sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Burocracia e atendimento ruim irritam quem precisa de CNH especial

Pessoas com dificuldades de locomoção não são poupadas na hora de tirar ou renovar a carteira nacional de habilitação especial.
Uma peregrinação por repartições públicas, clínicas e bancos, além do pagamento de taxas e mais taxas. As dificuldades enfrentadas por quem precisa tirar ou renovar a carteira nacional de habilitação (CNH) não poupam nem quem tem dificuldades de locomoção e precisa de carteira especial, para comprar o carro adaptado e poder parar nas vagas reservadas.

A nutricionista Luciane Gonçalves de Lima é exemplo de como a burocracia e o atendimento precário podem causar transtornos a quem precisa de serviço do Detran-PRSite externo.. Desde o início do mês passado, ela tenta obter a habilitação para pessoas com deficiência, para ter acesso ao veículo adaptado e às vagas especiais.

Revoltada com as taxas cobradas e com o vai e vem exigido pelo órgão, Luciane denunciou a situação à Tribuna. “Tenho que evitar andar e dirigir carro com embreagem, mas o Detran me manda atravessar a cidade para fazer um exame. É um completo descaso. E tudo o que cobram é muito caro. Quero ser respeitada como cidadã pagadora de impostos”, afirma.

Luciane tem enxerto no pé direito, devido à retirada de tumor ósseo. No início de setembro, um mês após renovar a CNH, ela visitou seu médico, que recomendou a utilização de veículo adaptado. “Fui à unidade do Detran na Rua João Negrão e disseram que eu teria que refazer o exame de aptidão física e mental. E cobraram novamente a taxa de R$ 106,29. Para que, se eu havia feito um mês antes?”, questiona.

Apesar das dificuldades de locomoção de Luciane, o novo exame foi marcado para clínica no Jardim Social, distante da casa e do trabalho da nutricionista. “Fica em rua residencial, sem qualquer indicação. Cheguei com dois minutos de atraso e não me deixaram fazer o exame.

Luciane diz ter entrado em contato com a ouvidoria do Detran-PR, que teria prometido resposta em 15 dias. O prazo se encerrou na semana passada e não houve retorno. Depois de refazer o exame, terá que ir até a unidade do Tarumã e passar pela avaliação da junta médica. Para isso, terá que pagar mais uma taxa, de R$ 78,31.

Segundo o Detran-PR, os procedimentos exigidos de Luciane Gonçalves de Lima estão de acordo com as normas do órgão. A escolha das clínicas onde são realizados os exames é feita por sorteio eletrônico, para que nenhuma fique sobrecarregada, e quem chega atrasado perde o exame. Se tiver solicitação aprovada pela junta médica, ainda terá que fazer o cadastro na prefeitura para obter autorização para usar as vagas reservadas de estacionamento.

Fonte: Paraná OnlineSite externo.

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