O
projeto é um protótipo de um “esqueleto de mão” construída inteiramente
com peças e tecnologia de Lego, que se comunica com pessoas portadoras
de deficiência auditiva através do uso de Libras (linguagem brasileira
de sinais)
(imagem
- três jovens estudandes, com uniformes azuis, e um jovem com camiseta
branca, ao centro, da Escola Martha Falcão, sentados ao redor de uma
mesa que tem ao centro o protótipo por eles construído, como um robô,
simulando um ''esqueleto de mão', para atender pessoas surdas -
fotografia de Erica Melo)
Nos tempos
modernos, a tecnologia tem avançado cada vez mais em relação à
acessibilidade de pessoas com deficiências, buscando dar uma qualidade
de vida melhor a quem precisa de uma atenção especial. Foi pensando
dessa forma que quatro alunos da Escola Martha Falcão desenvolveram o
Projeto “Educação Inclusive para portadores de deficiência auditiva”.
Com esse
projeto a escola participa do Torneio de Robótica A FLL Sesi 2014-2015
que acontece hoje e amanhã no Clube do Trabalhador Sesi, Zona Leste.
O projeto é um
protótipo de um “esqueleto de mão” construída inteiramente com peças e
tecnologia de Lego, que se comunica com pessoas portadoras de
deficiência auditiva através do uso de Libras (linguagem brasileira de
sinais).
A experiência
visa estimular a pesquisa de campo sobre aplicação da tecnologia na vida
real, promover a experiência prática de educação inclusiva para
portadores de deficiência auditiva e incentivar a pesquisa sobre as
alternativas de inclusão social para portadores de deficiência auditiva.
O coordenador
do projeto, Walderi Moraes Willy Filho, afirmou que o protótipo foi
desenvolvido através de uma pesquisa de campo e de laboratório onde
verificou que a robótica tem feito grandes avanços, como as próteses de
membros, que proporcionam quase com perfeição os movimentos do membro
perdido.
“A utilização
de exoesqueletos, que podem interpretar sinais nervosos e traduzir em
movimentos como abrir e fechar mãos. E isso só se torna possível através
de algoritmos que interpretam entradas (sinais nervos) e geram saída
(movimentos coordenados), e as aplicações que são feitas de forma geral,
desde caixas de supermercados até a sonda curiosity”.
O coordenador
destacou que com a utilização destes recursos podem ser criadas diversas
soluções para problemas do cotidiano. Como a inclusão de alunos com
deficiência auditiva em salas de aulas. “É um projeto da mão robótica
que vem traduzir a fala de um professor para um aluno com deficiência
auditiva”, afirmou.
A
administradora Carla Vargas, 47, mãe de José Luiz Vargas de Mendonça,
13, um dos alunos que participou do desenvolvimento do projeto,
ressaltou o orgulhoso que sente em saber que o filho desenvolveu algo
para ajudar o próximo. “O mais interessante foi quando a escola recebeu o
convite para participar da competição, foi a partir daí que os alunos,
pensaram no projeto que iria ajudar as pessoas com deficiências, além de
criar um elo entre essas pessoas com as que não tem deficiência. Nós
pais nos preocupamos em dar toda uma educação e fazer com que os nossos
filhos olhem para o próximo e através desse projeto podemos observar
que está dando certo”, destacou.
Avaliação
Durante os dois
dias, as equipes serão avaliadas em três provas, sendo elas design de
robô, no qual as equipes apresentam o desenho mecânico, a estratégia
adotada e a programação desenvolvida; Projeto de pesquisa: um problema
do mundo real é pesquisado, conforme o tema do desafio e, em seguida,
soluções inovadoras são criadas, experimentadas e compartilhadas com os
outros; Core Values: os valores são centrais para a FLL: os alunos
aprendem que competição amigável e ganho mútuo não são objetivos
distintos e que ajudar um ao outro é fundamental para o trabalho em
equipe, sendo a única categoria eliminatória; e Desafio do Robô, sendo
três partidas de dois minutos e 30 segundos para executar missões na
mesa de competição com robôs autônomos.
Word Festival
A melhor equipe
do Torneio Nacional de Robótica a ser realizado em Brasília, garante
vaga no World Festival que acontece nos Estados Unidos, na cidade de
Saint Louis, no Estado do Missouri, em abril deste ano. O World Festival
reúne os campeões de vários torneios de robótica pelo mundo.
Evento
O Serviço
Social da Indústria (Sesi) promove hoje e amanhã, no Clube do
Trabalhador, de 8h às 17h, a etapa regional do Torneio de Robótica First
Lego League (FLL). Ao todo, 31 equipes, com aproximadamente 300 alunos,
de escolas do Sesi, escolas públicas e particulares.
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