segunda-feira, 12 de março de 2012

Universidade de Curitiba barra TCC voltado à inclusão de pessoas com deficiência


Matéria do Gazeta do Povo

Nesse mês uma aluna do último ano de Administração me procurou para conversar sobre o seu trabalho de conclusão de curso. Ela teve a ideia de desenvolver o projeto de um bar completamente preparado para receber pessoas com deficiência e que use desse preparo como diferencial para atrair a clientela. O projeto foi barrado e impedido de continuar, pelos seguintes motivos:

• O empreendimento não teria mercado. Pessoas com deficiência não frequentam casas noturnas, bares e afins.

• As pessoas com deficiência não dispõem de recursos financeiros para usufruir desse serviço.

• As pessoas sem deficiência se sentiriam desconfortáveis em um estabelecimento voltado para deficientes.

Alguém mais, além de mim e dessa aluna, discorda completamente disso?

O bar iria contar com rampas de acesso, cardápios em braile, um profissional com domínio de Libras, banheiros adaptados e as mesas seriam dispostas visando a boa circulação de cadeira de rodas. Era nesse conjunto de medidas que a aluna estava apostando para apresentar um negócio inovador, requisito pontuado pela orientação.

Além disso, a aluna trabalharia com a norma NBR-9050, da ABNT, que estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

É espantoso ver que uma postura como essa está dentro de uma universidade, sendo transmitida para futuros administradores. Dizer que deficiente não sai. Afirmar que um projeto que visa inclusão é uma perda de tempo. Reafirmar preconceitos.

Que tal olhar o projeto como algo sim inovador, que visa atender uma clientela ainda não contemplada? Se a pessoa com deficiência não freqüenta estabelecimentos noturnos, por se sentir mal acolhida, podemos propor um espaço que mude esse conceito, não podemos?

Eu debati recentemente aqui no blog o aumento do número de pessoas com deficiência no Brasil, tendo duas referências principais: o IBGE e o DPVAT. De acordo com o Censo do IBGE 2010, o Brasil tem hoje cerca de 45 milhões de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência. Em 2000 esse grupo chegava 24,5 milhões.

Casos de invalidez permanente, entre pessoas vítimas de acidentes de trânsito se multiplicaram por quase cinco entre 2005 e 2010, passando de 31 mil para 152 mil por ano. E esse número não parou de aumentar. Até setembro de 2011, já eram 166 mil casos, segundo o DPVAT, seguro obrigatório pago por proprietários de automóveis. Os dados revelam que a maioria dos acidentados (mais de 70% dos casos em 2011) usava moto e está em plena idade economicamente ativa, entre 18 e 44 anos.

O dado mais pontual que eu encontrei em relação ao poder econômico de pessoas com deficiência veio da Reatech, a segunda maior feira de acessibilidade e reabilitação do mundo, que acontece anualmente em São Paulo.

A expectativa de movimentação de recursos na última edição foi de R$ 550 milhões em negócios, só durante a Feira. Ainda de acordo com a Reatech, o setor de produtos e serviços para reabilitação movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão no País, ao ano, sendo R$ 200 milhões só com vendas de cadeiras de rodas e R$ 800 milhões em automóveis e adaptações veiculares.

Público para o empreendimento existe sim e dinheiro também. Temos bares em diferentes bairros, para diferentes classes, com diferentes preços. E tem bolso para tudo também.

Desenvolver um bar que fosse modelo em adaptação e atendimento à pessoa com deficiência tem a ver com cumprimento de normas técnicas, com sustentabilidade (uma vez que ele contempla o pilar social e o pilar cultural), apresenta oportunidades legais de marketing e comunicação com o público e agregaria valor ao bairro e à cidade. É um ótimo exercício e poderia perfeitamente ser aceito.

Mas não, ao invés disso, o profissional que tem como função fomentar ideias para o futuro foi conservador e tolheu uma proposta diferente, vinda de uma estudante com vontade de quebrar um paradigma, de arriscar.

Você, empreendedor, o que achou dessa proposta?


