Arthur Dantas, de 11 anos, é aluno de escola inclusiva em
Itanhaém, SP.
Garoto fez pedido inusitado para a disputa: um prato de
panquecas.
Um estudante da cidade de Itanhaém, no litoral de São
Paulo, virou exemplo de superação perante os colegas de classe. Aluno do 6º ano
de uma escola municipal, Arthur Gabriel dos Santos Dantas, de 11 anos, tem
paralisia cerebral e vai representar a escola na última etapa da Olimpíada
Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), que será realizada em
setembro.
O garoto não se comunica pela fala e tem dificuldade de
locomoção, porém, a capacidade intelectual é muito desenvolvida. Na escola
inclusiva, ele conta com o auxílio de uma estagiária e se comunica digitando
mensagens pelo computador. Ele é o
primeiro estudante de Itanhaém com paralisia cerebral a disputar a final da Olimpíada.
Para a mãe do garoto, Valéria dos Santos Silva, a
novidade foi recebida com muito orgulho pelos familiares. “Fiquei muito feliz.
Poucos passaram e ele é o único deficiente da cidade. Estou muito orgulhosa. A
família toda está apoiando e tem uma torcida boa. Ele também está muito feliz,
fica do meu lado dando risada”, comemora a mãe do garoto.
Ela conta que ele sempre foi bom aluno, gosta de estudar
e sua disciplina favorita é a matemática. E que até já decidiu o que quer ser
quando crescer. “Na primeira série dele começamos a perceber que ele iria
longe. Ele é apaixonado por astronomia, adora estudar planetas e estrelas. O
sonho dele é ser astrônomo. No que depender de mim, ele vai realizar este
sonho”, conta.
Arthur é um aluno muito disciplinado. A mãe conta que ele
estuda, faz natação e é fanático pelo Corinthians e que não perde um jogo. Mas,
quando precisa faltar na aula para ir ao médico, o garoto fica chateado. “A
paralisia cerebral foi adquirida depois do nascimento e, por isso, a capacidade
intelectual dele é muito boa. Ele não gosta de faltar, é muito disciplinado e
querido por todos na escola”, afirma Valéria.
A prova da Olimpíada de Matemática será realizada no dia
14 de setembro e Arthur já conta com a torcida da família, dos professores e
dos colegas de classe. “Estamos todos ansiosos e na torcida. Ele conta com o
apoio de toda a família e da escola também. No dia da prova, a estagiária vai
acompanhá-lo, mas ele me pediu algo inusitado para levar na hora da prova, que
é o seu prato predileto: panquecas”, brinca a mãe de Arthur.
Anna Gabriela RibeiroDo G1 Santos
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