Uma criança de Santos, no litoral de São Paulo, tenta
arrecadar R$ 165 mil para realizar uma operação neurológica nos Estados Unidos.
Laila Vitória, de 10 anos, tem paralisia cerebral espástica, doença que afetou
seu sistema motor e prejudica totalmente seu desempenho até nas atividades mais
simples.
Segunda a mãe da jovem, Luciene Silva dos Santos, Laila
nasceu prematura e passou os dois primeiros meses de vida na UTI neo-natal.
"Minha filha nasceu prematura, com 1,1 kg, e aos 10 meses foi dianosticado
o quadro de paralisia cerebral espástica, doença que não atingiu a parte
cognitiva da Laila. Nunca abaixamos a cabeça ou pensamos no pior. Desde então,
realizamos fisioterapia e diversas intervenções cirúrgicas com
ortopedistas", afirma.
Laila utiliza cadeira de rodas e está matriculada no 5º
ano do Ensino Fundamental. A criança não apresenta nenhuma dificuldade no
aprendizado, mas a locomoção até a escola é um problema para ela, que mora no
bairro Jardim Castelo. A mãe da jovem afirma que entrou em contato com a
Prefeitura, porém foi informada que, por morar a menos de 2 km da unidade
escolar, ela não teria direito ao transporte.
De acordo com a Secretaria de Educação (Seduc), Laila é
acompanhada por uma professora auxiliar de classe e, com relação ao transporte,
a Seduc informa que a mãe da aluna precisa solicitar o ônibus adaptado na
secretaria da própria unidade, que encaminhará o pedido para o atendimento.
Atualmente, Laila vive com a mãe, o pai Leonardo Barboza
da Silva Júnior, e os dois irmãos, Luan, de seis anos, e Levi, de dois.
Realizando operações ortopédicas desde um ano de idade, a jovem vem fazendo
intervenções cirúrgicas cada vez mais sérias por conta de uma luxação no quadril
e outra nos pés. Preocupada com a piora do estado da filha, Luciene foi atrás
de uma solução. "Descobri uma cirurgia chamada rizotomia dorsal seletiva,
que pode diminuir possíveis deformidades. Consultei alguns ortopedistas que
operaram a minha filha e eles disseram que essa cirurgia é menos agressiva.
Existe um especialista americano que realiza essa operação. Enviei uma carta
para ele, explicando a situação, e ele aceitou fazer a cirurgia da minha
filha", disse.
Segundo Luciene, o custo total da cirurgia, que está
marcada para setembro de 2015, é de R$ 165 mil, incluindo internação,
hospedagem, transporte e alimentação. Foi então que a mãe da Laila decidiu ir
para as redes sociais e organizar uma "vaquinha virtual". Além disso,
foram realizados bazares e outros eventos com o intuito de angariar fundos para
a cirurgia. Até o momento, foram arrecadados cerca de R$ 4 mil apenas.
A mãe de Laila diz sonhar com os primeiros passos da
filha. "É uma cirurgia fundamental para a minha filha, para que ela possa
desfrutar dos prazeres da vida com bem estar. Espero também que o Brasil tenha
condições para, no futuro, oferecer essa cirurgia para outras pessoas que
tenham a mesma deficiência que a Laila", finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário