Em coletiva na tarde desta sexta-feira (18) em Genebra, na Suíça, a
Organização Mundial da Saúde anunciou que o vírus da zika e seus
transtornos neurológicos associados não são mais uma emergência
sanitária internacional. No entanto, a comissão disse que deverá
continuar com uma “ação endurecida” contra todas as doenças transmitidas
pelo mosquito Aedes aegypti.
Estavam presentes o presidente do
Comitê de Emergências da OMS, David Heymann, e o diretor-executivo do
Programa de Emergências de Saúde, Pete Salama, que informaram que, desde
fevereiro, quando a emergência sanitária foi declarada, a organização
tem dado uma “robusta reposta ao vírus” e que um novo grupo será
escalado para continuar os trabalhos de combate nos países mais
afetados.
"O vírus da zika segue um problema muito importante a
longo prazo (...) mas não é mais uma emergência de saúde pública a nível
mundial", disse Heymann.
Com o fim da emergência para o
controle do vírus da zika, essa nova equipe deverá criar um programa a
longo prazo a ser instalado pela OMS. Neste ano, a epidemia afetou mais
de 75 países e, no Brasil, gerou mais 200 mil casos reportados ao
Ministério da Saúde.
"Não estamos diminuindo a importância do
zika ao colocar isso como um programa de trabalho mais longo, estamos
enviando a mensagem de que o zika está aqui para ficar", disse Salama.
Emergência no Brasil
Mesmo com a mudança no status internacional, o Ministério da Saúde anunciou que o vírus da zika ainda é uma emergência nacional
em saúde pública. Na manhã desta sexta, o ministro Ricardo Barros
estabeleceu novos critérios para o diagnóstico da doença, assim como
para a confirmação de microcefalia nos bebês.
A partir de agora,
os profissionais deverão levar em consideração não apenas o perímetro
da cabeça das crianças. Fatores como perda de visão, audição,
comprometimento e deficiência de membros também serão levados em conta
na avaliação dos médicos.
Todas essas novas regras serão
divulgadas para profissionais de saúde, cuidadores e familiares de
pacientes. Além das mudanças das normas sobre o vírus da zika, as novas
diretrizes vêm com passos para que qualquer profissional da Atenção
Básica também possa tratar crianças com alterações no desenvolvimento.
Fonte-G1
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