continuam sendo feitos em cartórios da capital pernambucana. Para saber como obter a isenção dos impostos, pelo site do Detran- PE.

[ Fonte - G1 ]

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Encontro com Fátima Bernades fala sobre Teatro acessível

O programa Encontro com Fátima Bernades da Rede Globo falou sobre o dia Nacional do Teatro Acessível, com Tema:Arte, Lazer e Direito. Participam do Debate Atrizes Globais e um deputado Federal.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

História do movimento das pessoas com deficiência é contada em documentário

No sábado, 18 de outubro, aconteceu o pré-lançamento do documentário “Da invisibilidade à Cidadania: os caminhos da pessoa com deficiência”, no Teatro Franco Zampari, em São Paulo. A estreia oficial do documentário, em rede nacional, está prevista para 09 de dezembro na TV Cultura.

Estiveram presentes os participantes do documentário, entre eles a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Dra. Linamara Rizzo Battistella.

Produzido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, em coprodução com TV Cultura e  Produtora Gatacine, o documentário tem direção de Marcelo Galvão, diretor do longa metragem Colegas, filme protagonizado por jovens com síndrome de down. A estreia nacional fica prevista para dia 09 de dezembro, na TV Cultura.
 
O documentário tem duração de 50 minutos e conta um pouco sobre a história do movimento social e político das pessoas com deficiência em defesa de seus direitos no Brasil, tendo como foco as memórias de militantes e lideranças atuantes desde meados de 1981 - proclamado pela ONU como Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AIPD).
 
O objetivo do documentário é trazer ao conhecimento público a existência do movimento das pessoas com deficiência, além de servir como referencial aos pesquisadores, aos novos ativistas e ao público em geral uma perspectiva histórica do movimento das pessoas com deficiência. O vídeo conta com os recursos de acessibilidade, legenda, Libras e audiodescrição. 

Fonte-Secretária da pessoa com deficiência em São Paulo

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

I Encontro Estadual das Mulheres com Deficiência" de Secretaria Da Mulher Pernambuco.


Mulheres com deficiência apontam demandas para pautar ações do próximo governo

Um relatório contendo as principais demandas relacionadas às mulheres com deficiência irá nortear a luta do segmento na busca da garantia de direitos e na implementação de políticas públicas a partir de 2015. O documento foi construído durante o İ Encontro Estadual das Mulheres com Deficiência, promovido pela Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher-PE), nesta quinta-feira (23/10), no Hotel Jangadeiro, em Boa Viagem. Cento e vinte e cinco mulheres participaram do debate que teve como tema "Mulher com deficiência: empoderamento e seus entraves.

Tradução