Comentários do Público do Gazeta


Rodrigo Floriano | 12/03/2012 | 12:20

e que sintam que, assim como todo cidadão brasileiro, possa ser tratado com a dignidade que lhe é inerente.

Rodrigo Floriano | 12/03/2012 | 12:18

Soa no mínimo tacanha a justificativa do "orientador" quanto à recusa do projeto da aluna. Tenho certeza que um projeto desses seria um Avant-première à discussão em torno da real necessidade de ampliar a acessibilidade aos PNE's na capital do estado. Espero que todos os leitores repassem aos amigos, colegas de trabalho e professores de faculdade esse post do Blog do Rafael e mostrem que sim, existem muitos PNE's interessados em um local onde possam frequentar sem constrangimentos,(continua)

Prof MDO Eduardo Torto Meneghelli | 12/03/2012 | 09:15

Olá Rafael! Estou entrando em contato, pois li hoje, agora, nesse instante a sua matéria no http://www.gazetadopovo.com.br/blog/inclusilhado/?id=1231816&tit=universidade-de-curitiba-barra-tcc-voltado-a-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia - matéria essa intitulada de "Universidade de Curitiba barra TCC voltado à inclusão de pessoas com deficiência" Sou Professor MDO. Eduardo Torto Meneghelli Junior: Escritor, Poeta\Pedagogo - UNIVALI-SC, recebendo mérito estudantil pelos trabalhos científicos apresentados na área da Educação, com ênfase na Educação Inclusiva. Mestrando em Educação - UNIVALI-SC. Vereador eleito na legislatura de 1993/1996, no Município de Balneário Camboriú-SC. Diretor da Biblioteca Pública Municipal "Machado de Assis", Bal. Camboriú-SC, 1997-2001. Autor do Livro "BORBULHOS MENTAIS, Consulta DR, Cérebro", 2ª edição. Fundador e idealizador da Academia de Letras de Balneário Camboriú - ALBC, sendo o primeiro Presidente da ALBC, 2002-2004. Diagramador e organizador de livros. Palestrante em Congressos, Seminários, Conferências, Empresas, Universidades e Escolas – Área de abrangência: Motivacional e Inclusão, capacitação/orientação em Educação Inclusiva. Presidente da Fundação Cultural de Balneário Camboriú-SC 2009 - 2012. E essas justificativas que barraram o projeto não são verdadeiras, as pessoas com deficiências também curtem a vida, gastam, porque trabalham, se trabalham tem dinheiro. Nós saímos sim a noite, vamos a bares, restaurantes, festas, bailes, casas noturnas, e etc. Esse fim de semana que passou, fui a um baile dos anos 70-80--90 com minha esposa e amigos. Nasci pessoa com deficiência, hoje tenho 48 anos de idade, casado, pai de dois filhos adolescentes, penso que quem argumentou esses três itens que você coloca na matéria como requisitos contra o projeto de TCC, tem a grande probabilidade der ser de um "SER EXTRA TERRESTRE", que vive o século XXI, que não sentiu que vivemos o mento da inclusão, ou ele - eles, são preconceituosos. Pois não acredito que alguém irá se sentir desconfortável de chegar em um lugar adaptado, com acessibilidade, voltado a pessoa com deficiência. Penso que o "dito Normal" se sentirá desconfortável quando esta degustando a sua noite e chega uma pessoa com deficiência e lhe pede ajuda para adentrar no recinto, pois não há acessibilidade no estabelecimento, e o "Normal" tem que se levantar para ajudar a erguer a cadeira de rodas! Aí sim! O "Normal" se sentirá desconfortável. Rafael gostaria de me colocar a disposição, para seminários, palestras, e gostaria que voce me conhece-se um pouco mais entre, visite esses endereços eletrônicos. Parabéns pela matéria. Saudações Motivacionais e Inclusivas Prof. MDO.: Eduardo Torto Meneghelli Palestras Motivacionais e Inclusivas www.eduardotorto.com http://eduardotorto.blogspot.com/ www.youtube.com/user/eduardotorto palestras@eduardotorto.com

Fábio Adiron | 11/03/2012 | 22:43

Nada surpreendente considerando quem conduz a secretaria de educação do estado, um dos maiores defensores da exclusão

Ricardo Rodrigues | 11/03/2012 | 21:19

Leonardo Bueno, e desde quando "achismo" é ciência exata? Se for assim está faltando uma disciplina na academia, "A arte do achismo". Eu que tenho MBA pela FGV em Gerênciamento de Projetos não posso "achar" nada sem uma análise de viabilidade econômico-financeira. Pode não ser rentável, mas para isso é necessário é demonstrar o porque, não simplesmente achar. Dessa forma qualquer um pode lecionar em faculdade.

Ricardo Rodrigues | 11/03/2012 | 21:13

Lhyma, discordo totalmente. Sugiro que leia " A estratégia do Oceano Azul". Aí sim você vai entender porque não tem bares "exclusivos". Além do que, a proposta não é um bar exclusivo e sim projeto para pessoas com diversas necessidades especiais. Penso que a engenharia deve ser reversa, tudo projeto para todos.

Maria Elisabete Salina Saldanha | 11/03/2012 | 20:41

apenas uma palavra: lamentável!!!

Lhyma | 11/03/2012 | 18:50

Ja se perguntaram porque não existem bares exclusivos para Deficientes fisicos principalmente cadeirantes em outros lugares ! Pessoas especiais não querem estigmatização, tipos vamos no bar dos cadeirantes! Querem simplesmente INCLUSÃO, Querem que todos os lugares que eles queiram ir tenha acessibilidade, como rampas banheiros adaptados e repeito querem ir onde seus amigos estão. E ter uma vida normal com lugares normais como qualquer um.

Sônia M R Almeida | 11/03/2012 | 16:33

Cara amiga Sônia. Fui lá e também fiquei indignado com a história. Abri uma resposta e depois de tê-la escrito inteiramente, usando os 500 espaços para ser escrita a mensagem, deparei-me com um captcha inacessível: \\\"escreva a palavra ao lado\\\". Não tive como enviar e fiquei p da vida. Gostaria que a amiga colocasse esse meu depoimento lá com o meu nome também. Poderia ter ido com o webvisum que pode conseguir a leitura do captcha, mas obriga a nós com deficiência visual a utilizarmos o FF e, por acaso, estava com o IE. Apesar da existência do webvisum no Firefox, boa parte das pessoas com a minha deficiência não o utiliza, por estarem mais acostumadas ao Internet Explorer. Na verdade, o jornalista, apesar de estar tentando dar um apoio às pessoas com deficiência, ignora totalmente o que seja acessibilidade na web. Um site de uso público, com uma chamada para as pessoas com deficiência, não pode limitar sua utilização a obrigatoriedade de um navegador específico. Por outro lado, acredito que o proprietário do blog nem mesmo sabe que os captchas podem ser acessados ou não por pessoas cegas. Todos lá falando de inclusão em um blog inacessível a boa parte de nós, por não ter cunho universal. Abraços amigos do MAQ. *** Bengala Legal - Cegos, Inclusão e Acessibilidade: www.bengalalegal.com Acessibilidade Legal - Sites Acessíveis para todos: www.acessibilidadelegal.com *** P. S.: Você está recebendo um e-mail de uma pessoa cega. Isto é inclusão digital! Comemore conosco. Uma sociedade inclusiva é aquela que reconhece, respeita e valoriza a diversidade humana. MAQ - Rio de Janeiro - CEL: (21) 9912-0000. ***

TANIA MARA DOMINGUES | 11/03/2012 | 15:53

Acho que essa faculdade deveria ter seu registro cassado pelo MEC por teu um professor totalmente contrário ás políticas públicas de inclusão, por racismo, discriminação e preconceito, só gostaria de saber qual a faculdade que admite um docente com uma qualificação dessas....vou inclusive acionar todos os meios de comunicação afins!

Ana Paula Noffke | 11/03/2012 | 15:34

Alguém sabe dizer que universidade é essa? E quem é o orientador? Estas informaçoes sao muito importantes, ao meu ver. É preciso divulgar os atores de atitudes tao absurdas como estas, afim de inibi-los de uma eventual reincidência.

