Um dos maiores desafios do mercado corporativo é conseguir disseminar
dentro das empresas a importância da inclusão. Organizações que
entendem a diversidade como fundamental para aproximação com seu público
alvo conquistam resultados muito positivos e, principalmente, obtêm
lucro. Incluir é bom para o caixa.
No caso da contratação de pessoas com deficiência, para atingir um
bom nível de igualdade e saber como proporcionar uma experiência na qual
o funcionário e a empresa sejam beneficiados, existem algumas medidas
que devem ser adotadas.
Pensando nesse processo, a psicóloga Tânia Bueno,
que atua há mais de 20 anos na área sócio-educacional, criou uma lista
de providências para incluir, de forma genuína, a pessoa com
deficiência. “Essas pessoas têm de fazer parte do time, contribuir
profissionalmente com a organização e serem respeitadas como ser humano
com potencial, ainda que tenham algumas limitações inerentes à
deficiência”, diz a especialista.
Acompanhe a lista:
– Assumir a inclusão como valor corporativo
– Mudar a visão da questão, ou seja, transferir o foco da deficiência para as potencialidades da pessoa com deficiência
– Diluir preconceitos abertos e velados
– Sensibilizar e compartilhar responsabilidades no
recrutamento, acolhimento, integração, desenvolvimento e movimentação na
empresa
– Abrir espaços adequados em toda a empresa
– Investir em adaptações ambientais
– Flexibilizar processos e procedimentos
– Predispor-se favoravelmente para receber, contratar, apoiar e desenvolver
“Quando falamos de inclusão social nas empresas, é preciso também
oferecer as condições adequadas para acolher as especificidades de
todos. Muito mais do que cumprir leis, a inclusão de profissionais com
deficiência deve resultar em mudanças de conceitos e no modo de ver o
mundo”, explica a psicóloga.
“Para incluir, é preciso considerar a estruturação do processo
sistemático de atenção, o acompanhamento e o desenvolvimento das pessoas
com deficiência contratadas, para promover a movimentação no sistema de
carreira da empresa. A empresa deve se preparar para a ampliação das
oportunidades e ter foco nas potencialidades, mas cobrar resultados,
porque é saudável todos terem metas a serem cumpridas dentro da
organização”, defende Tânia Bueno.
A psicóloga ressalta que paternalismo e superproteção prejudicam o
desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer indivíduo. “A
diferença entre as pessoas é o que menos importa. É fundamental estar
inserido em um grupo que aceita cada individuo da forma como ele é, com
suas competências e limitações, mas tendo os mesmos direitos e recebendo
as mesmas oportunidades diante da vida”.
Fonte: Estadão
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