Escritor relembra momentos que marcaram a
história de Petrolina. Lançamento aconteceu nesta segunda-feira (2), no
auditório da Univasf.
Hélio Araújo |
“Muitas pessoas trabalharam por essa causa,
doaram parte das suas vidas, enfrentaram dificuldades e superaram barreiras que
ninguém queria enfrentar”, foi com esse pensamento que o escritor Hélio Araújo
decidiu registrar parte da história das pessoas com deficiência física,
auditiva, visual e intelectual no livro 'História de Luta das Pessoas
com Deficiência em Petrolina', que faz uma retrospectiva das ações e
iniciativas que houveram na região desde 1980. O livro foi lançando nesta
segunda-feira (2), às 19h30, no auditório da Universidade
Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Segundo o escritor, a produção do livro é uma
maneira de homenagear as pessoas que dedicaram parte das suas vidas para
garantir direitos para os deficientes e que também lutaram contra o
preconceito. “Muitas conquistas atuais aconteceram por causa dessas pessoas que
sabiam das potencialidades de quem tem deficiência e foram atrás desses
direitos. Esses esforços resultaram em melhorias, que ainda não é o que
desejamos, mas não se compara aos anos 80, quando éramos tratados com
discriminação”, conta Hélio.
No livro, são contadas 27 pequenas histórias
de várias personalidades, que se destacaram nessa trajetória, além de fatos que
marcaram a época como a da primeira aluna surda a concluir o magistério, a
criação do bloco carnavalesco 'Sou Legal, Sou Especial', o primeiro evento de
para esporte realizado na região, o surgimento de associações como a Associação
dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e a criação do grupo denominado
'Fraternidade Cristã de Pessoas com Deficiências', que ajudou a tirar muitas pessoas
do isolamento do lar.
“Tive a necessidade de mostrar como foi esse
processo de inclusão, da educação, empregabilidade, da luta pelos direitos que
começamos a buscar desde 1980”, relata o escritor.
Além do livro convencional, haverá alguns
exemplares em áudio, destinado a pessoas com deficiência visual ou que tenha
alguma outra dificuldade de leitura.
Fonte: G1
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