José Fernando Rodrigues | 11/03/2012 | 14:48

Estas iniciativas são sempre muito interessantes, colocar as pessoas a falar de inclusão ou acessibilidade para as pessoas com algum tipo de deficiência. Alguns companheiros brasileiros repararam que este próprio espaço não era acessível e que, por serem cegos, tinham muitas dificuldades em identificar a "palavra ao lado" que é necessário digitar. É importante que quem faz conteúdos na web se informe primeiro sobre plataformas, softwares e ambientes digitais acessíveis para deficientes visuais p

Luciane Passos | 10/03/2012 | 21:30

Incrível este nosso país. Enquanto uma instituição de ensino veta um trabalho c/ objetivo claro e proposta adequada, não incluíram os idosos, no público-alvo, população economicamente ativa também, em Socorro/SP, o Hotel Fazendo dos Sonhos, leva não só pessoas com deficiência, mas empresas e público diverso, a fazerem circuito adaptado. Receberam vários prêmios e o movimento não para de crescer. Parabéns a esta iniciativa , a outra, é uma lástima.

Yuri Barreto | 10/03/2012 | 15:42

Essa universidade não merece a aluna que tem...

Wiliam Sartori Bonfim | 10/03/2012 | 14:45

Penso que as pessoas e a imprensa estão se atendo a assuntos tão menos importantes e relevantes às nossas reais necessidades, que causas nobres, como esse TCC, são colocadas de lado e tratadas como temas desnecessários e irrelevantes. As pessoas devem posicionar-se, manifestar-se e por em xeque profissionais como esse orientador e esse estabelecimento de ensino frente a frente com opinião pública.

Carminda A.M.Marçal | 10/03/2012 | 14:32

Como alguém no topo da lista disse: "fiquei parada olhando a tela", sem saber o que pensar e dizer de tamanho retrocesso e por que não dizer,barbaridade, vinda, pensada e praticada de um profissinal "altamente qualificado". Será mesmo? Isso foi puro pré conceito, discriminação, ignorância, sobre o segmento das pessoas portadoras de algum tipo de "deficiência"..Pasmem!!! Parabéns ao autor da matéria.

Gilciane Sandrini | 10/03/2012 | 14:07

Fiquei olhando para atela do computador durante algum tempo, pois não sabia bem o que comentar. Fiquei sem palavras diante de tamanho absurdo. Como isso ainda existe, como uma faculdade, lugar que deveria ser permeado dos mais diversos conceitos sociais permite este tipo de atitude. Realmente este orientador (ao meu ver completamente desorientado) reage desta forma diate de um trabalho inovador e benéfico ao trabalho de inclusão social. Nem tenho mais o que argumentar, os fatos falam por si.

Elton Vergara Nunes | 10/03/2012 | 13:18

Esse professor deveria dizer apenas "não oriento porque sou incompetente para isso".

Yvy Karla Abbade | 10/03/2012 | 12:57

Inaceitavel tal atitude da universidade, do professor e principalmente a clareza na atitude e no pensar altamente preconceituoso e discriminatório, isso sim é crime. Temos de tomar uma atitude para mudar este cenário de discriminação e preconceito velada que existe em nossa sociedade, ainda mais repugnante em vindo de uma instituiçao de ensino que educa futuros profissionais, depois dizem que são acessíveis e inclusivas. Que retrocesso que vergonha para nossa cidade, nosso Estado, nosso Pais.

Viviane Schueda | 10/03/2012 | 11:39

Um dos preconceitos mais sérios que já ouvi! Parece que esqueceram que as pessoas portadoras de necessidades especiais têm os mesmo direitos que todas as outras, inclusive ao lazer. A ideia desse TCC é bem inovadora e empreendedora.

Andrea Koppe | 10/03/2012 | 11:25

Triste, lamentável e preconceituoso! A pior parte foi a alegação de que pessoas sem deficiencia se sentiriam desconfortáveis por conviver com aquelas que tem... Em minha opinião devemos ajudá-lá a ter direito de escolher este projeto como TCC. Esta derrota da inclusão não pode ficar impune! Se isto não é crime, chega bem perto. ABSURDO!

