quinta-feira, 21 de junho de 2012

Padre causa polêmica ao impedir menino autista de receber a primeira eucaristia

Por Dan Martins em 21 de junho de 2012 
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A atitude de um padre na cidade de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, durante uma celebração de primeira comunhão, causou revolta entre os moradores da cidade. O pároco da Paróquia Nossa Senhora da Purificação causou polêmica ao negar a primeira comunhão para um adolescente autista de 13 anos, que receberia a eucaristia juntamente com outras 34 crianças em uma celebração no último domingo (17).
Revoltada com o ocorrido, a mãe do menino, Maria Silvani Maldaner, de 41 anos, afirma que ele já estava na fila que se formava no interior da igreja quando o pároco disse que não o iria deixar participar do ritual.
“O padre passou reto por mim e disse que meu filho não faria a primeira comunhão. Mas o guri já estava treinado, ele queria muito isso. Tu sabes o que é ter de segurar a mão de uma criança que ia receber Jesus e não vai por causa de um pároco?”, lamenta a mãe do garoto.
De acordo com o G1, o adolescente é batizado pela Igreja Católica, e participou das aulas de catequese junto com outras crianças na paróquia.
Silvani, conta que treinou o filho durante quatro meses para a ocasião, devido ao grau elevado de autismo sofrido por ele. Porém, ela não havia conseguido, nos ensaios, que o menino aceitasse a hóstia.
O padre Pedro José Ritter se defende das acusações de preconceito afirmando que em casos como esse a igreja dispensa necessidade do rito da eucaristia. Ritter chegou a ensaiar com o menino uma semana antes da cerimônia, porém ele teria se negado a receber a hóstia. “Não posso abrir a boca dele com força e largar um pedacinho da hóstia lá dentro. Tem de ser um ato livre e espontâneo”, afirma o sacerdote que diz que o adolescente não estava preparado para entender o sentido da comunhão.
Apesar das justificativas apresentadas pelo religioso, o caso tem sido amplamente debatido nas redes sociais e será analisado pelo bispo da diocese de Montenegro, Dom Paulo de Conto.
Fonte: Gospel+

Um comentário:

  1. Eu não acompanhei o caso, mas pelo que foi descrito na matéria, o que houve foi uma precipitação por parte dos pais de fazer o menino participar de uma cerimônia a qual não estava preparado para entender seu real significado. Acho que o que houve poderia ter sido evitado se os pais tivessem schegado a um consenso com o paróco e realizado uma cerimônia à parte. Muitas vezes, os pais tem o anseio de ver os filhos fazendo a primeira comunhão e não entendem que não é simplesmente um evento social, mas uma cerimônia aonde o participante deve estar ciente do que está acontecendo e tendo liberdade de escolher participar.

    Abraços,

    Adriana.

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