O Laboratório de Biodiversidade Entomológica do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC) inaugura hoje (13) uma nova vertente do seu programa
educativo de divulgação científica para o público em geral. O programa inclui
professores e estudantes e abre espaço para a visitação de portadores de
necessidades auditivas.
“De repente, nós nos demos conta que havia uma parcela de
público que não tinha acesso às informações, à visitação, ao conteúdo das
salas. Então, nós elaboramos esse evento voltado para essas pessoas”, disse a
chefe do laboratório e curadora da coleção entomológica do IOC, Jane Costa.
Com o tema “Tarde das orquídeas: insetos, flores e
biodiversidade”, a iniciativa ocorrerá uma vez por mês até abril de 2014,
quando deverá ser readaptada para incluir portadores de outras necessidades
especiais, como deficientes visuais, acrescentou a especialista. Ela assegurou
que a intenção é, aos poucos, ampliar a acessibilidade do programa.
Embora o principal foco seja os deficientes auditivos,
dentro de cada grupo deverá haver sempre alguém ligado a uma necessidade
especial, como cadeirantes, por exemplo. Hoje, serão homenageadas as pessoas
com necessidades auditivas que trabalham na Fundação Instituto Oswaldo Cruz
(Fiocruz), além de uma cadeirante que luta pela acessibilidade.
“Nós vamos contar a história da ciência muito brevemente,
porque essa coleção tem a história da ciência no Brasil”. Trata-se da maior
coleção de insetos da América Latina, com mais de 5 milhões de exemplares,
incluindo insetos da fauna brasileira e de outras regiões do mundo. “E vamos,
por meio da nossa sala de exposição, contar um pouco da contribuição da
entomologia e do eminente pesquisador Ângelo Moreira da Costa Lima”. A coleção
foi iniciada pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz, em 1901.
Para o evento foi contratada uma pessoa especialista em
Libras - linguagem dos sinais - utilizada pelos surdos-mudos, que fará a
transmissão das informações para os convidados.
Devido ao espaço físico, a iniciativa do Laboratório de
Biodiversidade Entomológica do IOC imitou o número de visitantes. A ideia é
que, a cada edição, sejam atendidos dois grupos de 20 pessoas.
As visitas deverão ser agendadas previamente. Para as
próximas edições, o laboratório já está fazendo contato com escolas para alunos
com necessidades especiais.
Fonte-NOTÍCIA AO MINUTO
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