Lucília | 10/03/2012 | 10:59

Locais que vendem acessórios para PD, já ví muitos que a rampa é inacessível qdo sozinho, e argumentei com o vendedor e ele "nós ajudamos" e eu retruquei: a ideia é que entre sozinho!! cara de bobo ele, e eu de abismada!! até mesmo a retirada da autorização para estacionamento!é muito trabalho para uma situação evidente!tá na frente do cara e tem que provar que é de verdade!ir no médico, atestado,etc!O TCC tem que rolar sim!ser submetido à banca e ver esse inútil ir pagar mico em outro lugar!

Lucilia | 10/03/2012 | 10:54

é a confirmação do preconceito mais grave: sem recursos financeiros!essa é a bandeira que precisa sair do mastro!! Meu Deus! que coisa sem nexo!e isso rola com muitos benefícios que os cadeirantes têm!! a passagem livre na catraca do ônibus: é necessário que o cadeirante tenha uma carteira que o habilite a passar! Boa! qdo vc vai tirar a tal carteira, é necessário que a RENDA FAMILIAR não ultrapasse 3 salários mínimos!é outra confirmação da mentalidade tacanha!vou continuar...

Marlus Duarte e Silva | 10/03/2012 | 07:47

Moça do TCC, é simples, faça uma pesquisa de campo, com portadores de deficiência, apresente sua proposta... Assim, você terá justificativas concretas para o óbvio. Não se apegue ao que o "mestre" disse, não desista da sua idéia. Será que existia público para o IPAD, antes do seu lançamento? O NÃO você já tem, agora corra atrás do SIM. E não se preocupe, as idéias originais, que desafiam o estado QUO, sempre geram suspeita, e medo no começo.

Amanda Silva | 10/03/2012 | 00:08

Também fiz meu TTC na área de Acessibilidade. Foi um grande desafio para que eu pudesse defender esta temática. Meu tema era acessibilidade para surdos na televis?o, e o argumento geral dos outros era de que surdo n?o precisa ver televis?o! é incrível, mas professores universitários realmente desconhecem e tem muito preconceito sobre esta causa! Tive a sorte de encontram bons professores que abraçaram o tema comigo...embora nem fosse a área de estudo deles!

Silviane | 09/03/2012 | 23:31

Totalmente absurdo, as pessoas com deficiências tem condições de ter uma vida social e um projeto como esse faria toda a diferença. Espero que a aluna não desista por ela e por quem é excluído por uma sociedade preconceituosa!

Silvia | 09/03/2012 | 21:46

Ela que termine o TCC dela. Caso não tenha um orientador/a que se interesse por ele, que o faça assim mesmo. E depois abra um processo contra a universidade e contra o professor, e faça com que aceitem esse trabalho tão inovador e importante!

Priscyla | 09/03/2012 | 19:30

Gente, pessoas com deficiência não vão a locais públicos com frequência PQ QUESTÕES DE ACESSIBILIDADE NUNCA SAO PENSADAS!CARDÁPIO EM BRAILLE É Ó-TE-MO!!! PESSOAS COM DEFICIÊNCIA TEM RECURSOS SIM! ESTAMOS TODOS SUSCETÍVEIS A NASCER OU FICARMOS COM ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA!! NOSSA SOCIEDADE É MEDÍOCRE E NÃO ACEITA VER QUE NÃO SOMOS PERFEITOS, POR ISSO É MELHOR "NÃO SE SENTIR BEM" PERTO DE UMA PCD DO QUE ENTENDER A NOSSA LIMITAÇÃO ENQUANTO SER HUMANO.

