O Be My Eyes é um aplicativo gratuito, sem fins lucrativos,
que permite a deficientes visuais receberem ajuda de usuários voluntários
através de chamadas de vídeo.
Ao começar a usar o aplicativo, o usuário deve escolher se é
ele quem precisa de ajuda ou se está se candidatando para ser um voluntário e
ajudar alguém. A partir dessa tela, o aplicativo toma dois caminhos diferentes.
Caso o usuário se torne um voluntário poderá visualizar,
após seu cadastro, uma tela na qual estão o número de pessoas que ele já ajudou
e o total de pontos para atingir um “próximo nível”. Ou seja, assim como o
Waze, o Be My Eyes tenta tornar o uso do programa uma brincadeira para aumentar
o engajamento das pessoas e garantir uma comunidade de usuário mais forte.
Já se o usuário informar que é ele quem precisa de ajuda,
após o cadastro será levado a uma tela na qual é necessário apenas um toque em
qualquer espaço para iniciar uma solicitação.
Feito o pedido de ajuda, o usuário voluntário recebe uma
notificação do aplicativo e, caso responda ao chamado, terá início uma chamada
de vídeo. A seguir, basta que o deficiente visual aponte o celular para o que precisa
— como, por exemplo, uma caixa de leite que ele quer saber a validade — e o
voluntário poderá responder às dúvidas.
Caso o voluntário não responda ao chamado por algum motivo,
a notificação é automaticamente redirecionada para outro usuário.
No site de divulgação do aplicativo há uma contagem em
destaque que permite saber quantos deficientes visuais usam o aplicativo,
quantas pessoas já se cadastraram para ajudá-los e até o número de vezes que
essas ajudas aconteceram.
Até o momento de publicação desse texto, 555 deficientes
visuais usavam o aplicativo, 4.403 pessoas se cadastraram para ajudá-los e
1.250 solicitações de ajuda foram realizadas.
O Be My Eyes está disponível apenas para iOS, e, por
enquanto, está sendo mais utilizado por pessoas que falam inglês. Infelizmente,
ainda não há ferramentas no alicativo para que os usuários indiquem o idioma
que falam, mas ao menos o código do programa é aberto, o que permite que
programadores interessados otimizem ainda mais o programa.
[ Fonte – Jornal Inclusão ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário