segunda-feira, 4 de março de 2019

Criança com autismo pede a prefeito de Vassouras que proíba fogos, e ele responde


RIO — Um menino de 7 anos, diagnosticado com autismo aos 3 anos de idade, escreveu uma carta para o prefeito de Vassouras, no Sul Fluminense, onde vive com a família, defendendo a proibição dos fogos de artifício "barulhentos", porque o fazem se sentir mal, explicou. A madrinha dele, Cíntia Pardal Almeida, divulgou imagens do pedido no Facebook na última terça-feira, marcando Severino Dias (PPS) na publicação, que respondeu no mesmo dia.


"Senhor prefeito, meu nome é Thailer, tenho 7 anos, moro no Grecco", começa a dizer o menino na carta. "Eu gostaria que proibisse os fogos de artifício barulhentos, porque isso me faz sentir mal e os bichinhos também", justifica.

Ele ainda citou a cidade de São Paulo como exemplo e cobrou um retorno a sua demanda.

"A prefeitura de São Paulo fez isso, o que deixou autistas e pessoas que amam os animais felizes. Você também pode fazer as pessoas felizes em Vassouras. Espero respostas".


No espaço dos comentários na rede social, Dias escreveu: "Oi Thailer. Já estamos estudando o assunto com carinho. Já existe até um projeto. Desculpe por lhe incomodar. Estou te esperando na prefeitura para receber pessoalmente. Abraços e fique com Deus".

O pai de Thailer, Djalma Pereira, afirmou que o encontrou foi realizado nesta sexta-feira, deixando o menino muito contente. A mãe da criança, Aline Caroline Ferreira, contou que a história começou com uma tarefa em sala de aula. A professora teria pedido que aos alunos que escrevessem cartas, sem determinar um tema específico. Aline sugeriu que seu filho fizesse um texto para ela ou uma tia, mas ele teve uma ideia que a surpreendeu.

— Ele escreveu esta carta espontaneamente, sem nossa interferência quando foi proposto pela escola. Não esperávamos a repercussão em nossa pequena cidade. É o menino mais amoroso do mundo. E procuramos educá-lo pra ser resolutivo, independente e responsável, sendo protagonista de sua história. Acreditamos na neurodiversidade e na necessidade de uma sociedade mais inclusiva — disse a mãe de Thailer.

Fonte-O Globo

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