Annamaria | 09/03/2012 | 19:18

continuando.. o acesso de toda a população aos mais diversos tipos de serviço. Admirável também é a irresponsabilidade de um professor universitário dar tal resposta à acadêmica sem fundamento nenhum, justamente o que cobramos de nossos acadêmicos na produção de suas pesquisas... Triste, mas ainda faz parte da realidade de uma sociedade individualista que pensa não pensa na pessoa com deficiência como capaz de sair, divertir-se, namorar e tudo mais que os ditos "normais" fazem... LAMENTÁVEL

Annamaria | 09/03/2012 | 19:14

Olá Rafael, sempre acompanho sua coluna... sou professora universitária e não imagina como lamento me deparar com uma noticia destas. Atualmente moro em uma cidade do interior que não tem acessibilidade para pcd nem na prefeitura e nos órgãos públicos, imagine então como fica o acesso ao lazer gratuito e pago desses cidadãos por aqui. A indignação é grande, e a grande também é a frustração de perceber que justamente na academia onde deveriam ensinar aos profissionais a importância de garantir o

Priscilla M. Rodrigues | 09/03/2012 | 18:52

Nossa absurdo mesmo e concordo quando dizem que são vários os lugares que precisam de estimulo para se adequarem... na minha formatura para acharmos um local que tivesse acessibilidade para o pai de uma formanda que é cadeirante achamos uma opção somente! E para quem diz que deficiente físico não sai de casa é porque nem se propoe ele mesmo a sair. Ja fui em balada que tinha cadeirante, já tive paciente que frequentava baladas todos os fins de semana. Falta vontade de olhar e aprender!

Silvia | 09/03/2012 | 18:37

Penso que ela tem o dever moral de elaborar esse TCC e mostrar esse impedimento para a coordenadoria do curso ou até para o reitor, provando que esse tipo de professor é totalmente inadequado ao que se propõe a citada universidade.

Leonardo Bueno | 09/03/2012 | 18:36

não achei nenhum preconceito. vi apenas que na visão do professor/mestre, o empreendimento não seria rentável ou adequado.

Vagner | 09/03/2012 | 18:21

estou indignado, pois deveria ser divulgado o nome da instituição, que pelo visto, tem ensino muito fraco, ja que conta com profissionais que pensam desse jeito, sou deficiente, cadeirante, e frequento bares com regularidade, sou aposentado, e nem por isso deixo de ter poder aquisitivo, esta até dificil pensar no que escrever pra não ofender esse cidadão que deu esses motivos para barrar o projeto, um idiota desse merece cadeia.

Fernando Antonio Prado Gimenez | 09/03/2012 | 18:08

Uma pena que isso tenha acontecido. Me fez pensar sobre a formação que temos dado aos estudantes de Administração. Compartilhei esse post em meu blog (http:\\3es2ps.blogspot.com) e fiz um comentário maior que não caberia nesse espaço.

Fabio F Corrêa | 09/03/2012 | 17:56

Rafa, absurdo maior é ter partido de dentro de uma universidade, de onde acreditávamos que poderiam incentivar a inclusão. Quem barrou esta no mínimo desinformado, como vi o comentário da Liziane alguns professores me parece que pararam no tempo e se fecharam no mundinho de quando começaram dar aulas e não evoluíram mais, o assunto inclusão de diversidades esta sendo discutido com mais importância, e com certeza o projeto é viável até mesmo para promover a inclusão. ABS..

Rogério Tonetti | 09/03/2012 | 17:23

Com certeza essa banca de deu esse parecer não deve ter pessoas portadoras de necessidades especiais no seio da família... Se tivesse, com certeza, não teriam esse pré conceito que os PNE's devem ficar "entocados" em suas casas...

Cezar Farias | 09/03/2012 | 17:10

Rafinha! Boa tarde meu amigo! No mínimo decepcionante, instituições que deveriam funcionar como "trampolis" do futuro, se tornando verdadeiros pesos acadêmicos e sociais. Fato é, qualquer pessoa sensata e atualizada, sabe da tendência em se atender nichos e identificar oportunidades de negócios, subsequente transformados em bons rendimentos, aliados a inclusão e igualdade. É nitido o despreparo da instituição e o descaso dos demais envolvidos.#Brasilpaisdoretrocesso.

