O Brasil tem 6,5 milhões de pessoas com baixa visão e 506
mil cegos, segundo o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística). Dentro desse contexto, um número significativo delas tem
dificuldade de lidar com tecnologia.
Para diminuir esse problema, o F123, negócio social que
desenvolveu um software de baixo custo para inclusão de deficientes visuais –a
que mais atinge os brasileiros (23,9%)–, lançou uma nova versão com dicas para
principiantes.
“Parte do nosso desafio está focado no usuário, por isso
fizemos essa atualização com mais apoio técnico e também capacitação”, diz o
empreendedor social Fernando Botelho, sociólogo criador do programa e vencedor
do Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro 2012.
A nova versão conta com menu simplificado, que contém
aplicativos básicos e atalhos mais usados, versões atualizadas de todos os
aplicativos, como leitor, ampliador de tela, navegador web e aplicativos do
pacote Office, e ainda sistema de capacitação a distância para apoio nos cursos
presenciais.
“As modificações são importantes principalmente para
pessoas de cidades pequenas que poderão aprender sozinhas sobre como usar o
software”, diz Botelho.
O programa, disponível em português, inglês e espanhol,
tem como potenciais clientes 35 milhões de pessoas com deficiência visual.
Criado para ajudar esse público a desenvolver atividades no ambiente de
trabalho e na escola, o F123 tem o custo de R$ 250 a R$ 350, enquanto os
programas tradicionais custam de R$ 1.600 a R$ 4.500.
“Nós também possibilitamos a doação para entidades
filantrópicas. Só é preciso entrar no site cadastrar a instituição“, conta
Botelho.
Além do preço e da versão mais acessível, o F123 também
tem outro diferencial. “O programa pode ser instalado no computador e também no
pen-drive. Dessa forma, a pessoa nem precisa ter seu próprio computador para
usá-lo. Basta levar no pen-drive e instalar onde quiser.”
A versão 2013 também estará disponível em francês.
Segundo Botelho, a expectativa é que o número de usuários, que é cerca de mil,
dobre em três meses.
Fonte: Blog Deficiente Físico
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