Luiz | 09/03/2012 | 16:53

Esse negócio de "um lugar em que eles se sintam confortáveis" pra mim soa como definição de zoológico, para justificar que os animais estejam onde na verdade não deveriam estar, criar um bar para deficientes é mais uma passo para dificultar a presença deles onde eles realmente devem estar, entre nós. Mas ainda acho que o Projeto deveria ter sequencia, e que ele provasse quem está certo e quem está errado, é para isso que serve a pesquisa científica.abs

marcus | 09/03/2012 | 16:51

Que absurdo! Chega a ser engraçado! Isso é sério?? Foi essa a resposta que deram para negar a proposta do TCC?! Caramba... quando a gente pensa que já viu de tudo. Que absurdo...

Luiz | 09/03/2012 | 16:50

Bom, eu acho q seria inviável, sinceramente, mas isso teria que ser provado pelo Projeto, acredito que depois de deixar de ser novidade (1 mês depois) arrisco a dizer que o lugar seria chamado de "o bar dos céguinho" ou coisa que o valha, infelizmente. O melhor mesmo é que todos os estabelecimentos estejam preparados para receber a todos, e cada um escolhe o que lhe convém, acabar com o preconceito é permitir que todos vivam juntos, respeitando as "diferenças e preferências".

José Moacir | 09/03/2012 | 16:43

Esse é o Brasil preconceituoso !

Thábata | 09/03/2012 | 16:27

Que absurdo! Gostaria muito de saber qual é a instituição.. ! Um absurdo! Com que fundamentação eles alegam que pessoas com deficiência não dispõe de recursos financeiros? Ainda, como sabem que não frequentam casas noturnas? Será que não frequentam por não gostar ou por falta de acessibilidade? ABSURDO!

Bianca C, F. Miranda | 09/03/2012 | 15:27

Ridículo, Rafa, ridículo. O que você acha de consultar a pessoa que deu esta resposta à aluna e perguntar com base em que ela usou estes argumentos??

Ricardo Rodrigues | 09/03/2012 | 15:20

Finalizando meu post anterior, uma frase de Einstein: Não há maior sinal de loucura do que fazer uma coisa repetidamente e esperar a cada vez um resultado diferente. Como bater o martelo e dizer que não é um bom negócio, se não existe e ninguém tentou antes? Pregar que é necessário inovar, fazer as coisas diferentes é facíl, agora quando você tem que tomar uma decisão dessas, todos ficam com um pé atrás. Está na hora de acordar.

Ricardo Rodrigues | 09/03/2012 | 15:17

O que mais tem nas Faculdades é professores que já sabem de tudo e não produzem nada de prático. Teoria e Teoria, é o que mais se vê. Como dizer que não há público se é um segmento que não existe? Há 30 anos atrás não haviam pessoas usando a Internet, e hoje? O que é um projeto viável? O projeto pode ter um payback de 10 anos, mas isso torna ele inviável? São questões simples que qualquer professor, até mesmo de ensino médio deveria compreender. Infelizmente o Brasil anda a passos lentos.

Rodrigo | 09/03/2012 | 15:14

3 Mentiras com M em alto e bom tom por parte da universidade, digo, universidade? Alguma instituição de ensino que se preze teria o tom para fazer uma critica totalmente infudada destas? Sem mais. Isso é um absurdo tremendo!

Renata Aquino | 09/03/2012 | 15:08

Concordo quando você fala que um bar assim teria o poder de agregar valor ao bairro e à cidade. não tenho dúvidas. Além de que ele também poderia servir como exemplo para outros locais começarem a se adequar. Enfim.. Espero que ela possa fazer isso acontecer e que esse professor um dia seja capaz de ter um olhar mais abrangente, inovador e vanguardista.

Renata Aquino | 09/03/2012 | 15:06

Caramba! Achei beeem infeliz a decisão deste professor, especialmente pelas razões oferecidas. Essa em especial vem de um preconceito sem tamanho "As pessoas sem deficiência se sentiriam desconfortáveis em um estabelecimento voltado para deficientes." Fora que acredito que talvez uma grande razão para as pessoas com deficiência não estarem frequentando este tipo de ambiente seja exatamente pela falta de acessibilidade que oferecem.

Rafael | 09/03/2012 | 15:04

Mas esperar o que das universidades brasileiras? Se fosse comigo faria o TCC e esfregaria a viabilidade do projeto na cara da banca.

Franciele Rauth | 09/03/2012 | 14:57

Realmente isso é um absurdo. É nessas horas que vemos que estamos bem longe de ser um país sem preconceitos.

Liziane D. Silva Brito | 09/03/2012 | 14:44

Deprimente. Hoje mesmo tive uma aula em que o professor falava sobre avanço tecnológico e globalização usando um RETROPROJETOR e provavelmente as mesmas transparências que ele usou na sua primeira aula, há pelo menos 20 anos. Obrigar os alunos a terem 75% de presença em uma aula dessas deveria ser considerado um crime, assim como o professor achar que é um achismo dele que tem que definir se um projeto DE PESQUISA pode ou não ser realizado.

Evilim Besler | 09/03/2012 | 14:39

É indignante a falta de visão de mundo de algumas pessoas... E o pior de tudo é que o "poder" à essas pessoas é dado, e para quê? Para barrar projetos empreendedores e que tem tudo para dar certo. É de ficar indignado =/

Rafael Santos | 09/03/2012 | 14:24

Se fosse assim também, não haveriam carros para pessoas com deficiencia, no caso do cadeirante. O governo desvia tanto dinheiro, gasta com muitas obras que nem são tão necessárias, por que não investir numa causa que é importante também, além disso, eles votam também. Então como podemos ver eles usufruem de muitas coisas que nós também, então cadê os direito iguais?

Rafael Santos | 09/03/2012 | 14:24

Na verdade todos os locais, não apenas bares deveriam começar a pensar em todos, no próximo, pois todos querem e tem o direito. Infelizmente hoje em dia tem muito com deficiência visual, ou é cadeirante. Se for pensar assim para que fazer sinais para pedestres com ajuda para quem é cego, uma rampa para o cadeirante na rua? Simplemente porque eles vivem com a gente, são pessoas com os mesmo direitos, com um pouco mais de dificuldade mas com os mesmos direitos que todos nós temos.

Rafael Santos | 09/03/2012 | 14:23

Acham que não pode porque não tem um amigo que tenha esse "problema" mas que vai, não tem um filho quem sabe, não vivencia isso, porque simplesmente não se mistura, é muito fácil dar uma opinião se vive sua vida enfurnada em sua casa ou na alta sociedade sem olhar para todos os outros que gostariam e querem aproveitar e tem o mesmo direito.

Rafael Santos | 09/03/2012 | 14:23

É uma ignorância dizer que uma pessoa deficiente, seja qual for, que ela não tem dinheiro, sendo que muitos trabalham e tem o direito igual que todos nós temos. E outra, o local não estaria voltado para os deficientes, pelo contrário, estaria facilitando para eles, mas como muitos em Curitiba ou no Brasil, prefere viver no seguinte tema: "Pra que ajudar se pra mim está bom." É ridículo achar que nem todos podem ir ou aproveitar seja uma balada, barzinho ou seja onde for.

Rafael Santos | 09/03/2012 | 14:22

Acho errado dizer que as pessoas com deficiencia não frequentam esses locais, pois é pura mentira, fotografei raves, baladas por 3 anos, e vi e tenho amizade com alguns que tem deficiência e eles aproveitaram e curtiram como qualquer outra pessoa, só não existia a estrutura para facilitar para eles, mas que eles iam, frequentavam e tinha recursos financeiros para ir e participar tinham.

Evilim Besler | 09/03/2012 | 14:19

Indignante =/

Claudia Fagundes | 09/03/2012 | 14:14

"• O empreendimento não teria mercado. Pessoas com deficiência não frequentam casas noturnas, bares e afins. • A pessoa com deficiência não dispõem de recursos financeiros para usufruir desse serviço." Gente isso é absurdo, exclusão social, sem dúvidas! Os professores foram sim preconceituosos ao ter a coragem de afirmar isto"


Matéria do Gazeta do povo


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